A compra de imóveis de luxo foi um dos destinos do dinheiro desviado do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio Grande do Sul, segundo o Ministério Público Federal. A Rio Del Sur Ltda., que recebeu, em valores atualizados, em torno de R$ 9 milhões de uma fundação contratada pelo Detran entre 2003 e 2007, adquiriu uma casa e dois apartamentos em bairros nobres de Porto Alegre e de Gramado -município da serra gaúcha. Os imóveis, avaliados em R$ 2,7 milhões, foram comprados entre setembro de 2004 e março de 2006.
. A empresa pertence a familiares do empresário tucano Lair Ferst, que atuou na campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB) e é réu com outras 39 pessoas em ação penal que tramita na Justiça Federal.
. As compras da Rio Del Sur foram detectadas na quebra dos sigilos bancário e fiscal da companhia e também em mensagens de e-mail trocadas por Ferst com imobiliárias. Na capital gaúcha, a empresa comprou uma casa de 740 m2 em um condomínio fechado no bairro Boa Vista (R$ 1,3 milhão) e um apartamento com 493 m2 no bairro Mont'serrat (R$ 1,1 milhão). Em Gramado, o investimento foi de R$ 330 mil na compra de um apartamento. Os bens estão bloqueados pela Justiça.
. Segundo a Procuradoria, a Rio Del Sur era uma empresa "de fachada", que existia para "remunerar indevidamente" Ferst, enquanto a Newmark Tecnologia, outra empresa da família que recebeu cerca de R$ 12 milhões, era utilizada para "pagamento de propina a dirigentes do órgão". A fraude teria desviado R$ 44 milhões entre julho de 2003 e novembro de 2007, quando a PF deflagrou a Operação Rodin. Nem Ferst nem seu advogado foram localizados para comentar a compra dos imóveis. O porta-voz do governo, Paulo Fona, não quis comentar o caso alegando que Ferst "não tem relações com o governo".
. Em Santa Maria (a 286 km de Porto Alegre), um grupo de 80 estudantes universitários invadiu durante sete horas a sede da Fundae -fundação que recebia dinheiro do Detran e depois o repassava para empresas do suposto esquema. No final da tarde, os estudantes deixaram o prédio por determinação judicial.
. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Governo Lula contrata mulher de terrorista das Farc
Clipping
Revista Veja
Por Diogo Mainardi
O nome é Angela Maria Slongo
"O Palácio do Planalto contratou a mulher de
Olivério Medina, representante das Farc no Brasil.
Enquanto uma fatia do estado brasileiro prendia
um criminoso internacional, uma outra fatia o protegia,
oferecendo à sua mulher um salário de apaniguada"
A mulher de Olivério Medina, o representante das Farc no Brasil, foi contratada pelo governo Lula. Agora só falta arranjar um emprego para a mulher de Fernandinho Beira-Mar, outro criminoso ligado às Farc.
Em 29 de dezembro de 2006, Angela Maria Slongo foi nomeada pelo ministro da Pesca, Altemir Gregolin, para o cargo de oficial de gabinete II, com um salário de DAS 102.2. Angela Maria Slongo é mulher de Francisco Antonio Cadena Collazos, também conhecido como Olivério Medina, ou Padre Medina, ou Camilo López, ou El Cura Camilo. Quando Angela Maria Slongo foi nomeada pelo Palácio do Planalto – sim, o Ministério da Pesca é ligado diretamente ao gabinete do presidente da República –, Olivério Medina estava preso em Brasília, a pedido da Colômbia, seu país de origem, onde era acusado de atos terroristas e assassinatos.
Pausa. Respire fundo. É melhor repetir o que acabei de dizer. Pode ser que alguém tenha passado batido. É o seguinte: enquanto uma fatia do estado brasileiro cumpria a lei, prendendo um criminoso internacional, uma outra fatia – mais especificamente, Lula e seus ministros – o protegia, oferecendo à sua mulher um salário de apaniguada, a fim de que ela pudesse permanecer perto dele, numa chácara em Brasília, à espera do julgamento do STF, que iria decidir sobre sua extradição. Ele só saiu da prisão domiciliar no fim de março de 2007. Angela Maria Slongo até hoje continua aparelhada no Ministério da Pesca, recebendo seu salário de apaniguada, que acumula com o salário pago pelo governo do Paraná. VEJA pediu esclarecimentos sobre a escolha de seu nome para o cargo de confiança. O Ministério da Pesca informou que ela apenas mandou um currículo e foi selecionada por critérios profissionais. Simples? Simples.
Publicamente, Lula tenta se afastar da companhia das Farc. Às escondidas, seu governo dá cada vez mais sinais de irmandade com o grupo terrorista, como nesse caso da mulher de Olivério Medina. Nos computadores de Raúl Reyes, o terrorista morto pelos soldados colombianos, foi encontrada uma mensagem de Olivério Medina em que ele dizia poder contar com o apoio da "cúpula do governo" brasileiro, em particular com o ministro Celso Amorim. O papel de Olivério Medina no Brasil, de acordo com o jornal colombiano El Tiempo, era "trocar cocaína por armas e fazer o recrutamento de simpatizantes". O recrutamento de simpatizantes podia ser feito até mesmo no Ministério da Pesca. Já a troca de cocaína por armas passava por outros canais. Numa de suas mensagens sobre o tema, Olivério Medina referiu-se a um certo "Acácio", identificado como o Negro Acácio, sócio de Fernandinho Beira-Mar no narcotráfico.
Um relatório oficial da Abin acusou Olivério Medina de ter oferecido dinheiro das Farc à campanha eleitoral de candidatos petistas. Quando VEJA fez uma reportagem sobre o assunto, um monte de gente chiou. Para os agentes da Abin, os membros do PT que receberiam o dinheiro eram aqueles das correntes mais esquerdistas do partido, como a do ministro da Pesca, que contratou a mulher de Olivério Medina. Sempre que alguém morre no Brasil por um crime relacionado ao tráfico de drogas, pode-se dizer que há um dedo das Farc. O grupo terrorista está perdendo terreno na floresta colombiana. Mas chegou ao poder nos morros brasileiros e na Esplanada dos Ministérios.
Revista Veja
Por Diogo Mainardi
O nome é Angela Maria Slongo
"O Palácio do Planalto contratou a mulher de
Olivério Medina, representante das Farc no Brasil.
Enquanto uma fatia do estado brasileiro prendia
um criminoso internacional, uma outra fatia o protegia,
oferecendo à sua mulher um salário de apaniguada"
A mulher de Olivério Medina, o representante das Farc no Brasil, foi contratada pelo governo Lula. Agora só falta arranjar um emprego para a mulher de Fernandinho Beira-Mar, outro criminoso ligado às Farc.
Em 29 de dezembro de 2006, Angela Maria Slongo foi nomeada pelo ministro da Pesca, Altemir Gregolin, para o cargo de oficial de gabinete II, com um salário de DAS 102.2. Angela Maria Slongo é mulher de Francisco Antonio Cadena Collazos, também conhecido como Olivério Medina, ou Padre Medina, ou Camilo López, ou El Cura Camilo. Quando Angela Maria Slongo foi nomeada pelo Palácio do Planalto – sim, o Ministério da Pesca é ligado diretamente ao gabinete do presidente da República –, Olivério Medina estava preso em Brasília, a pedido da Colômbia, seu país de origem, onde era acusado de atos terroristas e assassinatos.
Pausa. Respire fundo. É melhor repetir o que acabei de dizer. Pode ser que alguém tenha passado batido. É o seguinte: enquanto uma fatia do estado brasileiro cumpria a lei, prendendo um criminoso internacional, uma outra fatia – mais especificamente, Lula e seus ministros – o protegia, oferecendo à sua mulher um salário de apaniguada, a fim de que ela pudesse permanecer perto dele, numa chácara em Brasília, à espera do julgamento do STF, que iria decidir sobre sua extradição. Ele só saiu da prisão domiciliar no fim de março de 2007. Angela Maria Slongo até hoje continua aparelhada no Ministério da Pesca, recebendo seu salário de apaniguada, que acumula com o salário pago pelo governo do Paraná. VEJA pediu esclarecimentos sobre a escolha de seu nome para o cargo de confiança. O Ministério da Pesca informou que ela apenas mandou um currículo e foi selecionada por critérios profissionais. Simples? Simples.
Publicamente, Lula tenta se afastar da companhia das Farc. Às escondidas, seu governo dá cada vez mais sinais de irmandade com o grupo terrorista, como nesse caso da mulher de Olivério Medina. Nos computadores de Raúl Reyes, o terrorista morto pelos soldados colombianos, foi encontrada uma mensagem de Olivério Medina em que ele dizia poder contar com o apoio da "cúpula do governo" brasileiro, em particular com o ministro Celso Amorim. O papel de Olivério Medina no Brasil, de acordo com o jornal colombiano El Tiempo, era "trocar cocaína por armas e fazer o recrutamento de simpatizantes". O recrutamento de simpatizantes podia ser feito até mesmo no Ministério da Pesca. Já a troca de cocaína por armas passava por outros canais. Numa de suas mensagens sobre o tema, Olivério Medina referiu-se a um certo "Acácio", identificado como o Negro Acácio, sócio de Fernandinho Beira-Mar no narcotráfico.
Um relatório oficial da Abin acusou Olivério Medina de ter oferecido dinheiro das Farc à campanha eleitoral de candidatos petistas. Quando VEJA fez uma reportagem sobre o assunto, um monte de gente chiou. Para os agentes da Abin, os membros do PT que receberiam o dinheiro eram aqueles das correntes mais esquerdistas do partido, como a do ministro da Pesca, que contratou a mulher de Olivério Medina. Sempre que alguém morre no Brasil por um crime relacionado ao tráfico de drogas, pode-se dizer que há um dedo das Farc. O grupo terrorista está perdendo terreno na floresta colombiana. Mas chegou ao poder nos morros brasileiros e na Esplanada dos Ministérios.
Brasil e Argentina terão livre comércio em 2013
Brasil e Argentina definiram ontem o novo acordo automotivo entre os dois países, que será assinado nas próximas semanas pelos ministros de ambos governos. O acordo implicará em nova espera, desta vez de meia década, pelo eventual livre comércio de carros e autopeças entre os dois países. Nesse período, vigorará novo esquema de comércio administrado.
. O acordo atualmente vigente, que expira em 30 de junho, estipula que para cada US$ 1 que a Argentina importa do Brasil, pode exportar US$ 1,95 livre de impostos e vice-versa. No novo sistema chamado de flex, a Argentina terá seu teto para as vendas ao Brasil ampliado para US$ 2,50.
. Esse mecanismo permitirá à indústria argentina exportar mais ao Brasil, favorecendo, principalmente, o setor de autopeças local de forma a encarar o livre comércio a partir de julho de 2013. O programa automotivo terá seis anos de duração, terminando em julho de 2014.
. Segundo ele, o novo acordo proporcionará estímulos para que ocorram mais investimentos internacionais no setor automotivo do Brasil e da Argentina. Ramalho afirmou que empresas brasileiras também poderão ter interesse em investir mais na Argentina.
. O comércio de automóveis e autopeças entre o Brasil e a Argentina atualmente é de US$ 12 bilhões anuais, 40% de toda a balança entre os vizinhos.
. A liberação, se não ocorrerem as costumeiras guinadas realizadas pelos sucessivos governos argentinos desde 1999, permitirá que o Mercosul conte com o livre comércio automotivo em 2013. "Eu garanto que a Argentina fará os maiores esforços", afirmou o secretário de Indústria da Argentina, Fernando Fraguío.
. O novo acordo terá um monitoramento trimestral do comércio bilateral do setor entre os dois países para que se possa corrigir eventuais desvios até que se chegue ao mercado livre.
. Ramalho disse que a previsão é de que a produção anual de veículos, em seis anos, chegue a 6 milhões de unidades, sendo 5 milhões no Brasil e 1 milhão na Argentina.
. O acordo atualmente vigente, que expira em 30 de junho, estipula que para cada US$ 1 que a Argentina importa do Brasil, pode exportar US$ 1,95 livre de impostos e vice-versa. No novo sistema chamado de flex, a Argentina terá seu teto para as vendas ao Brasil ampliado para US$ 2,50.
. Esse mecanismo permitirá à indústria argentina exportar mais ao Brasil, favorecendo, principalmente, o setor de autopeças local de forma a encarar o livre comércio a partir de julho de 2013. O programa automotivo terá seis anos de duração, terminando em julho de 2014.
. Segundo ele, o novo acordo proporcionará estímulos para que ocorram mais investimentos internacionais no setor automotivo do Brasil e da Argentina. Ramalho afirmou que empresas brasileiras também poderão ter interesse em investir mais na Argentina.
. O comércio de automóveis e autopeças entre o Brasil e a Argentina atualmente é de US$ 12 bilhões anuais, 40% de toda a balança entre os vizinhos.
. A liberação, se não ocorrerem as costumeiras guinadas realizadas pelos sucessivos governos argentinos desde 1999, permitirá que o Mercosul conte com o livre comércio automotivo em 2013. "Eu garanto que a Argentina fará os maiores esforços", afirmou o secretário de Indústria da Argentina, Fernando Fraguío.
. O novo acordo terá um monitoramento trimestral do comércio bilateral do setor entre os dois países para que se possa corrigir eventuais desvios até que se chegue ao mercado livre.
. Ramalho disse que a previsão é de que a produção anual de veículos, em seis anos, chegue a 6 milhões de unidades, sendo 5 milhões no Brasil e 1 milhão na Argentina.