A poucas horas da inauguração anunciada do Centro Popular de Compras, o Camelódromo de Porto Alegre, onde foram investidos R$ 25 milhões, a prefeitura resolveu adiar a cerimônia. É que além de uma ação judicial movida pelo Ministério Público Estadual, preocupado com a falta até mesmo do "Habite-se", neste sábado surgiram novas exigências do Corpo de Bombeiros. O que exigiram os bombeiros:
- um degrau que dá acesso à Avenida Mauá. Eles pedem que seja substituído por uma rampa.
- instalação de válvulas de gás coletivas em um local protegido e arejado.
. A Smic avisou que não há mais data marcada para a inauguração, mas os 830 camelôs selecionados para rabalhar no local já começaram suas mudanças e alguns deles abriram as portas.
País recuou da decisão de comprar menos gás da Bolívia.
O leitor Carlos Eduardo acaba de postar a nota a seguir, que transcreve uma reportagem que interessa ao RS, porque revela interesses dos governos do Brasil e da Argentina que se desdobram sobre a usina térmica da AES em Uruguaiana, cujo suprimento de gás foi interrompido há alguns anos por ordem do governo de Buenos Aires.
. É cada vez mais claro e evidente que as térmicas devem estar supridas de combustível para eventual solicitação do ONS. No caso da Usina de Uruguaiana é ainda mais importante pela localização no sistema elétrico brasileiro onde de certa forma equilibra a tensão e dá confiabilidade em caso de queda de linhas de 230KV que abasteçam o Oeste gaúcho.
Relatório do ONS justificou religar térmica, afirma governo
Autor(es): ELIANE CANTANHÊDE e HUMBERTO MEDINA
Folha de S. Paulo - 13/01/2009
CLIQUE aqui para ler a reportagem completa.
. É cada vez mais claro e evidente que as térmicas devem estar supridas de combustível para eventual solicitação do ONS. No caso da Usina de Uruguaiana é ainda mais importante pela localização no sistema elétrico brasileiro onde de certa forma equilibra a tensão e dá confiabilidade em caso de queda de linhas de 230KV que abasteçam o Oeste gaúcho.
Relatório do ONS justificou religar térmica, afirma governo
Autor(es): ELIANE CANTANHÊDE e HUMBERTO MEDINA
Folha de S. Paulo - 13/01/2009
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Investidores chineses desembarcam semana que vem no RS
Uma delegação de empresários e dirigentes chineses desembarcará em Porto Alegre na semana que vem para negociar investimentos no RS. Os chineses já definiram duas áreas onde pretendem investir:
- Um presídio de segurança máxima.
- Construção de estrutura rodoferroviária entre Porto Alegre e Pelotas, que dá acesso ao porto do Rio Grande.
- A articulação com o governo e os empresários chineses vem sendo feita pelo deputado Claudio Diaz, do PSDB do RS, que acaba de regressar de Pequim.
- Um presídio de segurança máxima.
- Construção de estrutura rodoferroviária entre Porto Alegre e Pelotas, que dá acesso ao porto do Rio Grande.
- A articulação com o governo e os empresários chineses vem sendo feita pelo deputado Claudio Diaz, do PSDB do RS, que acaba de regressar de Pequim.
Exclusivo - Saiba como foi o duro debate sobre a marca do governo Yeda Crusius
A nova crise que ameaça se abater sobre o governo gaúcho em função da decisão da governadora Yeda Crusius de extinguir o seu Conselho de Comunicação Social, começou nesta quinta-feira ao final da apresentação de Luciano Deos, diretor-presidente do GAD – maior consultoria de branding e design do Brasil – no Centro de Treinamento da Procergs, na zona Sul de Porto Alegre. O dia foi dedicado pelo governo gaúcho à chamada "imersão". Participaram o 1º e 2º escalões, mais os chefes de gabinete e coordenadores das assessorias de imprensa do governo Yeda.
. GAD’ e o próprio Luciano Deos nunca se meteram com governo e sobretudo com o chamado marketing político. Não é o negócio deles. O que propuseram foram conceitos novos para o governo, que não tem problema de conceito, mas de comunicação, que precisa de centralização. Yeda tem errado muito na área, a começar por submeter tudo à secretaria Geral do governo, que não tem nada a ver com a história e nem teve e não tem titulares cuja expertise comprove conhecimento na área. Lula passou por equívos semelhantes, até criar um ministério para o jornalista Franklin Martins, dando-lhe autoridade única e poderes para agir.
. Depois de palestras repetitivas sobre ajuste fiscal e números relacionados à gestão promovida pelo governo Yeda, com intervalo para um cafezinho, Luciano Deos conduziu uma ginástica laboral, distensionando os nervos de todos para a sua apresentação da "nova marca" do governo gaúcho. "Marca", aqui, não se trata de uma nova logomarca ou slogan do governo (o atual é "Coragem pra fazer"). A sua empresa preparou um estudo sobre a "identidade" do governo Yeda. Por 40 minutos, Deos falou sobre as características que identificam a administração Yeda, que estaria fazendo um governo ousado, visionário e realizador, tendo como personalidade a transparência, a responsabilidade e a determinação.
. Em síntese, Deos defendeu a idéia de que a essência do governo Yeda é ser um governo "diferente".
- Como diferente é o Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, que gosta de propagar isto aos quatro ventos, e diferente como é o mundo atualmente. Da essência de ser "diferente", nasce a "identidade" do governo Yeda e a sua missão administrativa na seguinte frase:
- Um governo que faz diferente, mais e melhor.
. Esta seria a marca do governo Yeda. Não se trata de um novo slogan nem uma nova logomarca do governo. Este conceito é a marca simbólica, o DNA, que deve orientar toda a equipe do governo. Segundo Deos, esta marca deve inspirar e mobilizar todos os integrantes do governo. Para finalizar, o consultor deixou uma espécie de "carta-compromisso" no telão, um texto-base que refletia este novo posicionamento do governo Yeda. O auditório repleto aplaudiu.
. Sem entusiasmo. Luciano Deos parecia ter falado como um executivo de marketing fala para um grupo que nada tem a ver com business.
Crusius desconstrói tese e ações propostas pelo GAD’
O secretário geral de Governo, Eric Camarano, que também comanda área de Comunicação, abriu o microfone para o público. Carlos Crusius foi o primeiro a se inscrever para falar. O "professor", como é chamado internamente no governo, pegou o microfone e começou uma fala sizuda e ácida, características incomuns de sua personalidade, sempre tido como pessoa afável, bem-humorada e conciliadora.
. A sua tese fundamental é de que tinha dúvidas sobre a conveniência deste novo posicionamento do governo Yeda. Sua fala foi curta e devastadoramente consistente:
- Há dois grandes perigos nesta mudança de rota. O primeiro é que a palavra "diferente" normalmente exclui e não inclui, como é o objetivo deste governo. Ser diferente é se colocar em outro patamar, talvez até num patamar arrogante, criando um distanciamento entre o governo e as pessoas. O segundo é que o novo posicionamento é inferior ao atual, não exprime o DNA deste governo, que, em suma, tem como maior mérito o fato de ter coragem para fazer. Somos diferentes como todos os outros governos foram. O Olívio foi diferente. O Britto. O Rigotto. Ser diferente não nos explica. A coragem para fazer, sim. Esta marca – a coragem de fazer – só está sendo percebida e assimilada pela população gaúcha agora, num processo crescente nos últimos 60 dias.
. O auditório silenciou. Quando voltou para a platéia, pelo corredor central, Carlos Crusius recebeu inúmeros cumprimentos, alguns entusiasmados, com abraço em pé, saudações de mãos e tudo o que caracteriza a aprovação ao que foi dito.
. O novo posicionamento encomendado pelo governo e feito pela consultoria GAD sofrera um golpe mortal.
. A intenção da governadora em sair da "imersão" e comunicar em entrevista coletiva o novo posicionamento do governo, caiu por terra, mas o governo teve coragem de colocar o assunto em discussão, aceitou o contraditório e soube recuar diante dos melhores argumentos.
Daniel e Eric confrontam Crusius, mas não convencem.
Rogério Porto, secretário de Irrigação, que foi o segundo a se inscrever, subiu ao palco e disse: "Depois de tudo que ouvi, não tenho mais nada a falar; só a pensar". E desceu.
. A reação contrária ao discurso do professor veio com o secretário Daniel Andrade, amigo de Deos e um dos responsáveis pela sua contratação, assim como Eric Camarano. Ele falou que discordaria pela primeira vez do "professor". E fez uma defesa apaixonada – e arrogante – do conceito "diferente".
- Somos diferentes de todos os outros governos sim, porque, para citar um exemplo, retomamos 120 obras de recuperação das estradas gaúchas, mas de um jeito diferente, sem atender os pedidos e as pressões de prefeitos e vereadores, enfim, sem fazer politicagem.
. Num auditório composto por 80% de políticos, seu pronunciamento acabou por reforçar ainda mais os questionamentos de Carlos Crusius. "É desta arrogância do diferente (a de Andrade e Eric), de se achar melhor do que os outros, que o professor se referia", comentou um chefe de gabinete de uma secretaria estadual.
. A polêmica se instalou. Vários secretários levantaram as mãos, pedindo espaço para falar. Quem subiu ao palco na sequência foi nada mais nada menos do que a filha da governadora, Tarcila Crusius. Em tom forte, contrariou a tese do seu pai e defendeu o posicionamento da GAD. Carlos Crusius saiu do fundo do auditório e pediu réplica. A governadora disse que ele não poderia falar mais.
- Vamos parar com isso, virou uma questão familiar, isso aqui tá parecendo nossos churrascos de domingo, em que os vizinhos acham que a gente vai se matar", interveio, provocando risadas na platéia. Carlos Crusius sentou na frente, com cara de poucos amigos.
. O chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que estava ao lado de Yeda na primeira fila, pegou o microfone. "Eu tenho uma sugestão, porque não passamos a dizer que somos um governo que tem coragem pra fazer diferente?", perguntou. A proposta conciliadora recebeu apoio maciço de todos.
. Antes que a polêmica continuasse, a governadora interrompeu.:
- Agora chega ! A discussão continua lá em casa. Agora, quem vai falar sou eu.
. GAD’ e o próprio Luciano Deos nunca se meteram com governo e sobretudo com o chamado marketing político. Não é o negócio deles. O que propuseram foram conceitos novos para o governo, que não tem problema de conceito, mas de comunicação, que precisa de centralização. Yeda tem errado muito na área, a começar por submeter tudo à secretaria Geral do governo, que não tem nada a ver com a história e nem teve e não tem titulares cuja expertise comprove conhecimento na área. Lula passou por equívos semelhantes, até criar um ministério para o jornalista Franklin Martins, dando-lhe autoridade única e poderes para agir.
. Depois de palestras repetitivas sobre ajuste fiscal e números relacionados à gestão promovida pelo governo Yeda, com intervalo para um cafezinho, Luciano Deos conduziu uma ginástica laboral, distensionando os nervos de todos para a sua apresentação da "nova marca" do governo gaúcho. "Marca", aqui, não se trata de uma nova logomarca ou slogan do governo (o atual é "Coragem pra fazer"). A sua empresa preparou um estudo sobre a "identidade" do governo Yeda. Por 40 minutos, Deos falou sobre as características que identificam a administração Yeda, que estaria fazendo um governo ousado, visionário e realizador, tendo como personalidade a transparência, a responsabilidade e a determinação.
. Em síntese, Deos defendeu a idéia de que a essência do governo Yeda é ser um governo "diferente".
- Como diferente é o Rio Grande do Sul e o povo gaúcho, que gosta de propagar isto aos quatro ventos, e diferente como é o mundo atualmente. Da essência de ser "diferente", nasce a "identidade" do governo Yeda e a sua missão administrativa na seguinte frase:
- Um governo que faz diferente, mais e melhor.
. Esta seria a marca do governo Yeda. Não se trata de um novo slogan nem uma nova logomarca do governo. Este conceito é a marca simbólica, o DNA, que deve orientar toda a equipe do governo. Segundo Deos, esta marca deve inspirar e mobilizar todos os integrantes do governo. Para finalizar, o consultor deixou uma espécie de "carta-compromisso" no telão, um texto-base que refletia este novo posicionamento do governo Yeda. O auditório repleto aplaudiu.
. Sem entusiasmo. Luciano Deos parecia ter falado como um executivo de marketing fala para um grupo que nada tem a ver com business.
Crusius desconstrói tese e ações propostas pelo GAD’
O secretário geral de Governo, Eric Camarano, que também comanda área de Comunicação, abriu o microfone para o público. Carlos Crusius foi o primeiro a se inscrever para falar. O "professor", como é chamado internamente no governo, pegou o microfone e começou uma fala sizuda e ácida, características incomuns de sua personalidade, sempre tido como pessoa afável, bem-humorada e conciliadora.
. A sua tese fundamental é de que tinha dúvidas sobre a conveniência deste novo posicionamento do governo Yeda. Sua fala foi curta e devastadoramente consistente:
- Há dois grandes perigos nesta mudança de rota. O primeiro é que a palavra "diferente" normalmente exclui e não inclui, como é o objetivo deste governo. Ser diferente é se colocar em outro patamar, talvez até num patamar arrogante, criando um distanciamento entre o governo e as pessoas. O segundo é que o novo posicionamento é inferior ao atual, não exprime o DNA deste governo, que, em suma, tem como maior mérito o fato de ter coragem para fazer. Somos diferentes como todos os outros governos foram. O Olívio foi diferente. O Britto. O Rigotto. Ser diferente não nos explica. A coragem para fazer, sim. Esta marca – a coragem de fazer – só está sendo percebida e assimilada pela população gaúcha agora, num processo crescente nos últimos 60 dias.
. O auditório silenciou. Quando voltou para a platéia, pelo corredor central, Carlos Crusius recebeu inúmeros cumprimentos, alguns entusiasmados, com abraço em pé, saudações de mãos e tudo o que caracteriza a aprovação ao que foi dito.
. O novo posicionamento encomendado pelo governo e feito pela consultoria GAD sofrera um golpe mortal.
. A intenção da governadora em sair da "imersão" e comunicar em entrevista coletiva o novo posicionamento do governo, caiu por terra, mas o governo teve coragem de colocar o assunto em discussão, aceitou o contraditório e soube recuar diante dos melhores argumentos.
Daniel e Eric confrontam Crusius, mas não convencem.
Rogério Porto, secretário de Irrigação, que foi o segundo a se inscrever, subiu ao palco e disse: "Depois de tudo que ouvi, não tenho mais nada a falar; só a pensar". E desceu.
. A reação contrária ao discurso do professor veio com o secretário Daniel Andrade, amigo de Deos e um dos responsáveis pela sua contratação, assim como Eric Camarano. Ele falou que discordaria pela primeira vez do "professor". E fez uma defesa apaixonada – e arrogante – do conceito "diferente".
- Somos diferentes de todos os outros governos sim, porque, para citar um exemplo, retomamos 120 obras de recuperação das estradas gaúchas, mas de um jeito diferente, sem atender os pedidos e as pressões de prefeitos e vereadores, enfim, sem fazer politicagem.
. Num auditório composto por 80% de políticos, seu pronunciamento acabou por reforçar ainda mais os questionamentos de Carlos Crusius. "É desta arrogância do diferente (a de Andrade e Eric), de se achar melhor do que os outros, que o professor se referia", comentou um chefe de gabinete de uma secretaria estadual.
. A polêmica se instalou. Vários secretários levantaram as mãos, pedindo espaço para falar. Quem subiu ao palco na sequência foi nada mais nada menos do que a filha da governadora, Tarcila Crusius. Em tom forte, contrariou a tese do seu pai e defendeu o posicionamento da GAD. Carlos Crusius saiu do fundo do auditório e pediu réplica. A governadora disse que ele não poderia falar mais.
- Vamos parar com isso, virou uma questão familiar, isso aqui tá parecendo nossos churrascos de domingo, em que os vizinhos acham que a gente vai se matar", interveio, provocando risadas na platéia. Carlos Crusius sentou na frente, com cara de poucos amigos.
. O chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que estava ao lado de Yeda na primeira fila, pegou o microfone. "Eu tenho uma sugestão, porque não passamos a dizer que somos um governo que tem coragem pra fazer diferente?", perguntou. A proposta conciliadora recebeu apoio maciço de todos.
. Antes que a polêmica continuasse, a governadora interrompeu.:
- Agora chega ! A discussão continua lá em casa. Agora, quem vai falar sou eu.
Exclusivo - Conheça a fala franca de Yeda para o secretariado
Confira abaixo algumas frases ditas pela governadora Yeda Crusius nos seu pronunciamento final na reunião de imersão a que submeteu os 200 mais importantes membros do seu governo, quinta-feira, em Porto Alegre. Yeda deixou claro que o governo não acabou com a conquista do déficit zero (o objetivo deveria ser alcançado ao final de quatro anos, mas o resultado saiu já no segundo ano, produzindo letargia em quase todo o governo, que se considerou com missão cumprida). Nas entrelinhas, a governadora deixou claro que é candidata a um novo mandato.
. O discurso foi muito forte e é esclarecedor. LEIA os trechos mais importantes (este material é exclusivo e foi levantado pelo editor junto a pelo menos 5 dos participantes, todos de Partidos e tendências diferentes um do outro):
- Eu não fui eleita pra manter o mesmo. Eu vim pra fazer diferente. Diferente inclusive do que fiz nos dois primeiros anos de governo.
- Fizemos o ajuste fiscal e alcançamos o déficit zero um ano antes do prometido na campanha. Mas meu mandato não terminou. Não haverá outra eleição agora. Ainda tenho dois anos de governo. Temos muito mais a fazer. Na verdade, fizemos muito pouco. Eu quero mais. E melhor. E quatro anos é muito pouco pra fazer tudo que temos de fazer para o Rio Grande.
- Tanto sou diferente que nomeio, em plena democracia, um general para comandar a segurança do Estado. [Referindo-se a Edson de Oliveira Goulart.] E escolhi um vereador para ser secretário. O PTB acha que foram eles. Mas fui eu, que o conheci no Gabinete de Transição". [Referindo-se a Elói Guimarães, novo secretário de Administração].
- Sou diferente porque propus uma pauta moderna, a compra de um avião para o governo do Estado. Não é pra mim, é para o Estado. Quando este avião chegar, talvez eu já esteja longe. O que os gaúchos precisam decidir é se o governante deste Estado deve continuar andando de carroça ou se seria mais produtivo andar de jato, como fazem outros governadores.
- Temos que parar com esta síndrome de coitadismo. Esse pensamento pequeno que atinge parte da imprensa e de vocês mesmo. Vocês acham que não ouvi muito de vocês torcendo o nariz para a compra do avião. Ora, por quê? Coragem, vamos, coragem para fazer o que temos que fazer.
- Vocês morrem de medo de mim, que eu sei. Só não sei a razão[referindo-se aos secretários]
- A primeira coisa que o presidente Lula fez foi manter o controle da inflação do Fernando Henrique Cardoso. A segunda foi comprar um avião. Porque ele queria ser um líder mundial. E é. Porque tem um avião. Sem o avião novo, andando com o sucatão, certamente não seria.
- Falamos várias vezes para o Fernando Henrique trocar o sucatão, que não podia descer na Alemanha porque não tinha autorização do Ministério do Meio Ambiente de lá. E ele nos dizia, mas o que vão dizer? Faltou coragem para ele fazer o que tinha que fazer.
- Eu nunca apanhei tanto como no ano passado. Sem dó nem piedade. E isso que sou mulher. Por isso que sou a favor da Lei Maria da Penha. Mas me mantive firme e deixei que quem de direito pronunciasse a minha inocência.
- Nós estamos fazendo um governo diferente, percebido pelos adversários. Ou vocês acham que eles nos tiraram R$ 4 bilhões de investimento privado para duplicar as estradas gaúchas por quê? Por medo de que a gente faça mais e melhor.
- Não quero acomodação. Quem acha que estamos com o dever cumprido, deve sair. Temos mais dois anos pela frente e temos de fazer mais e melhor.
. O discurso foi muito forte e é esclarecedor. LEIA os trechos mais importantes (este material é exclusivo e foi levantado pelo editor junto a pelo menos 5 dos participantes, todos de Partidos e tendências diferentes um do outro):
- Eu não fui eleita pra manter o mesmo. Eu vim pra fazer diferente. Diferente inclusive do que fiz nos dois primeiros anos de governo.
- Fizemos o ajuste fiscal e alcançamos o déficit zero um ano antes do prometido na campanha. Mas meu mandato não terminou. Não haverá outra eleição agora. Ainda tenho dois anos de governo. Temos muito mais a fazer. Na verdade, fizemos muito pouco. Eu quero mais. E melhor. E quatro anos é muito pouco pra fazer tudo que temos de fazer para o Rio Grande.
- Tanto sou diferente que nomeio, em plena democracia, um general para comandar a segurança do Estado. [Referindo-se a Edson de Oliveira Goulart.] E escolhi um vereador para ser secretário. O PTB acha que foram eles. Mas fui eu, que o conheci no Gabinete de Transição". [Referindo-se a Elói Guimarães, novo secretário de Administração].
- Sou diferente porque propus uma pauta moderna, a compra de um avião para o governo do Estado. Não é pra mim, é para o Estado. Quando este avião chegar, talvez eu já esteja longe. O que os gaúchos precisam decidir é se o governante deste Estado deve continuar andando de carroça ou se seria mais produtivo andar de jato, como fazem outros governadores.
- Temos que parar com esta síndrome de coitadismo. Esse pensamento pequeno que atinge parte da imprensa e de vocês mesmo. Vocês acham que não ouvi muito de vocês torcendo o nariz para a compra do avião. Ora, por quê? Coragem, vamos, coragem para fazer o que temos que fazer.
- Vocês morrem de medo de mim, que eu sei. Só não sei a razão[referindo-se aos secretários]
- A primeira coisa que o presidente Lula fez foi manter o controle da inflação do Fernando Henrique Cardoso. A segunda foi comprar um avião. Porque ele queria ser um líder mundial. E é. Porque tem um avião. Sem o avião novo, andando com o sucatão, certamente não seria.
- Falamos várias vezes para o Fernando Henrique trocar o sucatão, que não podia descer na Alemanha porque não tinha autorização do Ministério do Meio Ambiente de lá. E ele nos dizia, mas o que vão dizer? Faltou coragem para ele fazer o que tinha que fazer.
- Eu nunca apanhei tanto como no ano passado. Sem dó nem piedade. E isso que sou mulher. Por isso que sou a favor da Lei Maria da Penha. Mas me mantive firme e deixei que quem de direito pronunciasse a minha inocência.
- Nós estamos fazendo um governo diferente, percebido pelos adversários. Ou vocês acham que eles nos tiraram R$ 4 bilhões de investimento privado para duplicar as estradas gaúchas por quê? Por medo de que a gente faça mais e melhor.
- Não quero acomodação. Quem acha que estamos com o dever cumprido, deve sair. Temos mais dois anos pela frente e temos de fazer mais e melhor.
Yeda acaba com função exercida pelo marido Crusius. Governo nega crise.
Embora a maior parte dos agentes do governo não atendam o telefone neste sábado e o responsável pela área de comunicação, Joabel Pereira, desminta qualquer ruído que possa interferir nas ações do Piratini, o editor desta página pode confirmar que a governadora Yeda Crusius extinguiu mesmo o Conselho de Comunicação Social que estava entregue ao comando de Carlos Crusius. O governo alega que o Conselho tinha perdido sua razão de ser, até por sucessivas baixas na sua composição, e que Yeda quer mexer na área para obter melhores resultados.
. O jornal Correio do Povo deste sábado deu uma linha sobre o assunto, mas não entrou em detalhes.
. Com ruídos ou não, o fato é que a extinção do Conselho, com a consequente perda de função de Carlos Crusius, produziu uma cadeia de boatos sobre o que aconteceu, porque o ato foi assinado apenas um dia depois da reunião ampliada que Yeda fez na sede social da Procergs, na zona Sul de Porto Alegre, onde se produziram fortes discussões sobre a nova marca do governo, apresentada pela empresa Gad' Design, dirigida por Luciano Deos. A exposição de Deos não agradou quase ninguém e quando estava para ser aprovada apesar disto, foi Carlos Crusius quem se levantou e em apenas cinco minutos desconstruiu de modo inteligente, culto e consistente a proposta, que estava mais formatada para o caso de uma empresa privada do que para o governo. A fala de Crusius impediu a aprovação da proposta, mas resultou em áspera discussão entre Yeda, o marido Carlos e até mesmo a filha do casal, Tarsila, que ficou do lado do Gad'. Com bom humor, a governadora encerrou o debate com esta saída, depois de ter cassado a palavra de Carlos, que tentava a tréplica (Yeda alegou que ninguém falaria duas vezes): "Isto aqui não pode parecer os nossos churrascos de domingo".
. O jornal Correio do Povo deste sábado deu uma linha sobre o assunto, mas não entrou em detalhes.
. Com ruídos ou não, o fato é que a extinção do Conselho, com a consequente perda de função de Carlos Crusius, produziu uma cadeia de boatos sobre o que aconteceu, porque o ato foi assinado apenas um dia depois da reunião ampliada que Yeda fez na sede social da Procergs, na zona Sul de Porto Alegre, onde se produziram fortes discussões sobre a nova marca do governo, apresentada pela empresa Gad' Design, dirigida por Luciano Deos. A exposição de Deos não agradou quase ninguém e quando estava para ser aprovada apesar disto, foi Carlos Crusius quem se levantou e em apenas cinco minutos desconstruiu de modo inteligente, culto e consistente a proposta, que estava mais formatada para o caso de uma empresa privada do que para o governo. A fala de Crusius impediu a aprovação da proposta, mas resultou em áspera discussão entre Yeda, o marido Carlos e até mesmo a filha do casal, Tarsila, que ficou do lado do Gad'. Com bom humor, a governadora encerrou o debate com esta saída, depois de ter cassado a palavra de Carlos, que tentava a tréplica (Yeda alegou que ninguém falaria duas vezes): "Isto aqui não pode parecer os nossos churrascos de domingo".