O promtor é o mais novo ombudsman da RBS

O promotor de Canoas, Amilcar Macedo, que passado o Natal ainda não protocolou no Foro a denúncia (a enésima)que prometeu fazer contra o sargento Rodrigues (arapongagem na Casa Militar), parece ter se transformado no mais novo ombudsman da RBS. Há alguns dias, cabeças estreladas da RBS movem campanha para que promotores e procuradores votem em Macedo para a lísta tríplice de chefe do Ministério Público Estadual. Vale a pena ler esta edificante troca de mensagens:

Boa!!! RT @giovanigrizotti: Tô afim de fazer uma twitcam pra falar dos bastidores das reportagens de 2010. O que acham?about 1 hour ago via Echofon

amilcarmacedo amilcar macedo

No dia do Natal, dia 25, o editor já tinha registrado esta troca intrigante de mensagens do promotor investigador e do melhor repórter investigador do RBS, premiado volta e meia pelo Ministério Público Estadual e sempre requisitado pela Fundação Escola do MPE. Percebam o tom íntimo das mensagens, muito raras entre jornalistas e promotores de qualquer parte do globo terrestre, mas comum em Canoas e no RS:

giovanigrizotti

1. Pra quem não sabe, a Tânia Carvalho (@taniatv) tá de aniversário. A TV não seria a mesma sem ela. Tânia, vc é dimaaaaiiiisssss!about 1 hour ago via Echofon
2. @amilcarmacedo Tá evoluindo aquela história?about 1 hour ago via HootSuite in reply to amilcarmacedo
amilcarmacedo
1. @giovanigrizotti sim. E a do teu amigo também. Já falou comigo.26 minutes ago via Echofon in reply to giovanigrizotti
2. Teve gente q me criticou por usar tweeter RT @Cons_Juridico:Juiz usa internet p/ divulgar sentenças e prestar serviços:http://bit.ly/eP53M8about 1 hour ago via Echofon
3. RT Juiz usa internet para divulgar sentenças e prestar serviços: A Constituição determina, no inciso IX do artigo 9...http://bit.ly/eP53M8about 1 hour ago via Echofon

- O editor verificará o que dizem sobre a conversa, os Códigos de Ética da RBS e do Ministério Público Estadual.

16 comentários:

Anônimo disse...

No aguardo da ofensiva do mpe contra o editor, ja que vem criticando a muito tempo. Nao se ataca uma instituicao impunemente. Se cuida, editor! Vao investigar os contratros celebrados entre este blog e orgaos publicos. E obviamente vao achar algo.

Anônimo disse...

Por seus comentários, indiscutível que extrapolou suas prerrogativas. O promotor de justiça é parte no processo e como tal tem que se posicionar. Não pode emitir juízo de valor, é preciso ser isento. Ele não pode trazer para si o título de "detentor da verdade". A conotação dada ao desempenho das atividades do sargento, no caso investigado, direciona sua interpretação a uma pejoração que denigre a imagem do militar. A Lei Orgânica do MP deve ser respeitada. Tenho acompanhado o episódio, é possível observar em dezenas de entrevistas concedidas pelo promotor, que sua atuação destoa completamente dos demais membros do MP gaúcho. Converso com delegados, juízes, advogados e até mesmo com promotores, confesso que estou com dificuldades de encontrar alguém que aprove a postura do Dr. Amilcar Macedo. Por trás de uma pessoa investigada existe muita coisa, esposa, filhos, tios, avós, colegas de profissão. Inadmissível um fiscal da lei abusando de seu poder para condenar um cidadão na mídia, antes do devido processo legal. Qual seria sua verdadeira motivação? Quem seriam as pessoas beneficiadas com tanto "barulho"? Espero que o CNMP já tenha sido acionado pelo sargento, razões para medida existem de sobra.

Anônimo disse...

Depende de quem ataca...
Se for o MST, sai impune e ainda leva alguma verba pública também.
Aliás, nem precisa ser do MST... Basta ser esquerdalha poderoso.
Bastiat.

Anônimo disse...

Mas,afinal,a ligação e o compadrio íntimo,entre a RBS e o MP do RS (falamos de alguns de seus agentes, bem entendido...) no que concerne à eleição na instituição de estado para a escolha do futuro Procurador Geral de Justiça, existe mesmo? Se fato, é algo extremamente perigoso para a garantia da persecução penal isenta, no que for da competência legal dos "fiscais da lei"...

Anônimo disse...

IMPRENSA INQUISITORIAL: Segundo os dicionários, inquisição é o ato de inquirir, indagar, investigar, interrogar judicialmente. O termo está umbilicalmente ligado à Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, que foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade oficial de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Nela, uma simples acusação equivalia a ser inexoravelmente considerado culpado e condenado por heresia, pois nenhuma pessoa acusada ganhava a causa, provando sua inocência e permanecendo livre. Os inquisidores que tinham a autoridade outorgada pelo papa, bem como os informantes, eram todos muito bem pagos. Já, aqueles que testemunhassem contra uma pessoa considerada herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas caso a vítima fosse condenada, o que nos conduz à conclusão de que se tratava de um negócio bastante lucrativo.

Anônimo disse...

... O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades e sem qualquer direito à defesa. Ao inquisidor cabia o papel de acusar e julgar e, ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciando sua fé e aceitando o domínio e a autoridade da Igreja Católica, pois os direitos de defesa, de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram submetidos à tortura e obrigados a confessarem sua condição de hereges, sendo posteriormente executados em praça pública sob os olhos de todos os moradores, eis que tal publicidade era uma forma de coagir e intimidar a população. Como consequência da condenação, a vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.

Anônimo disse...

... E qual é o segmento de nossa sociedade que age de maneira semelhante hoje em dia? É justamente uma parcela desprezível da imprensa. Parece-me que a exigência do mercado está fazendo com que as nossas instituições de ensino, não formem mais jornalistas preocupados com a responsabilidade pelas informações transmitidas, mas sim, meros caçadores de escândalos, tudo com vistas a vender um produto que se chama notícia. E ela naturalmente, deve vir recheada de sangue e de escândalos, ainda que ao custo da devassa da privacidade, intimidade, imagem e a honra de outras pessoas.

Anônimo disse...

... Basta a mais leve insinuação a respeito de um fato desabonatório a respeito de uma pessoa e pronto; esse tipo de imprensa nefasta não tarda em destroçar sua vida e jogar sobre ela pesadas acusações, deixando-lhe marcas que nem mesmo uma futura absolvição em juízo irão apagar. A pessoa ficará destruída diante de sua família, de seu círculo social e da comunidade como um todo. Não é raro lermos manchetes como “absolvido o assassino de fulano de tal”. Ora, se o réu foi absolvido, ele naturalmente não poderá mais ser considerado o assassino, ao menos daquela vítima sobre a qual a manchete se refere. Afinal, o poder que tem a função de dizer o direito em última instância no caso concreto, é o judiciário e não a imprensa. Chamou-nos a atenção também aquela notória notícia de que um determinado “candidato ficha-suja” foi liberado pela justiça eleitoral para concorrer às eleições que se aproximavam. É evidente que, se ao candidato foi permitido concorrer, ele não pode mais ser chamado de ficha-suja, eis que o órgão competente do poder judiciário deixou de assim considerá-lo.

Anônimo disse...

... A única diferença é que na santa inquisição, o objetivo principal era impor ao acusado um sofrimento físico em sua expressão máxima. Já, na imprensa inquisitorial, as acusações e condenações sumárias atingem as pessoas em seus bens imateriais bem mais caros, como a dignidade, o nome, a imagem, a honra e a integridade psíquica. Tudo em um plano da mais perfeita e conveniente assepsia como exigem os novos tempos.

Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS

Anônimo disse...

VALE RELEMBRAR AS DECLARAÇÕES DO DR AMILCAR, DURANTE A CAMPANHA:

JORNAL ZH: "O sargento é peça de uma engrenagem", diz promotor que investiga espionagem na Casa Militar

Acesse:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3031630.xml

Anônimo disse...

Sabe, chama atenção alguns fatos que, ao meu ver, geram dúvidas quanto ao verdadeiro objetivo dessa investigação criminal. Vejamos, o que mais mereceu destaque foi a tal espionagem política dentro do governo, houve inclusive divulgação de nomes que seriam supostas vítimas de uma "central de espionagem". Conforme recentes declarações do promotor, nenhuma prova foi obtida no sentido de comprovar relação das consultas com algum tipo de crime. Importante lembrar que vários motivos foram especulados (sequestros, ameaças, pedofilia), propiciando uma verdadeira execração pública do policial militar. Por essas e outras que o MP vem perdendo sua credibilidade, infelizmente por culpa de uma minoria que não mede conseqüência dos seus atos.

Anônimo disse...

Parabéns Políbio! São poucos com coragem de enfrentar esses abusos. Não há dúvida que esse promotor age no interesse de sua promoção pessoal. Considerando o importante papel da imprensa, ideal que haja acompanhamento deste episódio até o seu desfecho. Não devemos, porém, deixar de comparar tudo que foi declarado pelo promotor até hoje com as provas coletadas. Isso é fundamental para medirmos o quanto sua conduta serviu para fins políticos, durante a campanha eleitoral. Importante a cobrança da imprensa, até mesmo porque houve excesso de publicidade apenas na véspera do pleito eleitoral. Ele fez sérias acusações, a população tem o direito de saber a verdade. Todos lembram que ele alegou que havia extorsão em que o sargento arrecadava dinheiro para custear campanha do PSDB. Disse ainda que tinha imagens mostrando o militar pegando o dinheiro. Chama atenção tanta intimidade deste promotor com jornalistas da RBS, inclusive com troca de favores.

Anônimo disse...

Trata-se de comportamento inadequado e incompatível com a função ministerial, sobretudo no que pertine à flagrante utilização da imprensa como forma de pressão e formação prévia de opinião. Seus contatos com jornalistas da RBS, via twitter, comprovam relação de intimidade. Isso explica vazamentos indevidos de depoimentos e até diligências no caso de arapongagem da Casa Militar. Recordo que aquela visita no Palácio Piratini, quando ele foi barrado, chegou acompanhado de amigos da RBS. Coincidência?

Anônimo disse...

O MP só age mediante denuncia, O MP não pode agir por conta própria.O Dr. Amilcar Macedo disse em entrevista que o contraventor desistiu de denunciar e o promotor com um mandado(aquele famoso mandado)judicial de busca e a apreensão pegou a suposta filmagem , pc etc.bom!...Ai vem a pergunta:Quem acionou o MP uma vez que o denunciante desistiu fazer a denuncia e o promotor pegou a suposta prova(que até hoje ninguém viu e não mostra/O editor podia postar mais uma vez pra quem não viu o pedido indeferido pelo promotor Amilcar Macedo)na marra e agiu por conta própria.

Anônimo disse...

Seria ele o Protógenes do MP gaúcho?

Anônimo disse...

SUL21 - 20.10.2010

VERBAS PARA CAMPANHA

O promotor revela que está buscando dados para confirmar se houve extorsão de dinheiro de contraventores para abastecer campanhas políticas. Mas está tendo dificuldades para encontrar evidências. A análise das contas de campanha fica a cargo do TRE-RS.


Macedo garante que analisará esses dados posteriormente. A dificuldade atual, entretanto, é pela falta de provas que comprovem o montante de recursos que o contraventor dizia que eram extraídos pelo sargento, cerca de R$ 5 mil por mês.


“O contraventor disse que entregava esse dinheiro em espécie. O sargento pegava esse dinheiro aos pouco. Pegava mil, depois dois mil e assim por diante. A gente está vendo se consegue rastrear isso, mas não está sendo fácil”, explica o promotor. Além disso, o próprio vídeo que aparece como prova, mostra que o contraventor entrega um envelope para César Rodrigues.


“O contraventor diz que é dinheiro, mas o vídeo não comprova isso, não dá para ver”, relata Macedo.

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