Apesar das caras páginas coloridas que pagou nos jornais desta segunda-feira para defender o Pacotarso (90% do espaço foi dedicado à defesa do confisco de salários dos servidores) o governo estadual gaúcho não ofereceu novamente uma única linha para esclarecer dois pontos decisivos sobre os dois projetos que mexem no sistema estatal de previdência do funcionalismo:
1) Onde estão os cálculos atuariais - se é que existem - que comprovam que o aumento da alíquota de contribuição, que passaria de 11% paras 16,5%, resolveria o problema do déficit atual anual, calculado pelo governo em R$ 5 bilhões ?
2) Que tipo de auditoria o governo promoveu ou pretende promover, para identificar os responsáveis pelo falido sistema estatal de previdência estadual do RS ?
. 16,5% seria a maior alíquota do gênero entre todos os sistemas estatais estaduais de previdência do Brasil. Sem cálculos atuariais e sem auditoria, o dinheiro adicional será estirilizado no caixa do Tesouro, como foi antes, no governo Rigotto, quando ela pulou de 5,4% para 11%.
. Trata-se de um confisco puro e simples. O governo quer tomar dinheiro dos servidores para cobrir despesas que não contém e não quer conter - e investimentos perdulários que nem são de sua competência, como alojar 100 mil sem-terras (proposta do governo no Conselhão), responsabilidade primária do governo federal e não do Piratini.
. Nem um só ente privado ou público responsável, atrever-se-ia a confiscar dinheiro dos seus empregados, para cobrir um rombo sobre o qual ele desconhece o tamanho e ignora a melhor equação para resolvê-lo.
. É por isto que a enorme carga publicitária veiculada em jornais, rádios e Internet, desde esta segunda-feira, apela apenas para a compreensão do distinto público, usando uma mensagem recheada de inverdades e meias-verdades.
. O artigo assinado pelo governador Tarso Genro neste domingo ("Destino e utopia") pelo menos coloca a questão unicamente no campo da ideologia da esquerda mais atrasada, ao reduzir todo o debate atual a uma delirante luta de classes, desta vez entre os servidores ricos (quem ganha mais de R$ 3.860,00 por mês), acusado de direitista insensível, desta vez aliado aos detentores do capital financeiro, que são os que mais recebem benefícios e mais apóiam o PT neste momento.
. Nas vezes em que o PT pode contribuir para a solução do problema, resolveu insurgir-se ferozmente contra as propostas, ajudando a sepultá-las. Isto ocorreu nos governos Britto e Yeda Crusius.
. No RS, juízes, procuradores, oficiais, delegados, defensores públicos e servidores altamente qualificados, ficaram sabendo pela pena do governador Tarso Genro, que não passam de cruéis direitistas "inimigos do povo". Como se sabe, o sr. Tarso Genro é o único real "amigo do povo", como demonstrou recentemente no caso do sr. Cesare Battisti.
CLIQUE AQUI para ler o artigo do governador, publicado no jornal Zero Hora deste domingo. As anotações são do editor.
O Sr. Tarso Genro nunca mais receberá meu voto, mas sim meu repúdio a qualquer tentativa de se manter na política. [
ResponderExcluirFui vítima de um estelionato eleitoral, pois acreditei nas promessas (mentirosas) ventiladas na sua campanha.
Mario Silveira
Polibio, confisco é o que faz o
ResponderExcluirGoverno do RS com nossos
impostos transformando-os
unicamente em salários.
Mexer nos privilégios nem pensar,
o Estado do RS está falido, pra pagar
em dia ativos e inativos a meleca é a de sempre
fazer empréstimo, aumentar impostos do contribuinte,
ou nada de infra-estrutura.
Não votei no Sr Tarso Genro, e nunca votarei. Até acho, em pricípio, justo que os que ganham mais devem pagar um pouco mais para a previdência. Mas, o governador acometido de conveniente amnésia, esqueceu-se de dizer que o seu partido sempre foi contra qualquer mudança quando segerida por outros governantes. Alem do mais, usa de um reducionismo infantil ou mau caráter ao dizer que quem está contra é inimigo do povo, esqueceu-se novamente, por conveniência, que muitos que hoje estão contra em outras ocasiões estavam ao seu lado e não foram considerados, e nem poderiam, inimigos do povo.
ResponderExcluirO RS vai quebrar financeiramente, é impossível que isto não ocorra. Não digo que será agora, ou no próximo governo, mas que acontecera, vai acontecer.
ResponderExcluirSe ele confiscar 100% dos salários não vai resolver, pois tem mais inativos do que ativos.
ResponderExcluirO problema, como sempre fazem os petistas, está sendo atacado pelo lado errado.
O lado certo é reduzir as despesas, em especial com atividades que não são típicas do Estado, e onde mais colocam CCs, que devem ser concedidas para a atividade privada que vai prestar um serviço melhor e arrecadar tributos ao erário.
Outro lado que deve ser atacado é não individar mais o Estado, pois os juros que paga por sua dívida são muito altos, sendo que no caso do confisco é muito provavel que gere novas dívidas pois os servidores recorrerão ao judiciário.
Aos que foram vítimas do estelionato eleitoral, lhes digo : não assistam mais a RBS / TV COM, não leiam mais a Zero Hora e não ouçam mais a Gaúcha. Caso contrário, continuaremos a ser adestrados e domesticados por essa mídia servil e interesseira !
ResponderExcluirSe juízes, promotores, procuradores e cia fossem realmente altamente qualificados o setor público não seria a esbórnia que é. Se essa gente fosse realmente qualificada ganharia altos salários por conta própria na iniciativa privada, sem parasitar os contribuintes com privilégios indecentes.
ResponderExcluirO poder público foi tomado por concurseiros arrivistas e esquerdalhas.
Eles se merecem.
Os concurseiros sempre foram aliados da esquerdalha e só estão se reclamando agora, porque a esquerdalha resolveu diminuir os privilégios deles.
Se a esquerdalha propuzesse apenas aumentar impostos dos contribuintes privados, os concurseiros dariam apoio total e já estariam esfregando as mão para dividir o butim.
Bem feito!
É cobra comendo cobra.
Quem será que escreve os artigos do gênio da transversalidade e da concertação???
ResponderExcluirAfinal ele é mais conhecido por seu gigantesco ego e por sua mastodôntica falsidade e não por sua inteligência. Apesar de uma anta nascida em Palomas, que se acha escritor, pensar o contrário.