Governo socialista do Distrito Federal anuncia corte de salário e aumento do ICMS

Para cobrir uma dívida de R$ 6,5 bilhões, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira, uma série de medidas para ajustar as contas do Distrito Federal. Entre elas,:

1)  O corte de 20% de seu próprio salário e de seu vice, Renato Santana, além de secretários e administradores regionais. 
2) Será reduzido o número de secretarias (de 24 para 16) e de administrações (de 31 para 24).
3) Corte de 20% de despesas com cargos comissionados, o que deve gerar uma economia de pelo menos R$ 7,8 milhões.
4) Suspensão de novos concursos e de reajustes previstos para o segundo semestre de 2015.
5)  Todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta reduzirão 25% das despesas vigentes com custeio.

Atualmente mais da metade da receita corrente líquida do Distrito Federal tem sido destinada ao pagamento de pessoal (50,8%), superando o limite máximo previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%. 

Aumento das receitas através destas medidas de elevação de taxas e impostos

1) Aumento de 40% na Taxa de Limpeza Pública. O valor da refeição nos 13 restaurantes comunitários que existem em Brasília passará de R$ 1,00 para R$ 3,00. 
2) A entrada do Jardim Zoológico de Brasília também sofrerá aumento: de R$ 2,00 para R$ 10,00 além da instituição da meia-entrada e preços promocionais durante a semana. 
3) A tarifa de ônibus também irá aumentar. Os novos valores variam de R$ 2,50 a R$ 4,00.
4)  Projeto de lei para aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado em cima de bebidas e cigarro de 25% para 29%

O governador também anunciou um projeto de lei que visa alterar as regras de uso do Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal (Fundefe) para ampliar as finalidades e destinações dos recursos. Outro decreto ainda determinará a implementação de programas de desligamento incentivado e voluntário das empresas estatais, e estabelecerá a cobrança de ônus pela cessão de servidores a outros poderes.

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Sartori paga mais R$ 400 nesta quarta. Com isto, 72,4% terá recebido valor integral de agosto.

Após confirmado o depósito de R$ 400,00 para o funcionalismo nesta terça-feira (15), o governo do Estado programou uma nova parcela da folha de agosto para esta quarta-feira (16), também no valor de R$ 400,00. Com mais esses dois créditos, o total de servidores do Poder Executivo com os salários integralizados atinge 72,4% (252 mil vínculos). Para os funcionários que recebem acima de R$ 3.200,00, a parcela complementar deve ser quitada até o próximo dia 22.

Para viabilizar os depósitos nesses dois dias, que somados representam um desencaixe ao redor de R$ 95 milhões, a Secretaria da Fazenda valeu-se do ingresso do ICMS do comércio. Ainda nessa segunda-feira (14), a Fazenda havia antecipado uma parcela de R$ 1.000,00, o que já foi suficiente para complementar os salários para 213 mil vínculos.

Compreendendo mais de 347 mil matrículas, a folha dos servidores ativos, inativos, pensões previdenciárias e pensões alimentícias é de R$ 950 milhões líquidos. Os salários dos funcionários de fundações e autarquias representam outros R$ 57,5 milhões, enquanto que as consignações somam R$ 123 milhões e os tributos sobre a folha alcançam R$ 73 milhões.

CALENDÁRIO DA FOLHA DE AGOSTO:

· 31/08: R$ 600,00 (R$ 205 milhões*)

· 10/09: R$ 800,00 (R$ 232 milhões)

· 14/09: R$ 1.000,00 (R$ 180 milhões)

· 15/09: R$ 400,00 (R$ 50 milhões)

· 16/09: R$ 400,00 (R$ 45 milhões)


· Até dia 22/09: parcela restante (R$ 233 milhões) 

Deputado Afonso Motta é citado com Nardes em operações suspeitas da RBS no Carf

O deputado Afonso Motta, PDT, junto com o ministro Augusto Nardes, TCU, estão sob escrutínio do STF no caso da Operação Zelotes, já que seus nomes foram envolvidos nas investigações que apura possíveis propinas que teriam sido pagos pela RBS para se livrar de autuações milionárias por parte da Receita Federal.

Eles teriam atuado junto ao Carf.

Afonso Motta foi diretor Jurídico da RBS até 2009. No governo Tarso Genro, foi secretário durante quatro anos.

O caso está no STF porque tanto ele quanto Nardes possuem foro privilegiado.

Ele disse que é inocente e que seu nome aparece na lista por que assinou contratos com os escritórios de advocacia que defendiam o grupo de comunicação no Carf.

Contrariado com cortes do governo, mercado força alta do dólar para R$ 3,86

O dólar operou em alta durante esta terça-feira, um dia após os anúncios de cortes do governo e a possível volta da CPMF. No fechamento, a variação ficou em 1,28%, cotado a 3,8626.

STF rejeita pedido de suspensão do bloqueio das contas do governo estadual

O ministro Marco Aurélio Mello, STF, confirmou o que já tinha informado antes de maneira informal, ou seja, que iria rejeitar, como rejeitou, o pedido de liminar feito pelo governo gaúcho para impedir o bloqueio de suas contas pelo governo da União.

Governador de Santa Catarina rejeita CPMF, mas apóia medidas de ajuste de Dilma

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, mandou informar ao editor, ainda há pouco, que não apóia a proposta de recriação da CPMF, mas defenderá as medidas de ajuste do governo Dilma, sobretudo a reforma da previdência, que também afeta os Estados.

Eis o que ele disse:

Não sou a favor da CPMF e acho que o governo federal precisa fazer os ajustes que está fazendo. Vou ajudar na redução de custos e procurar debater fortemente na questão da previdência, que é uma decorrência da Constituição de 1988, que também atinge todos os estados, fragiliza as contas públicas – é um problema mais grave que nós temos e precisamos fazer alguma coisa.
Do ponto de vista pessoal tenho um compromisso com a sociedade catarinense de não apoiar o aumento de impostos, nem estadual e nem federal. Eu expliquei essa situação, mas nós precisamos ajudar. Sou brasileiro e quero que o Brasil vá bem e supere as dificuldades. Temos que enfrentar algumas coisas que são impopulares a  exemplo da previdência pública. Temos que corrigir e realmente reequilibrar.

Opinião do editor - O RS não é o Paraná

Os provocadores do PSOL, PSTU, PCdoB e PT não conseguirãor reeditar aqui o clima de guerra que patrocinaram no Paraná. A foto ao lado, de Curitiba, é o benchmark dos ativistaas gaúchos do corporativismo público estadual. - 

Embora uma franja de provocadores profissionais continue acampada diante da entrada principal da Assembléia do RS, a imensa maioria de lideranças e ativistas dos 42 sindicatos e entidades dos servidores estaduais voltou para a Praça da Matriz e liberou o ingresso na sede do Poder Legislativo, amordaçado durante todo o dia por um golpe de mão deesfechado por inspiração política do PSOL, PSTU, PCdoB e PT, a vanguarda mais visível do atraso que assola o RS.
Não houve confronto violento, apesar das provocações e sítio da Assembléia.
Isto aconteceu pelo bom senso e visão estratégica do presidente da Assembléia, deputado Edson Brum, que vetou o uso da tropa de choque da Brigada Militar e também impediu que o pessoal do Palácio Farroupilha aceitasse as provocações dos profissionais do atraso, alguns deles armados.
Ao suspender a sessão de hoje, Brum expôs perante a opinião pública o sentido anti-democrático do estado de sítio, desmascarou o oportunismo estritamente corporativo das demandas e abriu caminho para que os deputados reúnam-se nesta quarta-feira e cumpram com o seu dever, que é promover a reforma por que tanto espera o Rio Grande do Sul. 

Presidente da Guiana avisa que Maduro, Venezuela, quer a guerra para anexar seu País

Apenas para que o leitor entenda o sentido das manobras militares que o Exército do Brasil iniciou esta semana nas fronteiras da Venezuela e da Guiana, vai reproduzida a seguir, na íntegra, a entrevista que o jornalista Duda Teixeira produziu desde Georgetown, Guiana, para a revista Veja desta semana.

Na entrevista com o presidente da Guiana, este acusa Nicolás Maduro, da Venezuela, de atrapalhar a economia de seu país com a insistência em reacender uma disputa territorial superada há 116 anos.

Leia tudo:

Em Georgetown, capital da Guiana, é fácil constatar que o país não faz parte da América Latina, apesar de estar situado, geograficamente, na América do Sul. A população fala inglês e o volante fica do lado direito do carro. O maior grupo étnico é o de descendentes de indianos, trazidos para substituir os escravos africanos nas lavouras de cana-de-açúcar do século XIX.

Nos arredores da cidade, há mais templos hinduístas e mesquitas do que igrejas cristãs. Neste ano, a sensação entre os guianenses de não pertencer ao mundo latino cresceu quando o governo venezuelano reivindicou dois terços do território da Guiana e uma parte correspondente de seu mar. O presidente David Granger, eleito em maio, contou à VEJA que espera a arbitragem da ONU sobre a pendenga.

O presidente Nicolás Maduro tem dito que a região do Essequibo, na Guiana, na realidade pertence á Venezuela. Faz sentido?

Não. As fronteiras ocidentais de nosso país com o Brasil e com a Venezuela foram demarcadas por um tribunal de arbitragem em 1899. Isso foi há 116 anos. Os mapas internacionais reconhecem as fronteiras entre a Guiana e os vizinhos Venezuela e Brasil. Maduro não tem razão.

Essequibo sempre pertenceu à Guiana?

Depois das guerras napoleônicas, a Inglaterra tomou posse de todas as colônias holandesas, em 1814, inclusive os três territórios que hoje compõem a Guiana. O acordo de 1899 resolveu as pendências que surgiram com os vizinhos e, por cinquenta anos, não houve nenhuma obstrução. Quem for até os pontos mais ao norte, mais ao leste e mais ao sul do Essequibo vai constatar que os cidadãos estão sob a jurisdição guianense. Foi somente com a então iminente independência da Guiana, conquistada em 1966, que a Venezuela começou a exigir o território para si.

Os moradores do Essequibo gostariam de ser cidadãos venezuelanos?

Eles sabem muito bem que essa é uma reivindicação espúria. Esses cidadãos votam nas eleições da Guiana. Têm certidão de nascimento e passaporte guianenses. Recentemente, ocorreu uma conferência dos chefes das tribos indígenas, muitas das quais estão localizadas perto da fronteira. Eles publicaram uma resolução em que expressam solidariedade ao meu governo na resistência à agressão venezuelana. A ONU também mandou uma delegação para lá, que conversou com vários habitantes. Ninguém apoiou a reivindicação venezuelana. Posso dizer com segurança que estamos todos unidos nisso.

Por que Maduro insiste tanto?

Essa questão voltou à tona principalmente por causa da exploração de petróleo no fundo do mar pela companhia americana EXXON. Desde março deste ano, quando a empresa anunciou ter encontrado uma grande reserva nas nossas águas territoriais (700 milhões de barris de petróleo, o dobro das reservas comprovadas na Bahia), começamos a ouvir com mais força as batidas dos tambores. Vale lembrar que a Venezuela perdeu um litígio com a EXXON anos atrás e foi obrigada a pagar uma compensação por causa da nacionalização de propriedades da companhia. Isso explica a feroz reação do governo venezuelano à descoberta feita pela EXXON. Além disso, parte do território reivindicado também é rica em ouro e diamantes.

Qual o impacto da disputa territorial com a Venezuela em seu país?

A Venezuela tem obstruído consistente e persistentemente nosso desenvolvimento econômico nos últimos cinquenta anos. Em outubro de 2013, a Marinha venezuelana mandou uma corveta, a PC 23 Yekuana, para ameaçar o barco de outra empresa de petróleo que estava conduzindo pesquisas em uma área não muito longe do campo da EXXON. Com a ameaça de uso da força, os venezuelanos impediram que o navio Teknik Perdana continuasse a prospecção. Mais recentemente, em maio, um decreto publicado pela Venezuela deu à Marinha a autoridade para atuar em nossas águas. Esse tipo de coisa assusta os investidores. Embora nenhuma empresa tenha deixado a Guiana por essas medidas, muitas hesitam em vir para cá.

“Venezuela está se comportando de maneira agressiva, o que é inaceitável neste milênio. Seu governo quer um território que não é do país. Eu não chamaria isso de imperialismo, mas certamente é algo que vai contra as leis”


Qual tem sido a posição da EXXON após os decretos de Maduro?

Nós temos falado com seus executivos. Na minha visão, a determinação continua porque petróleo é o negócio deles. Foram eles que acharam as reservas. Por isso, devem continuar por aqui.

Há razões geopolíticas para Maduro ter iniciado essa pendenga com a Guiana?

A Venezuela não possui litoral no Oceano Atlântico. O país tem um extenso litoral para o Mar do Caribe (uma fileira de pequenas ilhas separa o Caribe do Atlântico). Para aumentarem o poder da Marinha, os venezuelanos têm falado muito de ter um acesso ao Atlântico. Querem usar essa reivindicação absurda de território para garantir outro direito espúrio, o de ter um corredor para o Atlântico.

Como o senhor define esse tipo de comportamento?

A Venezuela está se comportando de maneira agressiva, o que é inaceitável neste milênio. Seu governo quer um território que não é do país. Eu não chamaria isso de imperialismo, mas certamente é algo que vai contra as leis.

Essa disputa é uma questão bilateral ou envolve mais países?

A reivindicação territorial é essencialmente bilateral. Mas a marítima afeta outros países, como Barbados e Suriname.

Maduro expulsou milhares de colombianos que viviam na Venezuela acusando-os de ser paramilitares e de fazer contrabando. Isso tem alguma similaridade com o que está acontecendo com a Guiana?

Não gostaria de comentar as relações entre a Colômbia e a Venezuela, mas é certo que qualquer distúrbio de fronteira neste continente vai acabar afetando outras nações. Nós queremos uma região pacífica.


Presidente da República Cooperativa da Guiana, David Granger com a Presidente Dilma Rousseff durante reunião no Palácio do Itamaraty. Brasília - DF, 17/07/2015 FotO Palácio do PLanalto

No dia 17 de Julho de 2015, em uma reunião do MERCOSUL a preidente Dilma Rousseff recebeu o Presidente da República Cooperativa da Guiana, David Granger. Ao saber disso o Presidente Nicolas Maduro retirou-se intempestivamente da reunião e partiu de Brasília  - DF, 17/07/2015 Foto Palácio do Planalto

O Brasil deveria ajudar a resolver a disputa?

Em 7 de setembro, durante comemoração da Independência, Lineu Pupo de Paula, o embaixador brasileiro na Guiana, deixou claro para nós que seu país não tem interesse em turbulências em nenhuma fronteira no nosso continente. Em julho, eu estive em Brasília e falei com a presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, ela fez a mesma afirmação. Tudo indica que o Brasil não quer mudanças nas nossas fronteiras.

O que Dilma lhe disse, exatamente?

Ela não falou especificamente sobre a controvérsia. Não mencionou a Venezuela. Mas Dilma manteve a posição brasileira de rejeitar distúrbios nas fronteiras.

Como a UNASUL e o MERCOSUL estão lidando com essas questões?

O MERCOSUL foi feito para ser um bloco econômico. Não é, portanto, uma questão que o MERCOSUL deva decidir. Também não vi nenhum envolvimento da UNASUL. A ideia por lá é que se deve aguardar uma posição da ONU. Tenho falado com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele ficou de marcar um encontro entre os dois lados. Agora, está tudo nas mãos da ONU.

Maduro insinuou que pode usar da força para conseguir o que quer. A Venezuela tem um contingente militar vinte vezes maior que o da Guiana. Seu país teria condições de responder a uma agressão armada?

Dependemos da diplomacia, do estado de direito, das Nações Unidas, das forças multilaterais como a UNASUL e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Temos de confiar nisso porque somos um país pequeno e sem interesse em um conflito militar com a Venezuela ou outro país. Esse não é o debate que gostaríamos de ter neste novo milênio. Vivemos em um mundo civilizado e acreditamos que a comunidade internacional possa atuar para garantir que a América do Sul seja uma área de paz. Nossa opção tem sido não investir nossos esparsos recursos em defesa militar.

A reserva de petróleo sob  águas guianenses é estimada em 40 bilhões de dólares, o equivalente a treze vezes o PIB anual do país. Qual a melhor maneira de usar os royalties?

 Somos um país pequeno, um dos menores na América do Sul, apesar de termos uma área maior que a da Inglaterra e da Escócia juntas. Nossa população é de apenas 750 000 pessoas. Por razões históricas, temos um nível muito alto de pobreza. Os holandeses e os ingleses vieram aqui para produzir algodão e depois açúcar. Ainda exportamos basicamente açúcar, arroz, madeira, ouro e bauxita. A receita do petróleo nos permitirá diversificar a economia mais rapidamente. Nossa geografia oferece um grande potencial hidrelétrico. Infelizmente, até agora, não temos tido recursos financeiros suficientes para construir mais usinas. Com isso, a energia tem um custo muito alto, o que restringe várias formas de industrialização. Se essa barreira for superada, a economia ganhará dinamismo e a pobreza será aliviada.


“Não temos interesse  em um conflito militar com a Venezuela ou outro país. Esse não é o debate que gostaríamos de ter. Acreditamos que a comunidade  internacional possa atuar para garantir que a América do Sul seja uma área de paz”


Em muitos países, a abundância de petróleo serviu para financiar governos autoritários. A Guiana corre o risco de seguir esse caminho?

O Brasil produz petróleo e não é uma ditadura. Não acho que exista essa maldição. Antes de as receitas do petróleo começarem a entrar, o que deve demorar alguns anos, queremos estabelecer um fundo soberano para ter certeza de que o dinheiro não será desperdiçado. Queremos deixar algo para a posteridade. O fundo vai garantir que a riqueza possa ser compartilhada pelas futuras gerações e manterá a inflação sob controle.

Por que a Guiana tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo?

É difícil saber o que leva uma pessoa a fazer isso, porque é uma questão individual. Não podemos saber o que se passa na mente dela. Os fatores podem ser familiares ou econômicos. Muitos casos acontecem em áreas rurais, com a ingestão de substâncias químicas agrícolas, como inseticidas. Não é um fenômeno disseminado em todo o país, mas concentrado nas áreas mais pobres.

Quase não se ouve falar sobre a Guiana no Brasil. Como mudar isso?

Historicamente, o desenvolvimento do meu país se concentrou no litoral. Temos relações econômicas mais fortes com o Caribe, a Inglaterra, os Estados Unidos, o Canadá e a União Europeia. Queremos dar mais atenção à integração com a América do Sul. Dos três países vizinhos (Venezuela, Brasil e Suriname), os laços com o Brasil são os mais fortes. Recentemente, o Brasil construiu uma ponte sobre o Rio Itacutú ligando os dois países. Há um destino continental para a Guiana.

Como o senhor se define ideologica-mente?

Sou nacionalista.

O senhor é membro de um partido que se define como socialista, o PNC (Congresso Nacional do Povo, na sigla em inglês). Em que o socialismo do PNC é diferente do "socialismo do século XXI" pregado por Hugo Chávez?

 O socialismo do PNC nasceu defendendo a ideia de que cidadãos pobres pudessem participar de cooperativas. Continuamos impulsionando as cooperativas. Também temos, ainda, algumas poucas empresas estatais no país, mas encorajamos a iniciativa privada. Queremos garantir que a população tenha uma educação de qualidade, que a economia possa crescer com energia renovável, que empresários tenham sua parcela na produção da riqueza e que os cidadãos sejam parte da economia. Maduro é chavista. Ele segue o seu mentor, Hugo Chávez. Sua ideologia é parte do chamado socialismo bolivariano. Não sigo esse caminho.

O senhor já foi jornalista. O respeito à liberdade de expressão também é uma diferença sua em relação ao go-verno venezuelano?


Não posso falar sobre o que acontece em outros países. Na Guiana, insisto que a liberdade de imprensa deve ser respeitada. Temos tentado fazer isso da melhor maneira possível. Mesmo nas empresas que são propriedade do governo, existe liberdade editorial. Vou continuar apoiando isso. ?

CPMF poderá ser bem maior do que os 0,20% propostos

O governo passou sinais de que a alíquota de 0,20% da CPMF não é para valer. É que a idéia seria aumentar tudo para 0,38%, como era antes, passando a diferença para os governadores (0,10%) e prefeitros (0,08%).

O Pixuleco valeria a aprovação da proposta.

Editorial, Zero Hora - O ajuste na previdência

O Rio Grande do Sul é hoje o Estado que mais 
compromete sua receita corrente líquida com aposentadorias.

Maior fonte de pressão do déficit do setor público gaúcho e também de rejeições a mudanças por parte de corporações de servidores, a previdência pública estadual volta a ocupar o centro das atenções. Chegou o momento de os parlamentares decidirem sobre o projeto mais impactante da atual fase do ajuste fiscal do governo José Ivo Sartori, que não contribui imediatamente para resolver as aflições do caixa governamental, mas acena com uma perspectiva futura para a previdência. Se aprovadas, as mudanças valerão apenas para os futuros servidores, colaborando para reduzir um déficit que, neste ano, deve ficar acima de R$ 7 bilhões. Por isso, é preciso que, desta vez, as negociações avancem, permitindo as mudanças.
O Rio Grande do Sul é hoje o Estado que mais compromete sua receita corrente líquida com aposentadorias. Provavelmente, é também o que mais resiste a alternativas como a adoção de uma previdência complementar válida para todos os poderes — Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública. Além da União, muitas outras unidades da federação, sob o comando de diferentes forças partidárias, já enfrentaram esse fator de pressão sobre o déficit público. Entre elas, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Depois de muitas tentativas frustradas de garantir o futuro das aposentadorias dos servidores, o Rio Grande do Sul não pode desperdiçar mais essa oportunidade.
É evidente que nenhuma mudança nessa área pode interferir nas regras de quem já está no serviço público. Também é preciso haver o máximo de transparência em relação aos futuros servidores, cujo parâmetro de benefício será o teto máximo do regime geral, com a alternativa de complementação opcional. O que não pode persistir é uma situação na qual o parâmetro é o último salário, o mais elevado da carreira. Essa regra é justamente a maior responsável por um déficit hoje no limiar do descontrole, com impacto superior até mesmo ao do já insuportável custo da dívida com a União.
A generosidade com que o Estado concede aposentadorias integrais e precoces ao funcionalismo está na origem da crise financeira e, em grande parte, é responsável até mesmo pelo parcelamento de salários. Corrigir esta deformação exige coragem e visão de futuro, pois haverá resistências corporativas e galerias lotadas. Nesta semana, a Assembleia precisará descascar esse abacaxi.

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Presidente da CEEE é ameaçado ao apurar roubos na sede da estatal

A sede da CEEE está sendo saqueada por bandidos. Houve roubo de materiais. Há cumplicidade interna.

O presidente da estatal, Pinheiro Machado, foi ameaçado de morte quando mandou apurar tudo.

BIER MARKT, ESTA NOITE, PROMOVE O INÉDITO BOLINHO DE FEIJÃO DO CARIOCA ACONCHEGO

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Os bolinhos de feijão do carioca Aconchego chegaram esta manhã, via aérea, a Porto Alegre. A promoção gaúcha do Bier Markt começará nesta terça-feira a noite.
Com duas casas em Porto Alegre, o Bier Markt acaba de fechar parceria inédita com a carioca Aconchego, pelo qual ambos iniciam inédito intercâmbio gastrônomico.

As primeiras ações começarão dia 14 e irão até o dia 20. Nestas datas, o Bier Markt von Fass servirá o consagtrado bolinho de feijoada (foto ao lado) e o chope Electra, um vienna lager produzido com a cervejaria Bamberg. A mesma agenda servirá para que o Aconchego sirva  as especialidades do bar de Porto Alegre, no caso o Hackepeter e a cerveja #QuemNunca, da cervejaria Way.

Informes da ação no Bier Markt von Fass
Fone 3574.0927
E-mail www.biermarkt.com.br
Site www.biermarkt.com.br
Rua Barão do Santo Ângelo 497

Deputado Marcel Van Hatten diz que golpistas "não passarão"

O deputado Marcel Van Hatten, PP do RS, mandou há pouco nota escrita de próprio punho sobre o sítio exercido por algumas dezenas de líderes dos servidores estaduais sobre a Assenmbléia do RS, protestando contra o que chama de "golpe promovgido por minorias histéricas e irresponsáveis".

E avisou:

- Vamos votar as reformas que o RS precisa para que no futuro sejamos aquele Estado que nós sempre gostaríamos que tivesse sido.

Marcel Van Hatten detacou como principal projeto que iria hoje à votação o projeto sobre previdência:

- Chega de privilegiados aposentados pelo serviço público ganhando acima do teto, em todos Poderes. Nós precisamos equalizar tudo porque essa conta não pode mais ser paga por toda a população. Mais de 11 milhões de gaúchos não podem ser dobrados por minorias histéricas que, na maioria das vezes, só buscam privilégios para suas próprias corporações. Hoje, 54% da folha do serviço público gaúcho é composta de pagamento de aposentados. É a pior relação em toda a federação. A segunda pior é a do Estado de São Paulo, de 27%. Não dá mais para seguir assim

Caem preços médios (0,72%) de aluguéis em nove cidades

O preço médio do aluguel residencial de nove cidades brasileiras teve queda de 0,72% em agosto em comparação com julho. Trata-se da maior queda mensal da série histórica, iniciada em 2008, segundo o índice FipeZap de Locação. No mesmo período, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice de inflação oficial do governo, ficou em 0,22%.

Após o resultado negativo de agosto, o Índice FipeZap de Locação passou a mostrar queda nominal de 1,21% no resultado acumulado de janeiro a agosto. No acumulado de 12 meses encerrados em agosto, houve queda de 1,81%, a maior da série histórica.

Entre as cidades pesquisadas, nos últimos 12 meses, Rio de Janeiro e Curitiba apresentaram as maiores quedas enquanto Campinas e Santos mostraram as maiores elevações.


Em agosto, o retorno médio anualizado com aluguel foi de 4,7%. O preço médio anunciado para 
locação por metro quadrado nas nove cidades pesquisadas no mês passado foi de 33,04 reais por mês. 
A cidade com o metro quadrado mais caro foi o Rio de Janeiro (39,02 reais por mês), seguida por São Paulo (36,78 reais por mês). O aluguel mais barato foi em Curitiba (15,96 reais por mês).

Dilma confirma redução de ministérios e órgãos públicos para a semana que vem

A presidente Dilma Roussef confirmou esta tarde que na semana que vem anunciará "profunda reforma administrativa".

Isto inclui redução de ministérios, demissões em massa de CCs e eliminação e fusão de órgãos públicos "de expressão".

Dilma não quis entrar em detalhes, mas avisou que o enxugamen to será muito grande.

Golpe de mão das corporações resultou na suspensão da sessão desta tarde na Assembléia do RS

Os servidores estaduais golpistas que fecharam o Poder Legislativo do RS durante toda a manhã, ainda não resolveram sair completamente da frente e permitir que funcionários e deputados restabeleçam as franquias democráticas na Assembléia do RS.

Mas farão isto em seguida porque o presidente Edson Brum suspendeu a sessão desta tarde.

O golpe foi aparentemente contido, mas a situação está longe de ser normalizada.

O presidente da Assembléia, Edson Brum, foi ao Piratini para conversar com Sartori. A demanda dos líderes dos servidores é de que o governo retire os 10 projetos que quer votar hoje, mas o governador dificilmente recuará.

Se houver recuo do governo e dos deputados, será melhor entregar tudo à minoria agressiva de golpistas e abolir os Poderes da República no RS.


Artigo, Nelson Jobim, Zero Hora - Decreto sobre os Militares.

Nos eu mais duro ataque desde que saiu do governo, o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou duramente o decreto que delegou competência ao ministro da Defesa para movimentar - nomear, demitir e transferir - militares. O decreto foi revogado no dia seguinte ao da edição.

Leia:

A Presidência, no dia 3, editou o Decreto 8.515, que delega competência ao ministro da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar e revoga decretos de setembro de 1998 e janeiro de 1968.

O decreto de 1998 consiste na delegação do presidente FHC aos então ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica dos mesmos atos constantes do decreto do dia 3. À época não havia o Ministério da Defesa. Os ministros militares eram, também, comandantes das forças.

Já o decreto de 1968 delegou competência aos ministros militares para aprovar os regulamentos das escolas e dos centros de formação e aperfeiçoamento, respectivamente, da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar.

Curiosamente, o decreto de 1968 já estava revogado por atos do governo FHC, que disciplinaram, exaustivamente, o ensino militar das três forças!!!

Os atos normativos, cuja edição foi delegada ao ministro pelo decreto do dia 3, dizem respeito à direção e gestão de cada força. Deu problema. O ministro da Defesa não estava no Brasil. O comandante da Marinha, em substituição ao ministro da Defesa, declarou que o decreto não passara por ele.

O chefe da Casa Civil informou que o decreto, na forma publicada, fora solicitado pela secretária-executiva do Ministério da Defesa. Os comandantes afirmaram que não foram informados e que tomaram conhecimento de minuta cuja delegação seria para eles.

Deputados pretendem aprovar ato legislativo para sustar os efeitos do decreto. Diziam uns que o problema poderia ser resolvido com portaria do ministro da Defesa que subdelegaria aos comandantes as referidas competências. Mas há uma impossibilidade.

A Lei Complementar 67, de 1999, dispõe que os comandantes exercerão a direção e a gestão da respectiva força (art. 4º, com a redação da LC 136/2010). A Presidência não pode delegar ao ministro competência que lei atribui aos comandantes.

O ministro não pode subdelegar competências que não poderia ter recebido por delegação, pois elas são dos comandantes. Caberia à Presidência, por decreto, definir no que consistem a direção e a gestão das respectivas forças, atribuídas aos comandantes pela lei.

No entanto, no dia 10, o erro se agravou. Retificaram o decreto para permitir (!) ao ministro a subdelegação aos comandantes. A lei complementar nada vale, quando atribui aos comandantes, sem intermediação, o exercício da direção e da gestão da respectiva força?

O caminho escolhido foi tortuoso, ilegal e, ainda, reiterado. Incompetência no nosso Brasil?


Saiba por que Levy espinafrou as contas do governo Tarso e deu relevância às contas do governo Yeda

Muitos leitores que não reconhecem nada do que fez Yeda e reconhecem tudo que não fez Tarso Genro, reclamaram do conteúdo da nota que o editor postou sobre a fala do ministro Levy sobre as contas públicas durante o governo do PT.

O ministro não elogiou o empréstimo inédito conseguido pela ex-governadora no Banco Mundial, US$ 1,1 bilhão, tudo para trocar parte da dívida cara da União por dívida mais barata do Bird, algo jamais tentado antes e nem depois da administração tucana.

Sobre o caso, o editor replica a seguir trecho do livro "O RS tem saída ?", de Darcy F.C. dos Santos, que explica melhor o que aconteceu e os ganhos obtidos pelo governo estadual:

3.4. A operação do Banco Mundial e o serviço da dívida

Nos anos de 2008 e 2010 ingressaram US$ 1.100 milhões, o equivalente a R$ 1.978,8 bilhões, com o que foram pagas para a  União as dívidas especificadas na Tabela 3.9, sendo a maior delas a relativa ao Proes.

Segundo a Divisão da Dívida Estadual, entre setembro de 2008 e dezembro de 2012, foram economizados no serviço da dívida com essa operação R$ 725 milhões,  conforme Relatório Anual da Dívida Pública de 2012, p.22, item 1.5, que assim se expressa:

“Esta redução se explica em razão da economia decorrente do alongamento do prazo e da menor taxa de amortização anual, bem como do diferencial a menor das taxas de juros do novo empréstimo”.

Em 2008, quando foi  realizada a primeira parte da operação com o BIRD, a taxa Libor estava em 3,20%. Com o  spread de 0,14% mais a variação cambial de 1,8%, o custo total foi de 5,14%. Nesse ano, a variação de IGP-DI mais 6% correspondia a 17,23% (Calazans e Flores, 2009).  


Oposição protocola, esta tarde, pedido para que Cunha dê início ao processo de impeachment de Dilma.

A bancada do DEM decidiu protocolar esta tarde requerimento formal para que o presidente Eduardo Cunha dê partida ao roteiro de pedido de impeachment formulado pelo jurista Hélio Bicudo contra a presidente Dilma Roussef.

A posição dos democratas é apoiada pelos demais Partidos da oposição.

O deputado Eduardo Cunha pediu ao jurista Hélio Bicudo para que reformate aspectos do seu pedido, que politicamente é devastador, mas que revela falhas na abordagem jurídica.

É por isto que a oposição convenceu o jurista Miguel Reali Júnior para que "empreste" os argumentos a Bicudo, visando encorpar o conteúdo.

O deputado Darcisio Perondi, PMDB do RS, disse há pouco ao editor que o processo de impeachment chegou a um ponto de não retorno.


Entidades botam Cairolli numa saia justa.

O recrudescimento das entidades empresariais nos protestos contras o aumento do ICMS colocam o vice-governador José Cairolli numa saia justa.

É que o vice é homem ligadíssimo ao meio empresarial.

A hora da votação é a hora da verdade para Cairolli.


Manifesto das entidades empresariais ataca ICMS de Sartori, mas poupa derrama fiscal de Dilma

As entidades empresariais abriram campanha cerrada contra o ICMS, mas nada falam sobre a derrama fiscal iniciada por Dilma quando assumiu seu segunhdo mandato. - 

A OAB-RS assinou junto com Fecomércio, Fieergs, Federasul, Federação de CDLs e Agas um manifesto de 2/3 de páginas, publicado hoje como matéria paga nos jornais, espinafrando a proposta de aumento do ICMS.

O manifesto não fala na proposta de aumento da CPMF e nem sobre os impostos e taxas que o governo federal já aumentou ou quer aumentar, cujo impacto sobre os custos das empresas e os preços para os consumidores são oceanicamente maiores.

O editor é contra aumento de impostos lá e cá.

A coerência faz bem para a saúde.

A OAB, que no RS bate em Sartori, não é a mesma que adula Dilma.


Cerco criminoso e ditatorial mantém fechado o Poder Legislativo do RS.

O cerco e o fechamento do Poder Legislastivo do RS são inéditos, atentam contra a democracia e devem levar os líderes dos atos criminosos às barras dos tribunais. O que mais chama a atenção é que as forças da ordem ainda não tenham removido os criminosos que barram as entradas do Parlamento. Nem os deputados conseguiram entrar na Casa. 

O Poder Legislativo do RS continua cercado por tropas de servidores estaduais sublevados contra a lei e a Constituição, impedindo o livre funcionamento da Assembléia.

Líderes de 42 sindicatos e associações impuseram toque de recolher aos deputados e funcionários, que não conseguem entrar no Palácio Farroupilha.

As 11h30min, eles impuseram ao presidente Edson Brum e aos líderes dos Partidos uma reunião para pressionar pela retirada dos 10 projetos de ajuste fiscal que serão votados esta tarde.

Os projetos tramitam em regime de urgência, não podem ser retirados por ninguém, a não ser pelo autor, no caso Sartori, e terão que ser votados de qualquer modo.




Dilma oferece "propina" (participação) para governadores apoiarem CPMF

No jantar de ontem a noite com 19 governadores e vices, como na reunião que terá na semana que vem que terá com 27 governadores, a presidente Dilma Roussef tentará apoio total à aprovação da CPMF, manejando uma velha ferramenta que o PT conhece.

Ela oferecerá "propina" aos governadores.

No caso, Dilma prometerá pagar fatia da CPMF para os Estados.

CLIQUE AQUI para ver e ouvir crítica de Paulo Skaf sobre a criação da CPMF. O material está no Facebook do editor e foi postado há pouco (10h58min). No RS, a Fiergs nem de longe fez algo semelhante. A Fiergs, ao contrário da Fiesp e da Firjan, continua no barco do PT e vai afundar com ele. 


Nem a ditadura conseguiu fechar a Assembléia, mas o sindicalismo chapa branca e corporativista fez isto esta manhã em Porto Alegre

Ao bloquearem as entradas da Assembléia do RS na manhã de hoje, os dirigentes do Cpers, o poderoso sindicato dos professores do RS, e seus asseclas, fizeram o que nem a ditadura conseguiu fazer em 20 anos.

Fecharam o Legislativo.

Mesmo que por algumas horas.

O Parlamento, como se sabe, é o o mais democrático dos três Poderes da República e o único onde o cidadão dialoga (parla), o que é um inferno para candidatos a ditadores.

Audiência pública de Paulo Pimenta centrou ataques na RBS

A foto ao lado é de manifestante na audiência pública de Paulo Pimenta na Assembléia do RS. A bola da tarde foi a RBS. Prudentemente, os petistas e seus aliados evitaram falar nos grupos Gerdau e Marcopolo, seus tradicionais financiadores de campanha. 

O juiz Mauro Canin, Ajuris, e o deputado Paulo Pimenta, acusam a RBS pelo silêncio obsequioso que a mídia gaúcha produz sobre as investigações da Operação Zelotes. Paulo Pimenta disse que a operação da PF em Santo Angelo, semana passada, foi no escritório do sobirnho do ministro do TCU, Augusto Nardes. Com o surgimento de nomes com foro privilegiado, parte do processo foi remetida para o Supremo Tribunal Federal (STF) que decidirá sobre o futuro dessas investigações.

O que disse Paulo Pimenta:

- Não é difícil entender esse silêncio. Entre os envolvidos estão alguns dos maiores anunciantes do país. Estamos diante de um escândalo de proporções absurdas. Aqui ninguém rouba migalhas, são casos de 100, 200, 500 milhões. É a corrupção da elite”.

Alguns dos anunciantes a que se refere Paulo Pimenta, como os grupos Gerdau e Marcopolo, poupados durante toda a tarde de ontem, são contribuintes de valores milionários das campanhas do PT no RS e no Brasil.

A sessão preferiu falar apenas na RBS. 

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira, durante audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha, que as investigações da Operação Zelotes trazem um conjunto consistente de indícios sobre a ramificação, no Rio Grande do Sul, do esquema de sonegação e fraudes tributárias praticadas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscal (Carf). O deputado de Santa Maria é elator da subcomissão que acompanha o andamento da Operação Zelotes, na Câmara Federal, 

A Operação Zelotes apresentará ainda neste mês de setembro a primeira etapa da denúncia, que deve trazer a responsabilização de seis grandes empresas, sendo uma delas do Rio Grande do Sul.
Dos 74 casos sob investigação, há um primeiro grupo que envolve seis empresas e valores da ordem de 5,7 bilhões de reais.

O Grupo RBS, a Gerdau, Mrcopolo, Mundial, os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pontual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi e um grupo de outras grandes empresas estão sendo investigadas pela suspeita de pagamento de propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para anular multas tributárias milionárias.

Segundo as investigações feitas até aqui, pelo menos 74 processos tributários podem ter sido fraudados, provocando um prejuízo de aproximadamente R$ 21,6 bilhões aos cofres públicos. 

Os casos que estão sob investigação teriam ocorrido entre os anos de 2005 e 2015.
Os desdobramentos da Zelotes no RS.



Diógenes Oliveira, Clube da Cidadania, reaparece na discussão sobre a Operação Zelotes

O criador do Clube da Cidadania, ouvido na CPI da Propina, governo Olívio Dutra, e que foi afastado do PT, Diógenes de Oliveira, reapareceu ontem na Assembléia. Ele falou durante a audiência pública sobre a Operação Zelotes para falar mal da RBS.

Diógenes lembrou o depoimento que prestou, em 2001, na CPI da Segurança Pública, durante o governo Olívio Dutra:

- As provas contra a RBS estão aqui na Assembleia, no Ministério Público Federal e na Junta Comercial. Falem com o procurador Celso Três que ele conhece o assunto. No dia 5 de novembro de 2001, nesta mesma sala, denunciei a RBS pelas práticas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Naquela época, o grupo devia cerca de 212 milhões de reais. Entrei com uma representação junto ao Ministério Público Federal que também se amorcegou.

Dólar abriu a manhã em alta

As 9h49min, dólar a R$ 3,86, em alta de 1,2%, refletindo a má impressão causada pelo pacote de ajuste fiscal lançado ontem a tardinha pelo governo federal.

A banca não se preocupou com o tamanho dos cortes, que chegou a aplaudir, e fez críticas leves à CPMF, porque sabe que quem pagará a conta será o cliente, embora seus negócios acabem mais reduzidos ainda.

Os banqueiros não se preocupam muito com a ideologia do governo e da oposição, porque o que vale é o entendimento que existe entre eles a respeito da coerência dos políticos e deles mesmos. 

Delações de Cerveró e Baiano "acalmam" Renan e Eduardo Cunha

Por trás da calma do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em analisar os pedidos de impedimento da presidente Dilma Rousseff estaria, segundo a colunista Mônica Bergamo, o conteúdo das delações premiadas de Nestor Cerveró e de Fernando Baiano, ainda em segredo de Justiça.

Até mesmo o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), teria sido citado por eles na Lava Jato  

Governo Dilma poderá impedir segundo emprego depois da aposentadoria

Faltou ao anúncio de ontem da presidente Dilma Roussef um conjunto de mudanças que sustente o pedido da presidente Dilma Rousseff para que o Estado deixasse de ser tão "esnobe" e passasse a ser "modesto". 

O corte de ministérios nem entrou no debate.

Na entrevista de ontem a noite para explicar os cortes e o aumento de impostos, capitaneado pela recriação da CPMF, o titula da Fazenda, Joaquim Levy aproveitou para falar de aposentadorias, assunto mal tocado ontem. 

Ao sublinhar que a CPMF vem para sustentar o déficit da Previdência que vai passar de R$ 56,7 bilhões em 2014 para R$ 117 bilhões no fim de 2016 – alta de 106% em dois anos –, Levy mira no "seu" vilão.

O governo poderá proibir novo emprego depois da aposentadoria do servidor ou do empregado de empresa privada. 


Mais ainda, disse que os brasileiros pagariam "dois centésimos" sobre o preço de cada sanduíche para sustentar a Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), que dá aposentadoria a quem nunca contribuiu. Se tiver tempo, o ministro sinalizou seu próximo alvo: restrições severas a benefícios sociais e também aos partilhados.

Acompanhe pela TV e pela Web os debates de hoje na Assembléia do RS

A TV Assembleia, RS,  transmitirá a votação ao vivo desde o plenário, com todos os lances do debate sobre a primeira parte do ajuste fiscal proposto por Sartori (leia abaixo).

O leitor poderá acompanhar a transmissão pela internet ou pela televisão. Para Região Metropolitana de Porto Alegre, o canal é o 61.2 da TV aberta.

Sindicalistas chapas brancas fecharam as portas da Assembléia para impedir votação do ajuste fiscal de Sartori

Lideranças dos sindicatos e associações dos servidores estaduais bloquearam todas as entradas da Assembléia as 6h30min, porque querem impedir o ingresso dos deputados estaduais gaúchos e com isto impedir a votação de 10 projetos de ajuste fiscal que estão na pauta de hoje. 

Os sindicalistas, quase todos ligados ao PT, PSOL, PCdoB e PSTU, tentam amordaçar o Legislativo pela força. 

O presidente Edson Brum, que ontem foi conversar com Sartori para garantir a segurança na área, ingressou na Casa e avisou que ninguém fechará a Assembléia e que a votação sairá. Ele garantiu o acesso de lideranças sindicais e de associações para negociar o que bem entenderem com os deputados.

O que vai a voto:

PROJETO DE LEI Nº 207
— Cria a Câmara de Conciliação de Precatórios, que permitirá a negociação de acordos com credores com desconto de 40% do valor da dívida.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: tende a desestimular o mercado paralelo dos precatórios e a ampliar o número de credores pagos.

PROJETO DE LEI Nº 212
— Inclui nas atribuições do Corpo Voluntário de Militares Inativos da BM atividades de videomonitoramento nos municípios que têm os equipamentos e necessitam de servidores para operá-los.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: medida auxiliará as prefeituras na prevenção de crimes.

PROJETO DE LEI Nº 213
— Altera a lei que institui o Imposto sobre Doações ou Transmissões Causa Mortis (ITCD), cobrado em doações e herança. A ideia é restabelecer alíquotas progressivas.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: deve elevar a arrecadação anual em R$ 43,9 milhões.

Deputados da base divergem sobre tarifaço

PROJETO DE LEI Nº 215
— Extingue fundos públicos que já cumpriram finalidades e aqueles que estão inativos há três anos ou mais, atendendo ou não a suas finalidades.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: contribuirá para o "aperfeiçoamento da gestão financeira e orçamentária do Estado".

PROJETO DE LEI Nº 243
— Propõe mudanças na legislação para que possa avançar a transformação do Laboratório Farmacêutico do Estado (Lafergs) em empresa pública.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: eliminaria amarras burocráticas que hoje dificultam a retomada da produção.

PROJETO DE LEI Nº 255
— Autoriza o Poder Executivo a prorrogar os contratos de sete cargos em comissão/funções gratificadas da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: os profissionais são importantes para a rotina de trabalho da orquestra.

Governo faz campanha na internet para convencer sobre aumento do ICMS

PROJETO DE LEI Nº 299
— Autoriza a extinção da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs).
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: alcançar "metas de controle de despesas" do Estado.
— Está entre as medidas polêmicas e contestadas por servidores.

PROJETO DE LEI Nº 301
— Autoriza a extinção da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps).
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: fazer o "enxugamento da máquina administrativa".

— Está entre as medidas polêmicas e contestadas por servidores.

Bancos cobrarão CPMF dos clientes. Febraban pede alíquotas decrescentes.

A Federação de Bancos tirou nota ontem a noite e aplaudiu o ajuste fiscal do governo, sobretudo o corte de R$ 26 bilhões.

Sobre a cobrança da CPMF, os banqueiros pediram alíquotas decrescentes, visando poupar os mais pobres.

Os bancos não perderão nada, porque cobrarão a CPMF dos seus correntistas, investidores, aplicadores e prestamistas.

Eis o trecho da nota sobre alíquotas decrescentes:

A Febraban compreende a necessidade de complementar o corte das despesas com medidas temporárias de aumento de tributos. Avalia que a contribuição sobre movimentações financeiras, tendo em vista sua ampla cobertura, menor impacto inflacionário, simplicidade e maior rapidez de implantação em relação a outros tributos, facilita o reequilíbrio das contas públicas, enquanto o governo elabora medidas estruturais de adequação das despesas. O caráter temporário deste tributo deveria ser combinado com alíquotas declinantes ano a ano para reduzir os efeitos distorcivos da taxação sobre intermediação financeir

27 governadores terão reunião com Dilma no dia 27

A primeira reunião dos 27 governadores com Dilma Roussef, foi marcada para a quarta-feira da semana que vem na Câmara, com lideranças de todos os partidos.

A oposição não confirmou nada.

Ivo Sartori foi convidado.

19 governadores alinhados reúnem-se com Dilma e repelem o impeachment

O governador José Ivo Sartori, envolvido em duras articulaçoes para aprovar seus projetos de ajuste,hoje, não foi, e nem mandou seu vice. O editor, ontem, buscou saber se o governador iria, mas assessores e dois deputados da base disseram nada saber e achavam que de qualquer modo ele não iria, como não foi. Os governadores do PSDB não compareceram, como os do Paraná e São Paulo. 

“É preciso combater o crescimento desses movimentos pró-impeachment”, sugeriu o governador Wellington Dias, do Piauí, no jantar com os 19 goveradores da base do governo com a presidente Dilma Rousseff e ministros, ontem as noite. Eles se disseram dispostos a assumir a negociação com o Congresso pela aprovação do aumento da alíquota de 0.20% para 0.38% para que a nova CPMF seja compartilhada com estados e municípios. “Vai caber a nós a construção desse caminho no Congresso”, concordou Renan Filho (PMDB), de Alagoas, filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Outro governador do PMDB que também compareceu foi Luiz Carlos Pezão, do Rio. 

Hoje é o último dia bom antes de longo período de chuvas no RS

O sol já cobre Porto Alegre e o RS neste momento, 8h56min de terça-feira, mas o tempo piorará durante o dia e chuvas isoladas poderão ocorrer no estado. Vai começar um longo período de instabilidade em todo o território gaúcho.

As mínimas foram da temperatura de 1°C em São José dos Ausente até a máxima prevsita de 30°C em Santa Rosa. Em Porto Alegre, os termômetros variam entre 9°C e 28°C.

A MetSul Meteorologia adverte que esta segunda metade de setembro deve ser marcada por chuva em volumes muito acima do normal no Rio Grande do Sul, especialmente do Centro para o Norte do Estado. 
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