Protestos incluem pneus queimados e bonecos de brigadianos enforcados

A foto da divulgação da PRF é a de um boneco vestido de brigadiano, Carazinho. -


Protestos de policiais militares e civis foram realizados na madrugada deste sábado  pelo interior do Rio Grande do Sul. A cena que vem se repetindo nos últimos dias, com bonecos de policiais pendurados em viadutos e pneus queimados em rodovias, foi registrada novamente em cidades como Rio Grande, Carazinho, Santana do Livramento e Santiago.

A categoria está descontente com o parcelamento do salário de julho dos servidores estaduais. A medida foi anunciada na sexta-feira (31) de forma oficial pela Secretaria da Fazenda, mas já havia sido confirmada pelo vice-governador José Paulo Cairoli. O motivo da decisão, conforme o governo, são as quedas no orçamento nos últimos meses.

A última vez que os servidores tiveram os salários parcelados foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius.

Ao explicar os motivos que levaram o governo a parcelar os salários, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que a crise financeira pode se agravar ainda mais nos próximos meses.

Os protestos
Por volta das 4h15, policiais rodoviários federais registraram a manifestação no km 174 da BR-386, no Viaduto do Trem, em Carazinho. Pneus foram queimados no acostamento da rodovia e bonecos com uniformes da Brigada Militar e Polícia Civil foram pendurados. Também foram encontradas faixas com mensagens de protesto.
Em Rio Grande, o protesto contra o parcelamento dos salários do funcionalismo foi registrado no viaduto do trevo que dá acesso ao município, na BR-392. um boneco com a farda da Brigada Militar foi pendurado, e uma faixa também foi colocada com a frase: "Sartori, sem efetivo e sem salário eu não trabalho". O boneco foi retirado na manhã deste sábado pela Ecosul, concessionária que administra a rodovia.
Em Santiago, na Região Central, o protesto ocorreu na BR-287, também na madrugada. manifestantes queimaram pneus e colocaram um boneco com a farda da BM com uma corda no pescoço na rodovia. Não há informações sobre o autor do protesto.
Já durante a noite de sexta-feira (31), testemunhas relataram que viram homens usando toucas ninjas colocarem fogo em pneus embaixo do viaduto que dá acesso ao bairro Armour, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. No local, foi pendurado um boneco com farda de bombeiro. O trânsito chegou a ser interrompido.

Os servidores estaduais, policiais e também outros setores, programaram uma paralisação das atividades para segunda-feira (3). 
Na segurança pública, reuniões com associações de servidores da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, e também da Polícia Civil, decidiram que irão paralisar as atividades durante 24 horas, justamente em protesto contra o parcelamento de salários. A orientação é que somente casos de emergência sejam atendidos. Não deverá haver policiamento ostensivo. As associações sugerem aos servidores que permaneçam em quartéis e delegacias.
Na educação, os professores da rede estadual aprovaram a paralisação. A orientação da categoria é para que os pais não levem os filhos para as escolas estaduais.

Na área da saúde, que é municipalizada, a paralisação de servidores estaduais não deve ter  impacto significativo sobre postos e hospitais. Mesmo assim, os funcionários estaduais da área de saúde foram orientados a cruzar os braços, diz a Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado (Fessergs).

5 comentários:

Anônimo disse...

E O GOVERNADOR JÁ VOLTOU ? - ERA SABEDOR DO QUE IRIA ACONTECER ??

VAI GRAVAR UM VÍDIO DE CURITIBA ??

Anônimo disse...

Dispenso o coleguismo do secretário Giovani Feltes, pois não o considero como um “colega servidor”. Para a cara deste indivíduo faltou somente o óleo de peroba. Quem é ele para pedir para eu me sacrificar mais um pouco. Descontando a pensão alimentícia, ipê e os empréstimos consignados sobram muito pouco do meu vencimento. Recebo bem menos que os adicionais que os secretários do Excelentíssimo Governador recebem de estatais estaduais, tudo em cima dos vencimentos atuais de R$ 20.000,00. Pois é, somente policiais e professores oneram o Estado. Os CCs e o aumento aprovado pela Assembleia Legislativa em Dezembro, sancionado pelo governador José Ivo Sartori também não aumentaram o caos financeiro das contas públicas? Nem contribuíram?
Dionei de Bem

Anônimo disse...

esta gente é mais organizada que a sociedade civil na busca dos seus direitos.
quero ver se a sociedade civil tbm fara movimentos como estes contra o aumento de impostos que o governo deseja para poder pagar esta gente.

Anônimo disse...

Meus caros:
O exemplo deve vir de cima, do alto escalão, dos gestores, para que tenha credibilidade junto a todos. É um absurdo pagarmos salário vitalício a cerca de 10 ex-governadores, auxílio moradia a juizes (aquí um capítulo a parte - muitos estão comprando casas de lazer em condomínios no litoral gaúcho, já que possuem casa própria), salários de até 70 mil em estatais, contas de luz absurdas(que geram arrecadação), e mais uma montoeira de coisas que pesam, sempre, mais na grande população (independentemente de ser da esfera municipal, estadual, ou federal). Creio que seria muito bom se todos contribuíssem de verdade. Quem sabe, estabelecendo um teto real para todos que sangram os cofres públicos com suas vantagens "intocáveis", extirpando políticos corruptos DEFINITIVAMENTE do poder público, reduzindo os ganhos dos CCs (que mamam nas contas do estado sem prestar concurso)já não não seria um bom começo para o estado ter um pouco de capital para pagar o que é de sua responsabilidade. Se não contribui de forma decisiva, pelo menos faz com que estes privilegiados mostrem um pouco de comprometimento com suas propostas.
Sr.governador, comece pelo Sr e pelos seus imediatos. Parem de pesar o estado com suas vantagens e entre em sintonia com seu discurso.

Anônimo disse...



Viu??

Pra gastar uniforme nessa palhaçada eles tem dinheiro..!

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