São escandalosas as novas revelações dos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, bem como da revista Veja, todos deste sábado, a respeito do dossiê e das atividades do bando de delinquentes políticos petistas instalados no comitê central de Dilma Roussef em Brasília. A notícia abaixo, da Folha, refere-se a parte do dossiê levantado pelo bando de renegados petistas liderados por Fernando Pimentel e acionados pelo jornalista Luiz Lanzetta. O material é um dossiê contra Eduardo Jorge, ex-chefe da Casa Civil de FHC, mas é arapongagem de agora. EJ, como se sabe, foi caluniado por dois procuradores da República a serviço do PT, ambos já condenados pela Justiça. Dilma Roussef e o PT não têm como escapar dessa nova leva de provas materiais dos crimes eleitorais que ambos praticaram no comitê central de Brasília. CASO É GRAVÍSSIMO
E CONFIGURA CRIME COMUM E ELEITORAL
O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), classificou o levantamento de dados fiscais e financeiros do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, como um crime. "Isso é ação criminosa do PT. O PT está demonstrando o estilo dele de fazer campanha. É coisa típica do PT. Esse tipo de dado só se consegue por meio judicial ou de forma criminosa", afirmou.
Clipping da Folha deste domingo.
Dossiê traz dados sigilosos da Receita contra tucano
EQUIPE DE INTELIGÊNCIA DA PRÉ-CAMPANHA DE DILMA INVESTIGOU VICE-PRESIDENTE DO PSDB INFORMAÇÕES SÓ ESTÃO DISPONÍVEIS NA RECEITA FEDERAL "É UM ABSURDO", AFIRMA EDUARDO JORGE
LEONARDO SOUZADE BRASÍLIA A "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência levantou e investigou dados fiscais e financeiros sigilosos do vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.O grupo obteve documentos de uma série de três depósitos na conta de EJ no valor de R$ 3,9 milhões, além de outras informações de seu Imposto de Renda.Os papéis integram um dossiê elaborado por um time de espionagem que começava a ser montado com o aval de uma ala da pré-campanha de Dilma.A equipe reuniu três conjuntos de documentos. Dois tinham dados, respectivamente, sobre um aliado de José Serra (PSDB) investigado pela CPI do Banestado (2003-2004) e de negócios atribuídos à filha do tucano.Agora, a Folha teve acesso às informações da terceira pilha de papéis, com dados fiscais e financeiros confidenciais de EJ disponíveis somente nos sistemas da Receita Federal e no computador pessoal em que ele preencheu sua declaração de IR.Como a "Veja" revelou no mês passado, o esquema foi desfeito após o vazamento da movimentação do grupo.EJ foi homem-forte no governo Fernando Henrique Cardoso, no cargo de secretário-geral da Presidência.A espionagem é recente, já que um dos depósitos na conta de EJ foi feito neste ano. Os outros dois, também de R$ 1,3 milhão cada um, ocorreram em 2007 e 2009.Procurado pela Folha, EJ confirmou as informações e afirmou que só poderiam ter sido obtidas por meio da quebra de seu sigilo fiscal. "É um completo absurdo essas informações terem chegado até eles. Demonstra a repetição do método do PT", disse.Em tese, uma quebra de sigilo pode envolver vários crimes. Se feita por um servidor público e repassada a informação para pessoas fora de sua competência, ele pode responder por violação do sigilo funcional. A pena varia de multa a detenção.A Folha confirmou com duas pessoas ligadas à equipe de espionagem que os documentos seriam usados para atacar o grupo de Serra.EJ diz que os depósitos em sua conta, no Banco do Brasil, decorrem da venda de imóveis do espólio de seu sogro (uma chácara e uma loja no município de Maricá, RJ).Ele contou que se tornou o inventariante de todo o espólio após a morte de sua sogra, quatro anos atrás. "Está tudo devidamente documentado no inventário", disse, repassando os dados do processo.ORIGEM DO DOSSIÊSegundo a Folha apurou, a investigação da equipe da pré-campanha petista tem origem no desdobramento de um procedimento administrativo aberto pelo Ministério Público Federal.No começo de 2009, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviou uma comunicação para a Procuradoria da República no DF, alertando para a insuficiência na renda declarada do tucano para justificar o depósito de R$ 1,3 milhão em sua conta em julho de 2007.No ano passado, o jornal "Correio Braziliense" publicou parte do trabalho da Procuradoria da República.Ao tomar conhecimento da investigação, EJ prestou esclarecimentos ao Ministério Público, mas os procuradores entenderam que deveriam continuar apurando.O vice-presidente do PSDB, então, entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e conseguiu trancar a investigação. No pedido à Justiça, o próprio EJ forneceu dados do caso, mas falando somente sobre sua movimentação financeira até 2007.A partir do mandado de segurança, a equipe de espionagem começou a rastrear as movimentações financeiras de EJ, tendo obtido documentos que não constam do trabalho do Ministério Público, como cópias das declarações de IR do tucano e dados de depósitos de 2009 e 2010.