Artigo - Há falta de interesse público no projeto que permite aos promotores a disputa pelo comando do Ministério Público

Neste apagar das luzes da atual legislatura, no afogadilho, a  Assembléia gaúcha examinará nesta terça-feira o projeto que permite aos promotores de Justiça do Estado disputarem o cargo de procurador-Geral de Justiça.

. Ninguém sabe se os procuradores topam o projeto.

. O editor não percebe qual o interesse público nessa lei. Basta imaginar se os Juízes de Direito pudessem presidir o Tribunal de Justiça (Promotores gostam muito de se equiparar aos juízes, daí a especulação). . Qual o ganho da sociedade: a desestruturação da carreira do Ministério Público? Daqui para frente, a vingar essa lei, só teremos listas com Promotores de Justiça, e não mais com Procuradores. Há uma imensa maioria de promotores na instituição.

. Não procede o argumento de que em outros Estados já é assim. No Rio Grande do Sul poderia ser diferente: poderia imperar o bom senso.

. No Brasil todo, o Ministério Público tem crescido assustadoramente, através de parcerias às vezes inconfessáveis com segmentos jornalísticos e policiais.

. Criou-se um Poder autônomo do Estado. Com os Promotores no comando, subverte-se a carreira. Os procuradores de Justiça, que detém experiência e conhecimento no TJRS, passarão à condição secundária e subalterna de uma minoria de eleitores.

. Quem controla, afinal, o Ministério Público? O Conselho Nacional do Ministério Público, cujos resultados nas punições têm sido pífios é que não é.

5 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo artigo!
100%.

Anônimo disse...

Se as coisas seguirem neste ritmo os Professores não precisarão ir a faculdade de direito, os alunos assumem a vaga do prof...Infelizmente chegou a vez dos postes mijarem nos cachorros!

Anônimo disse...

No ritmo que vai, daqui há pouco, soldados serão Comandantes do Exército e da Brigada, e Inspetores, Chefe de Polícia. É esperar para ver...

Anônimo disse...

Sabe, depois de tantas polêmicas e escândalos promovidos p/promotores de jusiça, bem que a sociedade poderia organizar uma votação para eleger os mais espalhafatosos e ridículos, a começar por aqueles do MPF, que até pipocas distribuíram na polêmica coletiva que indiciou a governadora Yeda. Depois, teríamos outros importantes candidatos de peso, aqueles dois "fiscais da lei" de Brasília, que pegavam "mixaria" em troca de vazamento de dados sigilosos. Mas falando em dados sigilosos, quem entende do assunto é o fenomenal promotor Amilcar Macedo, que há 4 meses conduz a Operação Agregação, sem vazar uma gota sequer da investigação, cumpre fielmente a determinação judicial. Depois do Caso Eva Sopher, acredito que essa vem sendo a melhor atuação do digníssimo membro do MP gaúcho. Está lançada a semente, nomes de peso para concorrer ao prêmio de PROMOTOR DO ANO nós temos.

Anônimo disse...

Parabéns,caro Políbio!


Almirante Kirk

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