Ao desprezar os delatores, Dilma ataca Zé Genoíno e Lula

Referindo-se nominalmente ao senador Aécio Neves, Dilma disse em Nova Iorque que ele também recebeu dinheiro da UTC para a campanha. Aécio, devolveu na mesma hora, ouvido em Brasília: "O que está em investigação não é dinheiro para as campanhas, mas dinheiro sujo para as campanhas, que é o caso de Dilma". 


Dilma Roussef nos EUA, esquecendo que ela mesma é presidente eleita em pleno estado democrático de direito e não ocupa, portanto, uma cadeira herdada por golpe militar, ou seja, não preside uma ditadura:

- Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.

Além do mais, por que Dilma tão mal assim de companheiros seus como Zé Genoíno e Barba (Lula foi delator da ditadura militar, segundo o delegado Tuma Júnior), sabidamente delatores, conforme registra a história ?

Governador Raimundo Colombo antecipa metade do 13o e mantém pagamentos em dia em SC

O editor recebeu há pouco esta informação do governo catarinense, segundo a qual  governador Raimundo Colombo anunciou nesta segunda-feira, 29, a autorização para o pagamento de 50% do 13º salário de 2015 para todos os servidores do Estado, no dia 17 de julho.

Eis como o governador anunciou a novidade:

 - Mesmo num momento de estagnação da economia, vamos manter a tradição. Já é o 9º ano consecutivo que o Governo de Santa Catarina adianta a primeira parcela do 13º, além de pagar os salários em dia.

De acordo com cálculos da Secretaria de Estado da Fazenda, com o pagamento do salário de junho no dia 30/06 (R$ 888 milhões), mais a primeira parcela do 13º salário no dia 17/07 (R$ 364,9 milhões), mais o salário de julho no dia 31/7 (R$ 891,1 milhões), o Governo do Estado vai colocar na economia R$ 2,1 bilhões em apenas um mês. “Com isso, esperamos dar mais dinamismo à economia catarinense nesse momento crítico”, afirma o secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni.
Os valores contemplam os servidores ativos e inativos do poder executivo – incluindo as fundações e autarquias estaduais – e pensionistas pagos pelo IPREV, num total de 151.832 servidores. Não entram na conta as folhas de pagamento das empresas estatais: Casan, Badesc e Celesc.

A projeção de gastos totais com a folha de pagamento dos servidores públicos estaduais de janeiro a julho é de R$ 6,4 bilhões, de acordo com a Diretoria do Tesouro Estadual.

Como ficam os segredos da nova frota de submarinos contratadas pela Marinha à Odebrecht ? Um deles é um submarino nuclear.

Nos enormes posts da mídia de Web e nas notícias da mídia impressa, com ênfase para Veja, Istoé e Época, chamou a atenção do editor pequenas notas em miolos de textos, falando sobre "riscos de vazamentos sobre armamento", tudo em função das buscas e apreensões realizadas na Odebrecht.

O editor lembra que um investimento de 6,7 bilhões de euros da Marinha brasileira, e um contrato de parceria entre o grupo Odebrecht com a estatal francesa DCNS, foi constituído para viabilizar a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro. O assunto é tratado como de segurança nacional.

Isto é tratado com enorme sigilo no âmbito da Odebrecht Defesa e Tecnologia empresa criada para gerir projetos nessa área. O projeto abrange o fabrico de quatro submarinos convencionais – de propulsão diesel-elétrica -, um estaleiro e uma base naval.

Os novos equipamentos, com entrega a partir de 2017, serão utilizados nas ações da Marinha em águas profundas e distantes. A principal demanda brasileira nesta área concentram-se na exploração do pré-sal e numa área oceânica denominada Amazônia Azul. O projeto, inserido no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), vai duplicar a frota nacional, atualmente com cinco submarinos convencionais.

Para o almirante Alan Arthou, que lidera o projeto do Estaleiro e da Base Naval pela Marinha, “o Prosub significará para o Brasil a conquista de independência tecnológica na construção de estaleiros e submarinos de propulsão nuclear. Será bom para a Marinha e para as empresas, pelo domínio do conhecimento tecnológico e também para a defesa de nossa soberania”, segundo disse o militar em declaração ao site da Odebrecht. Companhia brasileira e estatal da França criaram o consórcio Baía de Sepetiba, que executará todo o projeto.

 Pelo contrato, os franceses transferem a tecnologia do submarino nuclear à Odebrecht Defesa e Tecnologia. Além da França, este conhecimento só é detido por Estados Unidos, Inglaterra, Rússia e China. “A DCNS viu na Odebrecht a empresa brasileira com as características necessárias para absorver a tecnologia francesa e realizar o Prosub”, comemorou Fernando Barbosa, diretor-Superintendente da Odebrecht Engenharia Industrial, em mensagem publicada no site do grupo.

Segundo uma fonte envolvida no projeto, o modelo do submarino nuclear SN-BR) possui vantagens táticas e estratégicas por “desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, aumentando sua mobilidade e permitindo a patrulha de áreas mais amplas no oceano).

É considerado seguro e de difícil detecção.

Empresa ganhará 
experiência

Cabe à Odebrecht a construção do estaleiro e da base naval, na cidade de Itaguaí (RJ). As instalações permitiriam o início, ainda este ano, do projeto do submarino nuclear, que não terá armas, mas motor à base deste tipo de combustível. Atualmente, a Odebrecht Infraestrutura e a Odebrecht Engenharia Industrial estão erguendo, no canteiro de obras de Itaguaí (RJ) as Unidades de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), onde serão construídas as seções do casco estruturas internas do submarino, e o Estaleiro e Base Naval (EBN), previsto para ser entregue em 2015..

“O aprendizado nesse projeto fará da Odebrecht a primeira empresa brasileira capacitada a projetar e construir estaleiros para submarinos convencionais e de propulsão nuclear”, disse o diretor responsável pelo Estaleiro e pela Base Naval., Fábio Gandolfo, da Odebrecht Infraestrutura, também por meio do site. No ano passado, a empresa brasileira criou a Odebrecht Defesa e Tecnologia, provavelmente com interesse em novos projetos na área.

O Estaleiro e a Base Naval ficarão um de frente para o outro, como se fossem dois braços adentrando ao mar, às margens da Baía de Sepetiba. Entre esses braços ficarão a Dársena - área de atracação dos submarinos em ambos os lados e que servirá de acesso aos dois diques secos, previstos no projeto, para manutenção e troca de combustível dos submarinos.


A bacia de evolução e o canal de acesso, áreas por onde os submarinos irão transitar e manobrar para terem acesso às instalações do EBN. O calado de toda  a área será de 12 metros – obras de dragagem estão em curso na região visando atender a este requisito..

Justiça do Trabalho constatou falsificação de assinaturas em relatório radiológico industrial da P-55

Unidade do tipo semi-submersível foi projetada para processar 180 mil barris de petróleo por dia, comprimir 6 milhões m³ de gás natural diários e injetar 290 mil barris de água. A P-55 opera na Bacia de Campos. - 


O editor já tem cópia do laudo elaborado pela perícia técnica contratada a mando da 7a. Vara do Trabalho de Rio Grande, na qual foram constadas falsificações de assinaturas dos técnicos da WDR Engenharia, Tecnologia e Ensaios, tudo nos Relatórios Diários de Obra relacionados com a construção da plataforma P-55, na época sob os cuidados da Quip (Queiroz Galvão, Iesa, UTC e Petrobrás).

A P-55 foi entregue desta forma.

O advogado Newton Ferreira dos Santos, com quem o editor conversou esta tarde, os técnicos de radiologia industrial que ele representa, insurgiram-se contra a falsificação dos seus nomes e foram demitidos.

Este caso não será resolvido apenas no âmbito da Justiça do Trabalho.

É que o advogado teme que a plataforma P-55 enfrente algum tipo de tragédia do tipo que ocorreu com a Chevron, o que ocasionaria reflexos penais e cíveis de grande monta.

Segundo disse Newton Ferreira dos Santos ao editor, seus clientes tiveram que abandonar a área de radiologia industrial e passam por dificuldades desde 2012.

Ele também teme que falsificações iguais, mas em outras áreas da plataforma, também tenham ocorrido, já que a fiscalização pela Petrobrás era inexistente.

Governo Dilma diz que deve R$ 1,8 bi para empreiteiros de estradas, não nega, mas não sabe quando pagará

Causou estupor em Porto Alegre o teor das respostas que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,  passou na quinta-feira para o presidente da Aneor, Associação Nacional das Empresas de Obras Públicas, José Alberto Pereira.

O editor soube por fontes bem informadas do governo estadual que o presidente da Aneor ficou duas horas com o ministro, tentando saber quando é que começarão os pagamentos de contas atrasadas de R$ 1,8 bilhão.

Foi uma conversa de surdos.

O ministro disse que nãos abe quando pagará o que deve e avisou que pagará sem correção alguma.

O caso poderá resultar na pralisação de todas as obras federais no RS e no Brasil.

Dnit já deve R$ 150 milhões para empreiteiras rodoviárias. São obras no RS.

No RS, o governo federal (Dnit, principalmente) deve desde setembro do ano passado e não paga as empreiteiras de obras rodoviárias.

Já são R$ 150 milhões.

O Daer, apesar do caixa raspado do Tesouro do Estado, mantém  os pagamentos em relativo cumprimento de prazos.

Dr. Bassegio poderá renunciar a qualquer momento.

O deputado estadual do PDT gaúcho, dr. Bassegio, poderá renunciar a qualquer momento. Bassegio será inapelavelmente cassado amanhã à tardinha pela Comissão de Ética.

Renunciando, poderá fazer como senador Renan Calheiros, que depois reelegeu-se e virou presidente do Congresso.

O deputado é acusado por vários malfeitos, entre os quais o de confisco de salários de servidores do seu gabinete.

Grécia avisa que dará calote. Bolsas do mundo continuam caindo.

Uma autoridade do governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras revelou à agência Reuters que o país não fará o pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros em empréstimos do FMI, que vence nesta terça-feira.

O calote pode forçar saída do país da zona do euro.

Desdobramentos globais da crise grega já começam a aparecer. 

As bolsas no mundo todo registram forte queda com temor de colapso grego; mercados europeus vivenciam pior dia desde 2011; na Ásia, os índices Nikkei, Shangai e Hang Seng também sofreram fortes quedas e a situação para os índices norte-americanos é parecida, com perdas pelo Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq; no Brasil, o Ibovespa caía quase 2% às 13h20 com "tragédia grega" e repercutindo a divulgação do Plano de Negócios da Petrobras;   

Procurador Geral da República diz que corrupção do PT na Petrobrás tem dimensões "descomunais"

Em campanha para permanecer à frente do comando do Ministério Público Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, em um debate com candidatos que disputam a cadeira com ele, que o escândalo do petrolão é um "descomunal caso de corrupção".
Janot afirmou que o país passa por um "grave momento" e pediu votos de integrantes do Ministério Público para continuar uma trajetória que, segundo ele, permitiu que o órgão atuasse com "profissionalismo" e "maturidade" em um momento em que o MP "é chamado a dizer por que veio".

O uso da expressão "descomunal" é inédito no caso do Procurador Geral da República e demonstra o conhecimento que tem o MPF sobre o escândalo, que acaba de desembarcar no gabinete de Dilma Roussef e ameaça a estabilidade do governo do PT. 


Rodrigo Janot concorre com os subprocuradores-gerais da República Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge a indicação para compor a lista tríplice a ser encaminhada à presidente Dilma Rousseff. Tradicionalmente, é escolhido como procurador-geral o mais votado na lista enviada ao Executivo. A eleição para a formação da lista tríplice será realizada no dia 5 de agosto.

Saiba quem decidirá sobre o habeas de Marcelo Odebrecht no STF

Durante o recesso do STF, saiba quem são os ministros que farão plantão. Um deles examinará o pedido de habeas corpus do dono da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que teve sua primeira investida fulminada neste final de semana no TRF-4, Porto Alegre.

O destino de Marcelo ficará na mão de um dos dois ministros seguintes:

1a. Quinzena - Marco Aurélio Melo.
2a. Quinzena - Ricardo Lewandowski.

Os advogados do dono da Odebrecht já sabem em que momento pedirão habeas ao STF.

Sistema do Hospital Mãe de Deus confirma saída de Seferin da posição de CEO

A direção do Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, confirmou há pouco ao editor que o médico Claucio Seferin não é mais seu CEO. Ele foi substituído pelo também médico Alceu Alves da Silva.

A nota sobre as mudanças sairá esta tarde.

Além do dr. Seferin, sai também Rogério Pitoco.

As alterações, que são inesperadas, foram decididas pela controladora do Sistema Mãe de Deus, no caso a Associação Educadora São Carlos, que tem sede em Caxias do Sul.

Os rumores sobre o iminente afastamento da irmã Lúcia Boniati não foram confirmados. A irmã é a representante da entidade no Sistema.

Ibovespa opera em queda afetada por crise na Grécia, Petrobrás e crise no Brasil

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, abriu em queda nesta segunda-feira acompanhando os mercados internacionais que estão apreensivos com a aproximação do calote da Grécia e o aprofundamento da crise econômica no país. Em torno do meio dia, o índice caía a 1,13%, a 53.404 pontos.

Além do cenário externo, a oscilação da bolsa também foi afetada pela divulgação sobre a redução de37% no plano de investimentos da Petrobras, confirmado pela estatal nesta manhã. A companhia informou que planeja investir 130,3 bilhões de dólares entre os anos de 2015 e 2019. As ações da estatal passaram a maior parte da manhã subindo, mas depois das 12 horas começaram a cair. Por volta do meio dia, os papéis ordinários (que dão direito a voto) caíam a 0,40%, e os preferenciais (sem direito a voto) recuavam 0,50%.

No mesmo horário, as bolsas europeias operavam em baixa com quedas entre 1% e 4%, influenciadas principalmente pelas incertezas quanto aos rumos da Grécia. A bolsa de Paris (CAC 40) registrava baixa de 2,99% e a do Reino Unido, de 1,38%. Nos Estados Unidos, a Nasdaq oscilava 1,22% em trajetória negativa.

Já as bolsas asiáticas encerraram o pregão desta segunda com fortes perdas e os mercados na China voltaram para território baixista, apesar de Pequim ter anunciado um novo corte de juros. A Bolsa de Xangai, a principal da China, fechou em baixa de 3,34%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,61%, a 25.966 pontos. No mercado taiwanês, o Taiex recuou 2,4%, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi perdeu 1,42%.


A Grécia tem até amanhã para pagar uma dívida de quase 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o pagamento é necessário para que o governo consiga mais ajuda financeira. A nova ajuda, no entanto, só virá se o país concordar com reformas econômicas propostas pelos credores, que incluem cortes no orçamento do governo e mudan

Marpa - Marcas e Patentes não tem nada a ver com Marpa e Castro

O dono da Marpa e Castro Consultordes Associados,  Porto Alegre, Marcelo Domingues de Freitas e Castro, condenado a mais de oito anos de prisão, em regime fechado, por ter sonegado mais de R$ 6,6 milhões em impostos devidos às Receita Federal, não tem nada a ver com a Marpa - Marcas, Patentes e Inovações, empresa gaúchas que opera há 28 anos no mercado do RS.

A Marpa - Marcas e Patentes pediu ao editor o esclarecimento.

Que é feito. 

A decisão do  juiz Adel Américo Dias de Oliveira, da 22ª Vara Federal de Porto Alegre foi publicada no dia  21 de maio

O réu sonegou a quantia milionária ao declarar Imposto de Renda – dele e da empresa Marpa e Castro Consultores Associados -, entre os anos de 2000 a 2003.


O juiz federal garantiu a Castro o direito de recorrer em liberdade. Ele já recorreu da sentença no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 9 junho.

Dr. Bassegio será cassado pela Assembléia. Reunião da Comissão de Ética será amanhã.

Na reunião de amanhã da Comissão de Ética da Assembléia do RS, o deputado Marlon Santos, PDT, o corregedor, defenderá a cassação do seu colega dr. Basségio, também do PDT.

É a tendência.

O relatório do corregedor, uma espécie de promotor, terá que ser aceito ou rejeitado pela Comissão de Ética, seguindo depois para o plenário.

STF autoriza investigações contra deputado Andres Sanches e ministro Edinho Silva, ambos do PT

O  Ministro Luis Fux, STF,  autorizou a realização de diligências por parte do Ministério Público Federal para apurar diversos crimes cometidos pelo Deputado Federal Andres Sanches (PT).

“(…) trata-se de Inquérito Criminal instaurado para apurar a suposta prática de crime falsum pelo Deputado Federal Andres Navarro Sanchez em seu registro de candidatura e na sua prestação de contas eleitoral.”

“Apura-se, ainda, a suposta prática de crimes contra a ordem tributária, tendo em vista suspeita de sonegação de tributos por empresas de que o investigado é sócio”.

“(…) o Procurador Geral da República destacou os indícios da prática, em tese, delituosa e requereu diligências”.

“Defiro as diligências requeridas”.

No caso dos crimes eleitorais referidos, a denúncia trás a luz do MPF, também, práticas realizadas, com indícios de conluio criminoso, entre o ex-presidente do Corinthians e o Ministro Edinho Silva (PT), em suposta utilização de empresas de “fachada” para lavar dinheiro, sem origem comprovável, do PT.

Destino do deputado Basségio será decidido nesta terça-feira

Será amanhã a leitura do relatório do deputado Marlon Santos, que apura as denúncias de malfeitos praticadas pelo deputado do PDT, dr. Bassegio. Ele é acusado de confiscar dinheiro de funcionários do seu gabinete na Assembléia do RS.

Marlon Santos é corregedor da Comissão de Ética.

Foi pedida a cassação do deputado trabalhista.

Nova fase da Operação Pavlova foi desfechada hoje. Investigações atingem Confiança e Gboex.

Começou nova fase da Operação Pavolova na manhã desta segunda-feira, tudo com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Santo Antonio da Patrulha. A Polícia Federal, responsável pelas ações, também cumpre seis mandados de condução coercitiva.

Há dois meses, o editor passou informações sobre as investigações, todas elas no âmbito de apurações na seguradora Confiança e Gboex.

Nesta etapa, a PF apurou que parte do dinheiro desviado por duas seguradoras teria sido encaminhado por um dos investigados a um servidor público que ocupou o cargo de superintendente nacional da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Posteriormente, os valores foram depositados em contas de pessoas próximas ao então superintendente.

A suspeita é que o pagamento de propina estaria vinculado à não intervenção da Susep na seguradora Confiança, que é do Gboex. Um dos indícios que reforçam a tese é que, poucos meses após a saída do superintendente do cargo, a seguradora foi liquidada extrajudicialmente.


Os investigados responderão por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, entre outros, de acordo com a participação individual no esquema.

Na ausência de Dilma, Lula vai a Brasília para coordenar ataques do governo e do PT ao MPF, Polícia Federal e Sérgio Moro

O ex-presidente quer aproveitar a viagem de Dilma Rousseff aos EUA para articular medidas que ajudem o partido a sair da crise. É o que informam todos os principais sites de hoje. 

Lula vai a Brasília para articular uma reação à crise política do PT(Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aproveitar o vácuo político deixado pela presidente Dilma Rousseff, em viagem oficial aos Estados Unidos, e negociará com líderes do Congresso saídas para a crise política agravada pela delação do empresário Ricardo Pessoa, da UTC. Em Brasília nesta segunda-feira, 29, Lula terá conversas reservadas com parlamentares do PT. Aliados do ex-presidente esperam uma nova rodada de críticas a Dilma no encontro. Lula considera o governo "letárgico" e "apático" diante das recentes denúncias de irregularidades e que o partido não pode ter a mesma postura.


Lula deve cobrar uma nova agenda do PT no Legislativo. Segundo interlocutores, ele considera que a sigla precisa pensar no "pós-ajuste fiscal" e defender avanços alcançados durante os governos petistas. Um dos alvos é o Plano Nacional de Educação (PNE), que, segundo Lula tem dito a petistas, precisa ganhar amplo destaque na pauta do partido no Congresso.

Nesta segunda, marca de impostos pagos bateu em R$ 1 trilhão

O impostômetro bateu hoje em R$ 1 trilhão de impostos pagos pelos brasileiros. CLIQUE AQUI para examinar.

Petrobrás anuncia Plano de Negócios com fortíssimo recuo nos investimentos (US$ 15,1 bilhões) e forte venda de ativos (US$ 30 bilhões)

A Petrobrás informou há pouco ao editor que o Conselho de Administração da Petrobras
aprovou, no dia 26 de junho de 2015, o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. O Plano tem como objetivos fundamentais a desalavancagem da companhia e a geração de valor para os acionistas.

Investimentos e venda de ativos cobrem os próximos 4 anos.

O plano prevê o retorno da alavancagem às seguintes metas: alavancagem líquida - Endividamento líquido/ (endividamento líquido + patrimônio líquido) - inferior a 40% até 2018 e a 35% até 2020, e endividamento líquido/EBITDA inferior a 3 x até 2018 e a 2,5 x até 2020.

Dentre as premissas consideradas no planejamento financeiro do plano, destacam-se:
· Preços dos derivados no Brasil com paridade de importação;
· Preço do Brent (médio): US$ 60/bbl em 2015 e US$ 70/bbl no período 2016-2019;
· Taxa de câmbio (média): conforme a tabela ao lado.

O montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). O plano também prevê esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.

A carteira de investimentos do plano prioriza projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. Os investimentos totais foram reduzidos em 37% quando comparados ao plano anterior e estão distribuídos conforme a tabela a seguir:
  
* Inclui investimento em negócios internacionais (US$ 4,9 bilhões).
** Inclui Distribuição (US$ 1,3 bilhão).

Dos investimentos da área de E&P, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para suporte operacional. Serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal. Na atividade de exploração no país, os investimentos estão concentrados no Programa Exploratório Mínimo de cada bloco.

No Abastecimento, serão investidos US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, 10% na Distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros.

A área de Gás e Energia tem alocados US$ 6,3 bilhões, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).

As metas de produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil foram atualizadas, refletindo postergação de projetos de menor maturidade ou atraso na entrega das unidades de produção, principalmente em função de limitações de fornecedores no Brasil.

A companhia espera alcançar uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de boed em 2020, ano no qual estimamos que o pré-sal representará mais de 50% da produção total de óleo.

O plano prevê a adoção de medidas de otimização e ganhos de produtividade para reduzir os gastos operacionais gerenciáveis (custos e despesas totais, excluindo-se a aquisição de matérias-primas). Ações já identificadas demonstram que esse resultado pode ser alcançado por meio de maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos.
Ressaltamos ainda que a companhia está sujeita a diversos fatores de risco que podem impactar adversamente suas projeções de fluxo de caixa, tais como:

• Mudanças de variáveis de mercado, como preço do petróleo e taxa de câmbio;
• Operações de desinvestimentos e outras reestruturações de negócios, sujeitas às condições de mercado vigentes à época das transações;

Presidente do Paraguai confirma manutenção da quota de US$ 300 para compras nos free shops

Gracias a la gestión del Gobierno Nacional, la cota de US$300 con el Brasil se extiende por un año mas.


A notícia acima é do Twitter do próprio presidente do Paraguai, edição desta segunda-feira. O que se percebe é que não foram apenas pressões políticas internas que levaram o governo Dilma ao recuo. CLIQUE AQUI para examinar mais posts do presidente do Paraguai.

Até o início desta manhã, a medida brasileira não tinha sido publicada no Diário Oficial da União.  

Empiricus diz que maior crise econômica da história brasileira já tem data para começar: 15 de setembro. Leia o estudo.

CLIQUE AQUI para ler todo o documento, distribuído nesta manhã de segunda-feira. -


No ano passado, em plena campanha eleitoral, a consultoria Empiricus assombrou o País com previsões catastróficas sobre o que aconteceria este ano na economia, tudo em função da análise dos números e da rota econômica perseguida pelo governo Dilma.

A empresa foi censurada de modo selvagem pelo governo e pelo PT.

A voz da Empiricus não foi a única a fazer advertências.

Desta vez, hoje, seus analistas voltam à carga.

Em certa medida, a entrevista a seguir de Armínio Fraga faz coro com a Empiricus, que adverte:

O Brasil corre sério risco de perder seu grau de investimento, com consequências devastadoras.
Mais inflação. Mais juro. Mais desemprego. Mais recessão.
E o golpe fatal se dará em setembro, quando o alfinete do Banco Central americano estourar as bolhas que se formam por todo o Planeta.
O início da maior Crise Econômica da História já tem data marcada: 16 de setembro de 2015.
Estamos frágeis, não fizemos o dever de casa.
O que resta agora é proteger as suas finanças e o seu emprego – IMEDIATAMENTE.

PGR pedirá ao STF autorização para investigar a Lista dos 18 da UTC

Com a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, UTC, fazendo furor em todo o País, o que acontecerá como desdobramento é a abertura de novos procedimentos de investigação no âmbito da Procuraria Geral da República, já que a maior parte dos 18 nomes listados nas denúncias é de gente com foro privilegiado.

Rodrigo Janot pedirá autorização do STF para ouvir os políticos.

Até agora, todos os políticos envolvidos no escândalo do Petrolão, exceção dos cassados, estão leves, livres e soltos.

Entenda o estágio atual da reforma política que acaba de chegar ao Senado

A análise a seguir é do colunista da Folha, Sanmuel Pessoa. Ele informou ontem que a semana passada, foi constituída a comissão de 28 senadores responsável por formulações de propostas para a reforma política, com a presidência de Jorge Viana, do PT do Acre, e a relatoria de Romero Jucá, do PMDB de Roraima.

Acompanhe:

A Câmara terminou de votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma política. A principal alteração foi o fim da reeleição. Penso que essa mudança foi muito ruim. Atende mais às conveniências dos parlamentares do que às necessidades de melhoria de nosso sistema político.

No parlamentarismo, o tempo do mandato é determinado por uma regra que os economistas chamam de "dependente do Estado". Enquanto o governo corre bem, continua.

No presidencialismo, em razão de sua natureza, a regra é dependente do tempo. Após um intervalo de tempo previamente estabelecido, novas eleições são marcadas e termina o mandato do titular do cargo.

A regra dependente do tempo pode determinar mandato muito curto para um bom governante e muito longo para um governante ruim. O instituto da reeleição é a forma de solucionar esse difícil conflito. Trata-se de um longo mandato, de oito anos no nosso caso, com possibilidade de haver troca do mandatário no meio.

Se o governo for bem, o mandato será de oito anos; se for mal, será de quatro. Não consigo enxergar solução melhor para esse difícil dilema do presidencialismo.

Há críticas de duas ordens ao instituto da reeleição. Primeiro, que estabelece regras injustas, com concorrência desleal a favor do titular do cargo. Na verdade, não é nada óbvio que a probabilidade de reeleição seja tão alta como se pensa. Alberto Carlos de Almeida, em artigo no "Valor" há duas semanas, indica que a probabilidade de reeleição dos titulares que se recandidatam foi, desde 1998, inferior a 70%.

Adicionalmente, como documentado em artigo recente dos professores da FGV Daniela Campello e Cesar Zucco Jr., esse elevado índice de reeleição está associado à situação externa favorável e menos ao instituto da reeleição em si. Ou seja, agora que a onda externa se reverteu, a probabilidade de reeleição reduzir-se-á muito.

A segunda crítica alega que a reeleição eleva a corrupção. O argumento padrão da ciência política afirma o contrário. Ao estender o tempo potencial do governo, estimula-se o comportamento correto no primeiro mandato. A evidência recente é que não há grande correlação entre corrupção e o instituto da reeleição.

Parece que o grande determinante da corrupção é a existência de mecanismos de controle eficazes. Ou seja, no Brasil a agenda de combate à corrupção do Executivo, em nível local, passa pelo aperfeiçoamento do funcionamento dos Tribunais de Conta dos Estados (TCEs), que sabidamente têm funcionado muito pior do que o TCU.

Para alguns, os enormes problemas econômicos pelos quais temos passado constituem sinal claro de mau funcionamento do sistema político. Penso o contrário. Nossos descaminhos econômicos decorrem de particular ideologia que tentou tropicalizar o modelo de desenvolvimento sul-coreano. Deu tudo errado.

Foram os políticos petistas que forçaram a arrumação de casa. A política está corrigindo os erros da ideologia.


A verdadeira reforma política é o fim da coligação para eleição proporcional, que, de fato, desvirtua o instituto do voto proporcional, torna o sistema muito opaco (vota-se em um partido e elege-se candidato de outro) e reduz muito a capacidade de responsabilização pelo eleitor do político e do partido. 

Entrevista, Armínio Fraga, Folha - Temos hoje um país que está morrendo de medo

Nesta entrevista para a repórter Raquel Landim, o ex-presidente do Banco Central e assessor econômico de Aécio na campanha, diz que é preciso discutir o tamanho do Estado.

Leia toda a entrevista, publicada neste domingo pela Folha de S. Paulo:

Principal assessor econômico do candidato derrotado à Presidência Aécio Neves (PSDB), o economista Armínio Fraga diz que hoje o Brasil está morrendo de medo de tudo: recessão, inflação, desemprego.

"A campanha foi um show de mentiras. Agora o custo é este: um país morrendo de medo", disse à Folha.

Na época, a presidente Dilma foi acusada de disseminar entre a população o medo de crise e arrocho se houvesse vitória da oposição.

Ele afirma que Dilma expõe o ministro Joaquim Levy (Fazenda) ao escalá-lo para discutir o ajuste fiscal com o Congresso.

"Mandaram o general para a linha de frente com uma espada na mão", comparou.

Para o economista, que presidiu o Banco Central no governo FHC e hoje é sócio da Gávea Investimentos, o governo deveria ter optado por uma meta de superavit primário (receitas menos despesas) menor neste ano. A seguir, trechos da entrevista.

Folha - A economia brasileira amargará 1,5% de recessão neste ano. O que está ocorrendo?
Armínio Fraga - O governo chutou o pau da barraca [do gasto público] nas eleições e agora paga a conta. Isso já tinha acontecido no início do primeiro mandato da presidente Dilma. A situação hoje é pior porque o país entrou muito torto na história. A evolução da dívida é assustadora, e a recessão morde firme. É possível ver isso na indústria, no setor imobiliário.Hoje o quadro está sendo tratado de maneira mais razoável, mas ainda insuficiente. O ajuste fiscal não vai resolver tudo. É preciso cortar mais o gasto, que é rígido.

Os empresários reclamam que o governo cortou investimentos, mas não reduziu gastos. Qual é a sua opinião?
O ajuste fiscal requer um debate profundo sobre o tamanho do Estado. Não vou nem discutir qual é o tamanho do Estado ideal. Alguns países deram certo com um Estado grande, como os escandinavos. Outros funcionam com um Estado menor, como os EUA. Só que o Estado precisa ser funcional e hoje temos um Estado meio capturado. Sem essa discussão, o ajuste está sendo feito do jeito que dá. Algumas medidas são boas, mas há problemas. Surgiu essa história de acabar com o fator previdenciário [que desestimula a aposentadoria precoce], que considero uma loucura.

O PSDB votou contra o fator previdenciário. O que você acha da posição do partido?
Não falo pelo PSDB. Tenho simpatia pelo partido e gosto de trabalhar com o ex-presidente Fernando Henrique e com o Aécio. O partido foi infeliz no tema do fator previdenciário, mas tem agido bem. O PSDB tem que ser o bastião de grandes ideias e princípios. Nessa confusão toda, não é fácil.

Qual é o efeito da crise política na economia?
A situação política é caótica. O país tem 32 partidos, 29 representados no Congresso e quase não existe discussão de programa de governo. Há essa percepção de que a política está terceirizada para o PMDB, mas claramente o PT não está satisfeito. A oposição tenta se posicionar, mas ainda não engrenou o ritmo.

Por que o governo não faz reformas estruturais?
O Levy lida com muitas restrições, inclusive da chefe dele, que é responsável por tudo isso que está aí. É uma situação muito constrangedora. Ele está muito exposto [negociando com o Congresso]. Mandaram o general para a linha de frente com uma espada na mão, algo que não se via há 500 anos. É da época de Alexandre, o Grande.

Na sua opinião, o governo deveria reduzir a meta de superavit primário?
O superavit de 1,2% do PIB foi planejado com estimativas muito otimistas para a economia. Desde o início, o governo deveria ter optado por uma meta menor no primeiro ano e mais ambiciosa nos dois anos seguintes. Agora, mexer na meta não é fácil.

Mas a arrecadação não está correspondendo às expectativas. Não é melhor assumir que não dá para cumprir a meta?
Não sei o que eles vão fazer. A minha opinião é que deveriam ter colocado uma meta menor neste ano e deixado claro qual é o pagamento das "pedaladas" passadas. Classificar direito o que é uma conta do passado e o que é um ajuste permanente.

O governo tem armas para combater a recessão?
A capacidade de reação do governo está prejudicada pela inflação alta e por um Orçamento muito precário. Portanto, as ferramentas anticíclicas tradicionais não estão disponíveis em razão de uma herança que Dilma deixou para ela mesma. É uma situação muito difícil, e quem vai pagar o pato, como sempre, é a população.

Até quando vai a recessão?
É preciso não confundir. Vivemos um ciclo de curto prazo provocado pelo aquecimento da economia antes das eleições e temos um problema de médio prazo. Daqui a um ano ou um ano e meio, podemos até sair do ciclo de curto prazo, mas teremos questões estruturais. Agora, se ficar claro que existem respostas para as questões estruturais, ajuda a quebrar o ciclo porque as empresas se animam a investir. 

O governo está tentando estimular investimentos com o programa de concessões de infraestrutura.
Sim. Mas tem tido uma imensa dificuldade de executar os projetos. E vão utilizar esse dinheiro para vencer as contas do ano, enquanto deveriam abater dívidas. Na campanha eleitoral, você foi criticado por dizer que o país entraria em recessão, e hoje isso se concretizou. Como você se sente? Aquilo foi um grande teatro, um show de mentiras. O Aécio e o Fernando Henrique falaram isso o tempo todo. O custo é este: temos um país morrendo de medo.

Com medo de quê?
De tudo: recessão, desemprego, inflação. Não sou político, vivo de administrar o dinheiro dos meus clientes. Se for pessimista, estou acabado, mas tenho que ser realista. A situação não está boa.

As empresas estão demitindo. A situação vai piorar?
Infelizmente, acredito que não chegamos ao fundo do poço. Espero estar errado, mas analiticamente não estamos nem perto disso. Havia um represamento de demissões em razão das incertezas que as eleições geram. Agora a situação ficou clara e as empresas demitem.
Esse ciclo, no entanto, ainda mal começou.

Qual é o impacto do aumento do desemprego?
As centrais sindicais, que sempre foram a base do PT, já estão reclamando. Existe uma briga no próprio governo. Pode gerar mais manifestações de ruas e mais dificuldades para aprovar o ajuste fiscal. Governar nesse contexto não é fácil.

O BC exagerou na alta de juros para atingir a meta de inflação de 4,5% no fim de 2016?
É uma meta muito ambiciosa. Dá para chegar a esse resultado em dois anos, mas vai exigir disciplina e um pouco de sorte. Talvez fosse mais fácil deixar para 2017.O problema é que a inflação está acima da meta há bastante tempo, as contas públicas se deterioraram e o país ameaça perder a classificação de risco. Se o governo tivesse mais credibilidade, poderia ser mais gradual.

Cerveró dá sinais de que também fará delação premiada. Alvo será o PMDB.

O ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, apontado como elo de ligação com o PMDB, via lobista Fernando Baiano, iniciou negociações para fazer delação premiada.

Seu operador, Fernando Baiano, até agora não falou e avisou que não falará.

O editor soube que os procuradores federais já tentaram convencer Fernando Baiano, mas ele permanece irredutível.

No Paraná, o lobista do PMDB recebeu o seguinte aviso:

- Aqui dentro, você está protegido, mas se sair, não podemos garantir sua segurança. 

Bolsas da Ásia e da Europa abrem em forte queda depois do Domingo Negro Grego

Mercados asiáticos fecharam em queda diante da possibilidade de calote da Grécia; principais bolsas europeias também operam em baixa nesta segunda-feira.

MPF manda PF investigar Eduardo Antonini, ex-presidente da Grêmio Empreendimentos

Este não é um caso recente, mas permaneceu na mira  das investigações da Operação Lava-Jato. Trata-se do suposto recebimento de R$ 500 mil pelo ex-presidente da Grêmio Empreendimentos Eduardo Antonini. 

O Ministério Público Federal enviou na sexta-feira requisição à Polícia Federal para que um inquérito seja aberto a fim de apurar o pagamento a Antonini, além de outras duas remessas de dinheiro que chegaram ao Estado.

Eduardo Antonini nega tudo. Antes da deflagração da 1ª fase da Lava-Jato, em março de 2014, a PF fez escutas telefônicas e descobriu que o doleiro Alberto Youssef mandou um de seus mensageiros entregar R$ 500 mil na casa de Antonini, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. O dirigente esportivo diz que nunca viu e nem teve relações com Youssef. 

Não há acusação, mas apenas investigações, porque a PF e o MPF querem esclarecer de vez o que aconteceu. 


Polícia Civil do RS faz prisões e apreensões na subsidiária de gás da Petrobrás em Canoas

O Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC) da Polícia Civil do RS confirmou ainda há pouco que cumpre 25 mandatos judiciais — 12 de prisão temporária e 13 de busca e apreensão — na subsidiária da Petrobrás em Canoas, na Região Metropolitana, a Liquigás, desde esta madrugada.

A Operação P13 investiga fraude na Liquigás. Já foram presos empresários do ramo de distribuição de gás, terceirizados e funcionários da Petrobras. 

A investigação começou em 2012, quando a Liquigás verificou que estava sendo roubada.

A empresa calcula que aproximadamente 20 toneladas de gás eram desviados por mês, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão à empresa. A fraude teria durado cerca de cinco anos.

Dia amanhece com nuvens, frestas de sol e ameaça de chuva em Porto Alegre

A chuva voltra a atingir o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, mas Porto Alegre amanheceu com tempo bom e quente, apesar da grande quantidade de nuvens. Na metade Oeste, a chuva deve chegar desde as primeiras horas do dia. Em outras regiões do Estado, o sol chega a aparecer, mas no decorrer do período a nebulosidade aumenta e o tempo fechado se espalha. Pode chover forte em alguns pontos e com altos volumes.


Em Porto Alegre, o dia será como se apresenta agora (7h57min), de sol e nuvens com céu passando a nublado e encoberto. A chuva deve chegar à Capital na próxima noite ou madrugada. Os termômetros devem ficar acima dos 12 graus. 

Bancos gregos amanhecem fechados. Curralito limita saques a 60 euros. Bolsa também fechou. Restrições irão até 6 de julho. País beira à falência.

A Grécia amanheceu nesta segunda-feira com os bancos fechados após a imposição esta madrugada de um 'curralito', que limita a 60 euros as retiradas com dinheiro dos caixas automáticos e contém medidas de controle de capitais que superam amplamente as vividas há dois anos no Chipre.

Segundo o decreto oficial, as entidades bancárias gregas fecharão até o dia 6 de julho, período que pode ser modificado por decisão do Ministério das Finanças.

O mesmo ocorre com a Bolsa de Atenas.

O documento especifica que o primeiro dia do fechamento dos bancos, os caixas funcionarão no máximo por 12 horas.

Poderão ser realizados pagamentos com cartão no interior do país assim como transações internas através dos serviços bancários das páginas na internet.

Os saques com cartões pré-pagos poderão ser feitos com o limite que tinham antes do começo destas restrições.

As medidas não serão aplicadas aos turistas, que poderão realizar transações e retiradas de dinheiro nos caixas automáticos utilizando os cartões de crédito ou débito emitidos em seus países de origem.

Em relação às transações para o estrangeiro, poderão ser realizadas todas aquelas que se considerem básicas como a compra de remédios ou o pagamento de custos médicos.

O decreto fala também que o pagamento das pensões está excluído das restrições e enfatiza que os bancos anunciarão em que escritórios será realizado o pagamento das mesmas.


O 'curralito' entra em vigor em um momento especialmente sensível, pois coincide com o pagamento de pensões e salários, assim como vencimento de faturas.

Estas são as empresas mais inovadoras do Brasil, segundo a Forbes

Cristália, Elektro, Embraer, Granbio, Natura, Netshoes, O Boticário, Sem Parar, WEG e Whirpool

Lula e Alexandrino eram tão íntimos que se beijavam no rosto quando se encontravam

Lula e Alexandrino costumavam cumprimentar-se com beijos no rosto. Ao ser preso, o lobista disparou três telefonemas: dois para familiares e um para o Instituto Lula. Paulo Okamoto, CEO do Instituto, disse que Alexandrino enganou-se ao procurar por uma tal de Marta. É possível. - 

No RS, o diretor da Odebrecht e Braskem, Alexandrino Alencar, além de membro proeminente do Conselhão do Tarso e da Fiergs, também fez amizades muito fortes entre políticos, empresários, jornalistas e publicitários, sempre distribuindo fartos patrocínios.

Ele agora está preso no Paraná.

Em São Paulo, a Polícia Federal encontrou fotos de Lula na sua mesa de trabalho na Odebrecht, todas elas espalhadas ao lado de fotos da família.

A intimidade do lobista com o ex-presidente pode ser medida melhor pela leitura da reportagem a sguir.

Alexandrino Alencar costumava tratar Lula com reverência, chamando-o de "presidente" ou "chefe", deferências que não merecia nem seu superior, Marcelo Odebrecht.

Lula e Alexandrino Alencar, o seu companheiro de viagens

A seguir, uma das devastadoras reportagens de capa da revista Época desta semana, na qual são listadas as viagens feitas por Lula a serviço das empreiteiras. Os jatos usados foram das próprias empresas ou pagos por elas. Seu mais constante companheiro de viagens foi o lobista da Odebrecht, Alexandtrino Alencar. A revista lista viagens conjuntas para uma dezena de Países: Cuba, Colômbia, Peru,Venezuela, Panamá, Equador, Guiné Equatorial, Angola, Gana, República Dominicana. Tudo pago por empresas como Odebrecht, Coteminas, Kroton, Camargo Correia, Queiroz Galvão, Brasif, OAS, Estados Unidos. Em todos eles, saíram negócios, em sua maioria financiados com dinheiro farto e barato do BNDES. 

Leia tudo, porque vale a pena, e reserve como arquivo:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acomodava-se no Gulfstream G200, avião executivo com altura de cabine de quase 2 metros, naquele 21 de maio de 2011. O jatinho é um dos maiores de sua classe, a executiva. Tem mesa de reunião, acabamento em madeira de lei e pontos USB para laptops. A viagem de cerca de 5.000 quilômetros do Panamá a São Paulo aconteceu na aeronave prefixo PR-WTR. Lula não estava sozinho.

Voava ao lado do lobista da Odebrecht Alexandrino Alencar( ao fundo, de gravata), preso recentemente na Operação Lava Jato, acusado de ajudar a empreiteira a operar as propinas do petrolão no exterior. Alexandrino pediu demissão na semana passada de seu cargo na Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Sergio Moro.

Em seu despacho, Moro escreveu: “Além das provas em geral do envolvimento da Odebrecht no esquema criminoso de cartel, ajuste de licitações e de propina, há prova material de proximidade entre Alberto Youssef e Alexandrino Alencar”. Naquele dia de maio de 2011, Lula passou pelo sistema de migração da Polícia Federal às 7h07; o lobista, quatro minutos depois. Estavam juntos, como juntos estavam em mais aventuras do que admitem até hoje.

ÉPOCA obteve um relatório da PF com as entradas e as saídas do Brasil de Lula e do lobista Alexandrino, entre 2011 e o início deste ano. Há a comprovação de duas viagens da dupla, que já haviam sido noticiadas (para Cuba e para Guiné Equatorial), e a revelação de que ambos estiveram juntos em mais quatro ocasiões (nessa viagem para o Panamá; numa outra para Colômbia, Peru e Equador; numa terceira para Portugal; e numa quarta para a África, passando por Angola e Gana).

Além de atestar que a relação de Lula e Alexandrino era muito próxima, as planilhas da PF permitem, pela primeira vez, conhecer o sistema Uber particular de Lula – quem banca e como viaja o ex-presidente pelo mundo afora. São 78 trechos internacionais. As planilhas não identificam destino e origem das viagens. Mas apontam quem são os donos das aeronaves: em alguns casos, empreiteiras, bancos, importadores e companhias têxteis. Em outros, empresas alugando jatinhos de companhias de táxi-aéreo.

As viagens de Lula e Alexandrino não foram ocasionais. Os dois são amigos. Depois das viagens que faziam juntos, costumavam se cumprimentar com afetuosos beijos no rosto. Na sala de Alexandrino, na sede da Odebrecht em São Paulo, uma foto com Lula dividia espaço com retratos de familiares do executivo. Quando se referia a Lula, Alexandrino o chamava de “presidente” ou de “chefe” – deferência não dispensada nem sequer ao próprio Marcelo Odebrecht.

Tamanha era a intimidade entre os dois que Alexandrino acompanhava Lula em reuniões e eventos restritos a autoridades de Estado, mesmo quando o tour não era bancado exclusivamente pela Odebrecht. Numa excursão pela América do Sul, Lula viajou com uma comitiva de executivos da OAS, da Camargo Corrêa, da Andrade Gutierrez e da onipresente Odebrecht – todas acusadas de participar do cartel do petrolão. A viagem começou pela Colômbia: Lula embarcou em 3 de junho de 2013, às 9h41, de São Paulo para Bogotá. Lula foi a bordo do mesmo jatinho que o levara ao Panamá, dois anos antes.

O lobista da Odebrecht (Alexandrino, não Lula) havia embarcado horas antes, às 7h39, para a capital colombiana. Lá, eles se encontraram com o presidente do país, Juan Manuel Santos, e participaram de encontros com empresários. Lula e Alexandrino seguiram então para o Peru, onde foram recebidos pelo então chefe de Estado, Ollanta Humala. Em fotos oficiais, o lobista da Odebrecht aparece a um passo de Lula. Os dois não param de rir. O périplo político da dupla terminou no dia 8 de junho de 2013, data em que ambos regressaram ao Brasil, em voos diferentes.

Em encontros com autoridades estrangeiras, Lula sempre defendia o interesse das empresas brasileiras em fazer negócios com o país de destino. “Por isso, a gente fazia questão de bancar as viagens dele”, disse um executivo de uma grande empreiteira antes de ser preso na última fase da  Lava Jato. O investimento se mostrava certeiro.

Em 13 de março de 2013, por volta das 8 horas, Lula e Alexandrino embarcaram no aeroporto de Guarulhos com destino a Nigéria, Benin, Gana e Guiné Equatorial. Quatro meses depois dessa passagem de Lula pela África, a Odebrecht ganhou um contrato de uma obra de transporte com o governo ganês, contando com US$ 200 milhões do BNDES. Em 17 de abril do mesmo ano, o presidente de Gana, John Mahama, visitou o Brasil para lançar o seu livro Meu primeiro golpe de Estado. Aproveitou para ter reuniões reservadas com Lula e representantes da Odebrecht, segundo telegramas do Itamaraty.

Em alguns casos, era o próprio Lula quem decidia quando e para onde queria viajar. Em mensagens de celular enviadas em 12 de novembro de 2013, Léo Pinheiro, presidente da construtora OAS, outro amigo de Lula preso na Lava Jato, e o diretor da área internacional da companhia, Augusto César Uzeda, acertavam detalhes dos preparativos para uma viagem do petista, a quem chamam de “Brahma”.

“O Brahma quer fazer a palestra dia 24/25 ou 26/11 em Santiago”, diz Léo Pinheiro. “Amanhã começamos a organizar, o avião é por nossa conta”, escreve Uzeda. No dia 26 de novembro, às 10h53, conforme o combinado, o ex-presidente passou pela imigração e, em seguida, embarcou no mesmo Gulfstream G200, alugado da Global Aviation. No Chile, ele participou do seminário Desenvolvimento e integração da América Latina. No dia 10 de dezembro de 2013, um consórcio integrado pela OAS, a sul-coreana Hyundai, a francesa Systra e a norueguesa AasJakobsen venceu a licitação para a construção de uma ponte de 2.750 metros sobre o Canal de Chacao, considerado o mais longo da América Latina, depois de apresentar a única oferta. O valor estimado do investimento da obra é de US$ 680 milhões.

Numa viagem de Lula e Alexandrino para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013, a Odebrecht pagou, por meio de sua parceira comercial D.A.G. Construtora, R$ 435 mil para fretar uma aeronave da Líder Táxi-Aéreo, segundo revelou o jornal O Globo em abril deste ano. Em 2011, Lula incluiu Alexandrino numa viagem à Guiné Equatorial em que ia como chefe da delegação brasileira participar da Assembleia da União Africana, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.

Documentos obtidos por ÉPOCA revelam que empresas de diversos setores bancaram as viagens de Lula pelo mundo afora. Ainda no ramo das empreiteiras, no dia 5 de setembro de 2011, por volta das 11h30, o ex-presidente embarcou numa aeronave modelo Falcon 900EX Easy no aeroporto internacional do Recife.

A operadora do jato é a Morro Vermelho Táxi-Aéreo, do grupo Camargo Corrêa – que, além de cobrir as despesas com o avião, doou R$ 3 milhões ao Instituto Lula e repassou R$ 1,5 milhão para a empresa do líder petista LILS Palestras Eventos e Publicidade entre 2011 e 2013. Meses antes, em fevereiro, Lula viajara a bordo de um Cessna C750, da companhia têxtil Coteminas, do empresário Josué Gomes da Silva, e embarcara num Bombardier BD-700 Global Express, pertencente à mineradora Vale, com destino a Guiné, onde participou de um evento de início das obras de reconstrução de uma ferrovia.

Outros aviões de grandes empresários brasileiros também já estiveram à disposição das viagens do ex-presidente petista entre 2011 e 2014: o de Sérgio Habib, da montadora JAC Motors; o de José Seripieri Junior, dono da operadora de de saúde Qualicorp; de Jonas Barcellos, da empresa de máquinas Brasif e conhecido como o “rei dos free-shops”; Marcelo Henrique Limirio Gonçalves, fundador da Neo Química e sócio da Hypermarcas. Além deles, de Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, ex-ministro do Turismo no governo Lula e conselheiro de Administração da empresa de educação Kroton.

Procurada, a Odebrecht informou que pagou as despesas das viagens do ex-presidente para Angola, Gana, Panamá, Peru, Portugal e República Dominicana. A empresa ainda disse que o ex-diretor de relações institucionais, Alexandrino Alencar, acompanhou Lula a todos esses destinos – e que o executivo “não participava de reuniões do ex-presidente, além daquelas estritamente relacionadas às palestras que o ex-presidente faria”. Além disso, a empresa confirma que fez doações ao Instituto Lula, mas não revela valores. A Camargo Corrêa, dona da Morro Vermelho Táxi-Aéreo, diz que patrocinou as palestras do ex-presidente Lula em Portugal, em setembro de 2011; em Moçambique e na África do Sul, em novembro de 2012; na Colômbia, em julho de 2013.

A Vale informou que Lula fez apenas uma viagem em aeronave da empresa. A Queiroz Galvão informa que contratou Lula para três palestras na América Latina e na África em 2011 e em 2013 como uma forma de patrocinar eventos promovidos por entidades de fomento ao desenvolvimento econômico e social. “Tais contratações se deram de forma legal e declarada aos órgãos competentes. Em nenhuma dessas situações houve utilização de aeronave de propriedade da empresa para transporte do palestrante”, diz a companhia. A Brasif afirmou que cedeu ocasionalmente a aeronave para Lula, sendo algumas vezes a convite da própria empresa. O empresário Josué Gomes afirmou que, em 2011, o assunto já “foi o objeto de reportagens”.

Sérgio Habib e Marcelo Henrique Limirio Gonçalves não responderam até o fechamento desta edição. Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, por meio de sua assessoria, disse que Lula realizou 14 viagens entre 2013 e 2015 em sua aeronave Cessna Citation CJ3. Já a OAS disse que não vai responder às perguntas feitas por ÉPOCA.

Procurado, o Instituto Lula informou por meio de sua assessoria de imprensa que tem como política divulgar as viagens do ex-presidente ao exterior. “As viagens do ex-presidente Lula ao exterior não foram de turismo ou passeio. Foram dando palestras, falando bem do Brasil no exterior para investidores e autoridades estrangeiras, estimulando a participação de jovens na política e divulgando políticas sociais de combate à fome em eventos na África, América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia”, diz o Instituto Lula. “No caso de atividades profissionais, palestras promovidas por empresas nacionais ou estrangeiras, o ex-presidente é remunerado, como outros ex-presidentes que fazem palestras.

 O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores – tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações – e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe, as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem”, complementa. “A maioria das viagens do ex-presidente ao exterior não foram pagas pela Odebrecht, que contratou palestras para empresários e convidados em países onde a empresa já atua”, reitera. Além disso, o Instituto diz que todas as doações recebidas são contabilizadas e foram pagos todos os impostos correspondentes.

Conforme ÉPOCA revelou em maio, o Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal iniciou uma investigação para apurar se o ex-presidente praticou tráfico de influência internacional junto a chefes de Estado e autoridades em favor da Odebrecht, maior beneficiária dos financiamentos do BNDES no exterior. O MPF está analisando as relações entre o ex-presidente e a construtora baiana, sobretudo com o lobista Alexandrino Alencar. Lula está passando por uma turbulência sem fim.


Análise, economia, Carlos Brinckman - Confiar, crer e acreditar

A inflação continua subindo acima das expectativas, o Produto Interno Bruto cai mais do que se esperava, os vários poderes da República se distraem arrancando (para eles mesmos) cada vez mais de uma riqueza cada vez menor. Joaquim Levy? E como empresários e trabalhadores confiarão em Joaquim Levy se as próprias forças do Governo em que ele trabalha o hostilizam e sabotam?

Em economia, como em política, há um fator invisível que determina o futuro: a confiança. Confiar significa compartilhar a fé; dar crédito a alguém ou a alguma coisa. Quem não confia não investe, porque não tem lá muita certeza de que vai receber seu dinheiro de volta. Não investe, não exporta, não cria empregos, não ousa. Para que correr riscos, se sabe que é visto como vaca leiteira?

Em economia, como em política, há profecias auto-realizáveis. Se o público acredita que um banco vá quebrar, o banco vai quebrar, porque todos irão retirar seu dinheiro antes da quebra. Se o público acredita que o Governo é fraco, sem força para cumprir suas promessas, o Governo será fraco até prova em contrário.

Quem pode pedir confiança ao cidadão? O PSDB vota no Congresso contra aquilo que defende e que sempre defendeu, para enfraquecer ainda mais o Governo. O PT vota contra aquilo que defende e que sempre defendeu, para garantir seus cargos. Governistas votam contra o Governo, embora Governo sejam.

Quando não dá para confiar no Governo nem na oposição, a inflação dispara para cima, o PIB dispara para baixo, o emprego some.

E a esperança desaparece.
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