Análise - A crise é permanente, mutante e contagiosa

* Clipping Tony Volpon, Valor

Normalmente pensamos em "crise" como algo instável, um processo de transição entre uma situação que não mais se sustenta e uma nova, em que as contradições se resolvem e a estabilidade se restabelece.
Mas será que a crise não se tornou a nossa normalidade? Podemos imaginar a crise não como processo, mas sim como estado, um processo que se autoalimenta e assim se sustenta?

Gostaria de defender essa tese sobre a crise que estamos vivendo. A crise que enfrentamos, em sua essência, não é uma anormalidade que devemos procurar superar. Na verdade, ela define os tempos que vivemos. Isso não implica, necessariamente, que estejamos condenados a um mal-estar permanente. Na etimologia original da palavra na língua grega, "krisis" também significava decisão e poder de escolha. Vou defender a ideia de que isso ocorre na situação atual.

Mas, infelizmente, devemos reconhecer que a crise agora chegou ao Brasil, ou melhor, aos emergentes. Não é por acaso que hoje vemos forte desaceleração de crescimento na maioria das grandes economias emergentes, não somente no Brasil, mas também na China e na Índia.

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Popularidade de Fortunati é muito melhor do que a de Tarso e perde por pouco para Dilma

O editor pesquisou a última pesquisa do Ibope registrada no TRE para comparar a popularidade do prefeito José Fortunati, Porto Alegre, do governador Tarso Genro e da presidente Dilma Roussef, apurando o que segue, em percentagem:

Ótimo - Fortunati, 9/ Tarso, 3/ Dilma, 9
Bom - Fortunati, 50/ Dilma, 56/ Tarso, 38
Regular - Fortunati, 29/ Dilma, 27/ Tarso, 38
Ruim - Fortunastim, 6/ Dilma, 5/ Tarso, 10
Péssima - Fortunati, 3/ dilma, 3/ Tarso, 8
Não sabe ou não respondeu -Fortunati, 9/ Dilma, 1/ Tarso, 3.

Cabo de Guerra: será segunda, 19h,no Sheraton, lançamento do livro do editor sobre a saga de Yeda contra o Eixo do Mal

Uma verdadeira tempestade política varreu o Rio Grande do Sul durante os quatro anos de mandato da Governadora Yeda Crusius (2007-2010). Pela primeira vez na história, uma mulher foi eleita para administrar os destinos de 10 milhões de gaúchos - além disso, uma dirigente política oriunda de um pequeno partido, com apenas cinco dos 55 Deputados da Assembléia Legislativa. Ela estava disposta a executar seu duro programa de saneamento fiscal e financeiro do setor público estadual, plano por si só capaz de recuperar a capacidade de investimentos e a prestação de bons serviços à população. Os interesses políticos e econômicos contrariados alçaram-s e em armas. A nova liderança foi confrontada selvagemente por adversários externos e internos, antes e durante todo o mandato, com ênfase nas ações de terrível poder destrutibvo do Governo Federal, sob o comando do então Ministro da Justiça, Tarso Genro, e do amparo acolhedor e de repercussões igualmente devastadoras da RBS.

- É sobre esta saga política que trata o livro Cabo de Guerra, que o editor lançará segunda-feira, 19h, no salão Brasília + Terraço, Hotel Sheraton, Porto Alegre. O livro, 499 páginas, 39 capítulos, 70 fotos, é vendido a R$ 75,00 via e-mail polibio.braga@uol.com.br O leitor deve apenas listar a encomenda, enviar o endereço de entrega e solicitar dados para o depósito bancário.  A entrega é grátis. Antes mesmo do lançamento, 300 exemplares foram vendidos para leitores de diversos Estados - e entregues. A primeira edição é de 2 mil exemplares. O editor aceita discutir sessões de autógrafos também em outras cidades. A edição é do site www.polibiobraga.com.br A foto de capa é do profissional gaúcho Eurico Salis, contratado para a tarefa. 

Mesmo sem estar presa, Dilma mentiu sobre o apagão para agradar Lula e o PT contra Joaquim Barbosa

- O artigo a seguir é da jornalista Miriam Leitão, de O Globo
O título é versão livre do editor


O Brasil não estava sob ameaça de apagão em 2003. Quem disse isso, na época, foi a então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff. O apagão de 2001 foi o pior momento do governo Fernando Henrique, mas a gerência da crise pelo então chefe da Casa Civil, Pedro Parente, construiu a solução que está sendo usada na atual seca: a de pôr as termelétricas como geração complementar.

A presidente Dilma disse recentemente que o governo Lula começou sob essa ameaça iminente. Voltou a dizer ontem. Havia muito a fazer na área energética, mas o risco imediato havia sido afastado. Tanto que as suas Medidas Provisórias só foram enviadas ao Congresso em dezembro de 2003, onze meses depois que ela assumiu o Ministério das Minas e Energia.

Em setembro de 2003, perguntada pelo jornal O GLOBO sobre o risco de apagão, ela respondeu: “Falar de risco de apagão é não prestar atenção na atual conjuntura. Não corremos risco de racionamento, nem de apagão. Fizemos um levantamento e podemos garantir que não há risco.”

A nota da presidente ontem foi motivada pela referência a uma declaração sua, de surpresa da rapidez na aprovação das MPs 144 e 145, no voto do ministro Joaquim Barbosa. O que a presidente quer é afastar qualquer ilação de que a rapidez tenha algo a ver com os estranhos fatos políticos da época.

Entende-se que a presidente esclareça a natureza da sua declaração. Difícil aceitar é a repetida tendência de mudar os fatos históricos sobre a crise no setor energético. A aprovação rápida deve ter sido mesmo fruto do trauma que ficou com o apagão, mas, para repor os fatos, foi assim que aconteceu: o governo Fernando Henrique não investiu o suficiente no setor, a economia cresceu muito no ano 2000 e houve uma enorme seca em 2001.

Essa mistura de um ano de crescimento bom e uma seca incomum foi o bastante para provocar a pior crise energética do país.

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A charge acima é de Amarildo e está disponibilizada no Google.

Entenda como foi o julgamento até agora e como o STF já reconheceu o mensalão, mesmo Lewandowski.

 - A mídia diária e tradicional do RS acompanha dispersivamente o julgamento do mensalão, o que significa que não sistematiza as informações vindas do STF e não faz análise alguma com o balanço da situação, perdendo até mesmo informações relevantíssimas. São exceções alguns poucos debates promovidos pela Rádio Gaúcha e pela TV Com. É por isto que o editor compilou a série de reportagens e análises que seguem, todas deste final de semana, que fazem um bom balanço do que ocorreu até agora. O editor recomenda especialmente a última nota, um editorial do Estadão, que examina a revisão de posição do revisor, apontado pelos jornalistas como o vilão atual do STF. O Estadão diz que mesmo Lewandowski mandará a nomenklatura do PT, Zé Dirceu à frente, para a cadeia. E explica de que modo Lewandowski não possui mais dúvidas sobre o mensalão. "Se o dinheiro é de caixa dois ou de desvio de verbas públicas, não importa, porque o que importa é que ele foi usado para comprar votos", disse o ministro, quinta-feira.

O primeiro balanço do julgamento 
(Valor, artigo de Renato de Mello e Jorge Silveira, fim de semana)
Muito já se disse e se escreveu sobre o caso mensalão (AP 470). Expectativas iniciais, defesas algumas elogiáveis, outras nem tanto, votos e discordâncias entre os ministros enfim. Condenações, divagações em alguns campos incompreendidos, mas de sutileza jurídica peculiar, marcaram os tantos dias de julgamento. Mas, o que se dizer de seu real balança. Defesa e acusação já tiveram seus momentos de glória e de crítica. Um ataque devastador foi feito às teses de acusação durante o primeiro momento do julgamento. Muitíssimo criticado, o parquet aguardou e esperou, já que sua palavra já havia sido posta aos destinatários primeiros de seu pensamento: os ministros julgadores.
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Relator condena 12 por venda de votos 
(Folha, domingo)
Relator do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Joaquim Barbosa votou pela condenação de 12 réus do processo sobre crimes relacionados à compra de apoio político nos primeiros anos do governo Lula. Eles são ligados ao PP, PTB, PR (ex-PL) e o PMDB.
Na votação, o ministro atribuiu os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de forma diferente aos réus. Agora, o revisor do caso, ministro Ricardo Lewandowski, vai começar a tratar dessa parte da denúncia.
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O revisor revê sua posição 
(Estadão, editorial, sábado)
Daí se pode prever que Lewandowski só absolverá réus de corrupção passiva se entender que as acusações contra eles foram ineptas, como no caso de Pedro Henry. Com a mesma ressalva, terá de condenar os hierarcas do PT pelas operações de corrupção ativa executadas por Valério em parceria com a sua gente na banca mineira. Contra o tesoureiro Delúbio Soares, há provas e confissões. Contra o presidente José Genoino, assinaturas indeléveis em contratos de fancaria. Contra José Dirceu, o "domínio do fato" - o poder de mandar fazer.
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