Artigo, Rosana Chiavassa - O cidadão que procura o SUS precisa ser respeitado

A solução para o problema do SUS não está em responsabilizar o cidadão e nem jogá-lo no colo da iniciativa privada, mas sim em fortalecer o SUS, com investimentos, fiscalização séria e rigorosa e punição efetiva para todos aqueles responsáveis por possíveis desvios.

É difícil dizer se o ministro da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros, não conseguiu ainda se acertar na pasta porque não é do ramo ou porque está mal assessorado. Suas aparições na mídia, até com razoável destaque, têm sido motivadas por ideias, intenções, interpretações, percepções e projetos que, não raro, estão distantes da realidade do país. As duas últimas, a de que o cidadão imagina doenças e a possível liberação de um plano de saúde popular pela ANS, foram simplesmente torpedeadas por especialistas. E com justa razão, diga-se de passagem.

Dia desses, baseado em percepções totalmente equivocadas, o ministro Barros afirmou que a maioria dos pacientes procura atendimento na rede pública de saúde apenas porque “imagina” estar doente. Para ele, o brasileiro somente acha que teve bom atendimento médico se este lhe pedir exames ou prescrever medicamentos. “É cultura do brasileiro”, afirmou o ministro. Em sua avaliação, este “hábito” estaria gerando gastos desnecessários ao SUS.

Diante de tal afirmação, é possível inferir que o ministro foi vítima de um lapso de memória, pois é inadmissível que ele não saiba que quem pede exames laboratoriais e de imagens e prescreve remédios é o médico e não o paciente.

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