Eis aqui o que você ainda não sabe sobre o processo do MPF contra Yeda

A leitura vertical das 1.237 páginas da ação civil pública (improbidade administrativa) movida por seis procuradores do Ministério Público Federal do RS contra a governadora Yeda Crusius e outros oito políticos e servidores públicos gaúchos permite ao editor concluir o seguinte:

- A montanha pariu um rato. O processo que foi para Santa Maria é um processo kafkiano e político. Acontece que a Justiça Federal não é a Santa Inquisição e nem está a serviço da candidatura do ministro Tarso Genro.

. O jornal e a RBS deste domingo transformam os seis procuradores em verdadeiros deuses ex-machina. São o que parecem. A idéia do Eixo do Mal é justamente usar o novo evento para golpear o governo e ajudar a eleger o ministro Tarso Genro. O que surpreende é que tantos sejam enganados durante tanto tempo por tão poucos no RS.

. A juiza Simone Barbisan não terá outra alternativa senão julgar inepta a ação.

. Não existe uma só prova material (documento, extrato bancário, declaração de renda ou seja o que for) e também nem um só áudio (som ou imagem) - a não ser algo que se poderia tomar como testemunho (a prostituta das provas) - capaz de incriminar um só fio de cabelo da governadora Yeda Crusius. Não apareceu uma só prova em tres anos e meio de denúncias após denúncias e na ação ajuizada pelo MPF, novamente, não é apresentada uma só prova. No caso das testemunhas, se é que se pode falar em testemunhas, o que fica claro na petição inicial é que os procuradores compraram como verdades reveladas, a gravação forjada, montada, previamente combinada entre os lobistas Lair Ferst e Marcelo Cavalcante, cujo único objetivo era chantagear Yeda, empresários gaúchos e o PSDB, ao que se somaram os delírios persecutórios do surpreendente ex-presidente do Detran, Sérgio Buchmann, retirado há dois meses da cama porque a polícia queria prender seu filho traficante.

. 70% da ação visa atacar o deputado José Otávio Germano e 30% focam Yeda. Os outros personagens são todos objetos de conversas indiretas grampeadas pela Polícia Federal, tipo Flávio Vaz Neto com Antonio Maciel (os áudios já foram todos apresentados, mas existem alguns que são inéditos). Nessas conversas é que entra o deputado Frederico Antunes, que é o personagem que entrou na história de graça, a não ser por se apresentar como a mais importante liderança política atual do PP gaúcho, candidato natural a vice da própria Yeda ou de Fogaça.

. Os procuradores do MPF, apresentados por Zero Hora de domingo como os novos heróis do dia (ZH não quis publicar um poster colecionável com o rosto de cada um), foram seletivos ao pinçar nomes a partir das análises feitas nas gravações. Os deputados Frederico Antunes e Zachia, Walna e Bordini, citados de passagem, foram parar na denúncia, mas não foi isto que o MPF fez com outros nomes que circularam nos grampos, como os deputados Fabiano Pereira e Paulo Azeredo (tratado como Paulo Melancia nos autos). E não se tratam de dois "veadinhos", outra dupla de personagens recorrente nas conversas grampeadas entre Flávio Vaz Neto e Antonio Maciel. O MPF foi bastante seletivo no caso e fez de conta que nos autos não estão provas que nominam os deputados do PT e do PDT.



. Os áudios tão esperados pelos voyeurs que infestam a política e a mídia do RS, são os já conhecidos ou divulgados: 1) conversações entre Flávio Vaz Neto e interlocutores diversos, sobretudo Antonio Maciel. 2) trama forjada enre Lair Ferst e Marcelo Cavalcante. 3) gravação feita por Paulo Feijó com Cesar Busatto. Imagens claras, límpidas como a luz do dia, como denunciaram a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas em fevereiro ? Nem pensar. Os dois líderes do PSOL continuam devendo explicações sobre o que disseram e o sórdido papel que jogam em todo o episódio, algo jamais visto na história do RS.



. Quem tiver paciência para esperar, verá.

- O resultado dessa destrada ação ajuizada em Santa Maria, acabará por prejudicar a própria ação penal já em exame. Talvez este seja o único resultado de tudo o que foi apresentado pelo MPF.

Yeda contrata especialista para defendê-la do MPF

A governadora Yeda Crusius contratou o advogado Fábio Medina Osório, ex-procurador do MPE (15 anos) e presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado. Medina Osório é o maior especialista gaúcho em questões ligadas à improbidade administrativa, justamente o tipo de ação escolhida pelo MPF para atacar a governadora do RS.

SAIBA mais
www.medinaosorio.com.br

Nos autos liberado pela OAB só existem filigranas jurídicas

CONHEÇA a Lei de Improbidade Administrativa
http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=114054

Até as 20h09 desta noite, a OAB do RS tinha liberado apenas 37 páginas do processo ajuizado pelo Ministério Público Federal contra a governadora e outros oito réus.

. A OAB teme liberar material contemplado por segredo de justiça, embora no despacho que liberou os autos para o presidente Claudio Lamacchia, a juiza Simone Barbisan tenha deixado claro que apenas as informações, documentos e extratos fiscais e bancários não poderiam ser tornado públicos. A OAB avisou que age assim por cautela.

. As primeiras 19 páginas dos autos apenas alinham razões jurídicas para justificar e embasar a ação de improbridade administrativa, o que se repete nas 19 páginas finais (páginas 1209 a 1228). Os procuradores do MPF reproduziram logo de cara as informações e denúncias já conhecidas contra os dois pretensos chefes da quadrilha que teria lesado o Detran em R$ 44 milhões, no caso o professor José Fernandes e o lobista Lair Ferst. Apenas ao final da petição inicial é que o MPF dá alguma pista sobre as razões das denúncias contra Yeda,Walna e Bordini, quando pede o afastamento das tres, sob a alegação de que poderiam interferir no processo (pressões sobre testemunhas ou réus). Neste caso, o MPF invoca para o exemplo do ex-presidente do Detran, SérgioBuchmann, que se disse vítima de intimidação e coação dentro do governo.

. O MPF avisou no processo que a roubalheira no Detran começou em junho de 2003, primeiro ano do governo Rigotto, e só acabou em novembro de 2007, portanto 11 meses depois do início do governo Yeda, mas não explica por que razão preferiu centrar fogo nestes 11 meses, ignorando os quatro anos anteriores. O editor também denuncia que o Detran foi objeto de saques virulentos durante todo o governo Olívio Dutra e foi denunciado em Juízo, mas o MPF fez questão de ignorar este período.

- O material liberado pela OAB não permite concluir absolutamente nada sobre as razões do processo, porque não existe uma só palavra que materilize qualquer ilicitude praticada pelos acusados pelo MPF. Tudo isto só ficará mais claro com a disponibilização da íntegra dos autos. Além da OAB, também os advogados dos denunciados e o deputado Ivar Pavan, presidente da Assembléia, homem do PT, possuem todas as 1.228 páginas do processo. O editor tentou conseguir a íntegra da denúncia, mas até as 20h19m nada tinha conseguido.

Saiba (de verdade) o que contém a ação do MPF contra Yeda

O editor está de posse das 40 páginas que a OAB liberou há pouco para esta página, todas relacionadas com a ação civil pública que o MPF protocolou na Justiça Federal de Santa Maria. A diretoria da OAB esteve reunida agora há pouco para decidir se libera ou não mais material, mas não fez isto até agora (19h41).

. Cada linha da representação será examinada pelo editor.

. A leitura na vertical das 40 páginas, em poucos minutos, permite concluir que não existe fato material qualquer que incrimine diretamente a governadora Yeda Crusius.

. O Eixo do Mal há dois anos e meio tenta transformar a cena política gaúcha em cenário de delegacia de polícia de filme mexicano, com o objetivo de fazer justiça através das notícias, sem contraditório, porque o governo tucano gaúcho já foi julgado culpado. Não parece existir sequer a preocupação de respeitar a exigência constitucional de aguardar a sentença condenatória transitada em julgado, isto é, ao princípio da presunção de inocência.

Conheça a escalada do uso eleitoral das forjadas conversações entre Lair x Cavalcante

A bancada do PT na Assembléia ouviu o áudio da gravação previamente combinada entre os lobistas Lair Ferst e Marcelo Cavalcante para falar mal do governo Yeda Crusius e do PSDB, visando obter vantagens (fala-se que a dupla tentou conseguir R$ 8 milhões com a venda da fita na bacia das almas) e decidiu que existem motivos para pedir o imediato impeachment de Yeda.

. Você pode ouvir o áudio no site do jornal Zero Hora, clicando no endereço a seguir:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=capa_online

. Nele não há nada que você já não tenha lido, desde que em fevereiro a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas revelaram trechos e pediram o impeachment de Yeda. O que voc ê ouviu ou leu foi a conversa de dois escroques que estavam a fim de ganhar dinheiro, sem que da conversa seja possível extrair a mais pálida prova de nada (a maior parte das denúncias já foram desconstruídas e o autor que está vivo, Lair, responde em juízo pelas mentiras).

. A Polícia Federal empacotou a delação premiada de Lair Ferst com suas próprias investigações, administrou o inquérito à feição para o MPF e para a mídia amiga, e com isto o chefe da própria Polícia Federal, o ministro Tarso Genro, fortaleceu-se para as eleições do ano que vem, atingindo em cheio a governadora, sua concorrente, mas também ferindo o nome que o PP mais preparou para compor a chapa com Yeda ou com Fogaça, o deputado Frederico Antunes. Nada foi de graça.

. Então você pode montar a seguinte agenda:

FEVEREIRO - O PSOL baseia-se nas gravações forjadas por Lair e Marcelo, uma verdadeira carta Brandi, para atacar Yeda e seus aliados.

MAIO (9 de maio) - A revista Veja repete a dose, replica as denúncias.

JULHO (9 de julho) - Zero Hora replica pela terceira vez as mesmas denúncias.

AGOSTO (8 de agosto) - Zero Hora replica pela quarta vez as mesmas denúncias.

. Nas tres vezes anteriores, o PT não julgou conveniente subscrever o impeachment de Yeda, mas como a RBS repetiu pela quarta vez, desta vez com áudio, a mesma coisa, numa velha prática goeebeliana ("Repita sempre a mesma mentira, sempre, sempre, até que ela se torne verdade") o Partido achou que a hora tinha chegado. O timming certo goebbeliano chegou.

. Agora é só começar os Processos de Moscou, o que pode sair pela CPI do PT ou pelo impeachment do PSOL.

Poesia: "Se a proposta for chula, lembrai do custo do Lula"

OPINIÃO DO LEITOR

Polibio:
A poesia abaixo foi publicada pelo Augusto Nunes. Ela serve como uma luva para o PT e o governo Lula, que sustentam Sarney no Senado. Ali ficou claro que são unha e carne. A poesia também pode ser recitada para o Zé Dirceu, que dia 12 vocês, jornalistas, vão receber no Clube de Opinião, as 11h, no Sheraton. Não sei onde vocês botaram a vergonha para receber aqui o Chefe do Mensalão, a quadrilha do PT que assaltou os cofres públicos e promoveu o maior sistema de corrupção políica e eleitoral jamais montado no Brasil, conforme a denúncia feita ao STF pelo procurador Geral da República. Lenadro Vicentini, Brasília, DF.

SENHOR,
Fazei de mim o instrumento
Do golpe na Constituição
Para garantir mais uma reeleição…
Onde houver mutreta…

que eu mostre a maleta;
Onde houver gorjeta…
que seja minha teta…
Que eu tenha dor na munheca de tanto encher a cueca;
Em cada licitação…
que alguém molhe a minha mão
E que no meu endereço…
vença o meu preço;
Onde houver crachá…

Que não falte o jabá…
Onde houver ócio….
que eu feche o negócio;
Onde houver propina,
que reservem o DA Vila campesina
Mas sem esquecer do MST, das ONGs e do PT…
Onde houver colarinho branco….

Que dobre o lucro do banco;
Onde houver esquema…
cuidado com o telefonema;
E quando tocar o sino…
chamem o Genoíno;
Se mexerem no meu…
que venha o Zé Dirceu
E, se a proposta for chula, lembrai do custo do Lula.
Ó Mestre,

Que eu tenha poder para corromper e ser corrompido…
Porque é sonegando que se é promovido
E mentindo que se vai subindo…
Pois enquanto o povo sofre com imposto e inflação,
O índio passa o facão, o sem terra faz a invasão,
A base aliada entra na negociação
E a gente mete a mão…
E que a pizza seja feita pela vossa vontade

Enquanto a grana
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Levar o povo a aceitar nossa desonestidade
Como se fosse genialidade…
AMÉM !

RBS em peso vilipendia Yeda 24 horas por dia

O editor disponibiliza o link a seguir, que parece servir de inspiração à mídia do grupo RBS (é uma sugestão de bom humor). A música e a letra são sempre as variações do mesmo tema, mas com ênfase para a idéia de que é proibido pensar.
http://www.youtube.com/watch?v=oiZdEYwZNvo

OPINIÃO DO LEITOR

A forma como a RBS está mancheteando quase de hora em hora o assuntoda Yeda x MPF, é sim, desta forma, imoral. Parece um serviço de informações como departamento de propaganda contratado para fazer oposição. Pergunto-me quê razões insondáveis teriam levado a Rede a ter tantoódio de Yeda Crusius. Quê motivos teriam levado a RBS a praticar este tipo de jornalismo,que ultrapassa a sanidade, passando a ser vilipendiar a vida de umapessoa. Não importa o que pensemos de Yeda, se ela no final será julgada culpada ou não. Isto aí abaixo, da forma acomo está redigido e apresentado, e pinçando os mínimos elementos processuais para manchetear escandalosamente,vilipendia uma pessoa até o limite de sua dignidade mínima. Poderias perguntar na tua coluna: que motivos levam a vilipendiar uma pessoa deste jeito? Sim, porque estes estão muito além de interesses economicos e políticos, estes aí já são patológicos.

-Ação diz que governo recebia "recursos escoados do Erário"OAB liberou nesta madrugada 40 páginas das 1.238 da ação civil públicaque não estão protegidas sob sigiloAtualizada às 16h17minMarciele Brum marciele.brum@zerohora.com.brEm 40 páginas não protegidas por sigilo das 1.238 que compõem a açãocivil pública por improbidade administrativa do Ministério PúblicoFederal (MPF), procuradores da República consideram que a governadoraYeda Crusius e oito aliados recebiam "parte dos recursos financeirosescoados do Erário" pela quadrilha que desviou R$ 44 milhões doDepartamento Estadual de Trânsito (Detran). Leia, ao lado, trechos dosdocumentos:"(...) Os demandados agiram de forma imoral, pessoal, desleal,desonesta e improba, valendo-se da condição de ou em conjunto comagentes políticos e servidores públicos para obterem vantagenspessoais, utilizando-se dos respectivos cargos, de bens públicos everbas públicas afetadas ao desenvolvimento de serviços públicos emárea sujeita a suas atribuições funcionais e políticas", afirmam osseis procuradores da República num trecho da ação.Parte do material foi liberada a jornalistas pela seccional da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul por volta das3h30min de sábado. Na quarta-feira, o MPF havia anunciado a açãoajuizada na 3ª Vara Federal de Santa Maria contra a governadora YedaCrusius, o deputado federal José Otávio Germano (PP), o presidente doTribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, os deputadosestaduais Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), oex-secretário-geral de Governo Delson Martini, a assessora dagovernadora Walna Meneses, o ex-tesoureiro da campanha de Yeda em2006, Rubens Bordini, e Carlos Crusius, ex-marido de Yeda.Conforme o MPF, os réus se beneficiaram da fraude com a utilização daUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM) e de suas fundações -Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para oDesenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae)para desviar recursos do departamento. Segundo a ação, o objetivo daquadrilha, que é alvo de ação criminal na 3ª Vara Federal de SantaMaria, era obter a "máxima lucratividade possível".Como justificativa para pedir o afastamento temporário do cargo dequem ocupa funções públicas, os procuradores sustentam que énecessário evitar a destruição de provas, coação e intimidação detestemunhas. Na ação, o MPF diz:"a reforçar ainda a necessidade de afastamento dos réus dos cargospúblicos está o depoimento de Sérgio Luiz Buchmann, então presidentedo Detran, prestado em 17 de julho de 2009, que narra não somente osesquemas fraudulentos perpetrados na referida autarquia, mas, esobretudo, atos de intimidação e coação, demonstrando a necessidadeefetiva do referido afastamento de forma a impedir a repetição de taisatos durante o curso desta ação". E complementam:"A forma como praticados os atos de improbidade acima descritosdenotam desprezo no trato com a coisa pública e indicam total falta delimites sobre o "certo e errado", de modo que a permanência dos réusnos cargos públicos revela-se inoportuna e tumultuária".Ao justificar a decisão da OAB de divulgar os documentos, Lamachiaafirmou na sexta-feira:— A OAB sempre sustentou que a sociedade tem o direito de conhecer asacusações que pesam contra os agentes públicos.Apesar de não ser uma ação criminal, o documento aponta indícios decrime que devem servir de subsídio para a Procuradoria Geral daRepública, que já investiga a governadora e outros envolvidos emBrasília. Investigações criminais contra governadores devem serautorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e têm de serconduzidas pela Procuradoria-Geral da República.Não há foro privilegiado para suspeita de improbidadeComo os procuradores da República têm competência para atuar junto àJustiça Federal de primeira instância, eles propuseram o que lhes cabe—uma ação de improbidade administrativa, para a qual não há foroprivilegiado. Improbidade administrativa se refere a atos de agentepúblico no exercício do cargo, mandato ou função pública e queresultem em enriquecimento ilícito ou lesão ao Erário.

Aod diz que vai colocar Lair Ferst na cadeia.

O ex-secretário da Fazenda de Yeda, Aod Cunha, que está nos Estados Unidos, divulgou nota neste sábado, avisando que também tentará levar para a cadeia o lobista Lair Ferst, tal como já está fazendo com a deputada Luciana Genro e Pedro Ruas. Aod disse ao editor que Lair é mentiroso, trambiqueiro e caluniador. Lair, numa gravação orquestrada por ele mesmo, destinada confessadamente a falar mal de seus desafetos políticos, acusou vários membros do atual governo e do PSDB do RS, entre eles Aod.

NOTA À IMPRENSA

Em face da alusão ao seu nome feita em um dos trechos das gravações divulgadas hoje pelo advogado do Sr. Lair Ferst, AOD CUNHA vem a publico dizer que:

1. Tal como afirmou desde o primeiro dia, jamais recebeu qualquer valor de qualquer empresa durante a campanha eleitoral do PSDB para o Governo do Rio Grande do Sul;

2. Igualmente, jamais tratou ou negociou quaisquer valores de doações para a campanha;

3. Seguirá – como fez desde a primeira hora - buscando junto ao Poder Judiciário o pleno esclarecimento dos fatos ocorridos e a cabal responsabilização civil e criminal daqueles que o acusarem da prática de qualquer fato contrário a lei.

Porto Alegre, 08 de agosto de 2009.

GABRIEL MAGADAN, advogado.

O camelô dos palanques vende discursos por um punhado de votos

Clipping: Por Augusto Nunes / Revista Veja / 8 de agosto de 2009

Daqui a muitos anos, quando a Era da Mediocridade for apenas outra má lembrança, os historiadores interessados em compreendê-la haverão de contemplar com desconcerto e desconsolo o país do começo do século. O que houve com o Brasil para que tantos demorassem tanto tempo para compreender que havia apenas um populista vulgar onde enxergavam o enviado da Divina Providência? Como puderam não perceber em dois ou três meses que lidavam com um homem absurdamente inculto, despreparado, falastrão, grosseiro, incoerente, antiético? Por que ficou no palco anos a fio o canastrão que protagonizou o espetáculo da ignorância?

Até os cretinos da platéia e os comparsas no elenco deveriam ter saído pelas ruas berrando que havia um farsante no poder, dirão os historiadores ao toparem com o video que ilustra o texto. Viaja pela internet há algum tempo. Quem o conhece precisa ver de novo. Quem ainda não foi apresentado a esses 4 minutos penosamente pedagógicos saberá o que estava perdendo. É um filme sobre a alma de Lula, feito de trechos de dois comícios. Ambos no Maranhão. Ambos depois do almoço.

No primeiro, promovido em Imperatriz na campanha de 2000, o chefe da oposição veste calça azul marinho e camisa branca de mangas curtas, tem um chapéu na cabeça, está com o rosto avermelhado pelo sol do Nordeste e pelos hábitos, assassina com desenvoltura de serial killer todos os esses e erres no fim da palavras, tortura conjugações verbais, mantém em trincheiras opostas o sujeito e o predicado, inverte a posição de letras ou sílabas e fala da governadora Roseana Sarney.

No segundo, realizado em São Luiz seis anos depois, o presidente em campanha pela reeleição repete o traje esporte chique 2000 (sem o chapéu e com uma camisa azul claro), continua esbanjando ferocidade na guerra contra a gramática e a ortografia e fala de Roseana Sarney, candidata ao governo estadual. A diferença está no conteúdo do improviso.
A Roseana de Imperatriz só está bem nas pesquisas “porque o pai dela é o dono da Globo, porque o Lobão é o dono do SBT, porque a Bandeirantes é não sei de quem”, comunica. Uma favorita da mídia faz o que quer com números e fatos. Conhece bem o Maranhão, gaba-se o orador. Sabe que Roseana vai perder a eleição. Roseana ganhou.

A Roseana de São Luiz vai ganhar a eleição, grita o palanqueiro suado, segurando a mão da mulher à sua direita e agitando o braço como quem vai arrancá-lo. Conhece bem o Maranhão. Ela merece. Sempre foi leal — e lealdade em político é tudo, ensina Lula. Enquanto isso, lembra na fronteira da cólera, “os outro atacavam preda”. Repôe a vogal e a consoante em seus lugares no “pedra”da frase seguinte. Mantém o a e elimina o m e diz que “os outros atacava”. Segue adiante com os “vamo fazê”, “tem de compreendê”, “a gente vai precisá dessa mulhé”, Nada sobre os donos das emissoras de TV. José Sarney já tinha virado amigo de infância. E Edison Lobão logo viraria ministro. Promete voltar para a festa da vitória. Roseana perdeu.

O video ajuda a lembrar que, como todo populista, Lula transfere votos, mas não em número suficiente para transformar um condenado à derrota em vitorioso ou para impedir o triunfo de quem tem a preferência do eleitorado. Informa. sobretudo, que o camelô dos palanques vende discursos por um punhado de votos. Lula só pensa em Lula. Já não sabe sentir afetos reais.


CLIQUE aqui para ver o video.

"O Brasil é feito para nos matar"


Clipping: Revista IstoÉ / Entrevista com o ator Pedro Cardoso / 8 de agosto de 2009.

"O Brasil é feito para nos matar"

O ator diz que é difícil sobreviver no País em meio a tanta injustiça social e propõe que cada brasileiro reaja individualmente.

O ator carioca Pedro Cardoso, 47 anos, mora no Rio de Janeiro, é separado e tem duas filhas. É, também, o Agostinho de "A Grande Família", um dos personagens de maior sucesso desse programa que é líder de audiência da Rede Globo. Seus fãs não costumam associá-lo à política, mas o ator é primo do ex presidente Fernando Henrique Cardoso - e detesta política partidária. Sempre votou em Lula (mesmo quando ele disputou com FHC), embora hoje esteja desiludido com o governo petista. Seu jeito cômico não sugere o cidadão irritado que é contra as "sujeiras" da classe política. Cardoso acha que as pessoas devem ter reações isoladas contra a hipocrisia, o abuso de poder, as injustiças.

ISTOÉ - Nunca pensou em ser político? É primo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu avô foi presidente do Banco do Brasil.
Cardoso - Deus me livre. A preocupação política, em mim, não é partidária. Essa me dá preguiça, embora eu saiba que tem de existir. A política que é a ciência do convívio, no entanto, me interessa por causa do teatro, que é uma reflexão da vida em comum.

ISTOÉ - O sr. convive com FHC?
Cardoso - Sim, convivência familiar. Gosto muito dele. Como gostava imensamente da Ruth (Cardoso, já falecida). Ela era uma pessoa muito legal. Ele também é.

ISTOÉ - O sr. disse que votou em Lula todas as vezes que ele foi candidato, inclusive quando disputou com FHC. Vai votar na provável candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff?
Cardoso - Não sei, sinceramente. Confesso que o governo Lula me deixou tremendamente perplexo. E, olhando em volta, acho que o Brasil mudou pouco e mudou numa velocidade pequena diante do tamanho dos problemas que tem. Acho que precisamos tomar atitudes individuais contra toda essa situação absurda que está acontecendo no cenário político.

ISTOÉ - Quais atitudes?
Cardoso - Nenhum ato antidemocrático irá gerar outra democracia melhor. Não acredito que para passar de uma democracia imperfeita para uma mais perfeita seja preciso instalar o totalitarismo.


CLIQUE aqui para ler a entrevista completa.

Frase e video do dia.

Frase e video do dia.

"Não tem Sarney, não tem Renan. É Lula".
* Senador Pedro Simon (PMDB-RS).


Clique na imagem para ver o video.

Chávez: ditadura, terrorismo e tráfico de drogas.

Clipping
Revista Veja
8 de agosto de 2009

Louco por uma guerrinha

Chávez deu armas às Farc. Agora, fala todo dia em uma guerra com os Estados Unidos e a Colômbia. Tudo jogo decena, mas o triste é que a destruição da Venezuela continua

Quando começa uma ditadura? Até agora, essa era a principal pergunta que pairava sobre a Venezuela. Eleito e reeleito pelo voto popular, o tenente-coronel Hugo Chávez Frías tem torpedeado sistematicamente as instituições democráticas para implantar o que chama de "socialismo do século XXI" - uma mistura do pior que têm a oferecer o populismo, o ultranacionalismo e o esquerdismo em suas manifestações mais infantis. Ao longo de dez anos, com um típico surto de hiperatividade nas últimas semanas, os principais requisitos para um regime totalitário foram se acumulando: imprensa acuada, Judiciário cooptado, opositores exilados, economia estatizada, Legislativo domesticado e educação ideologizante. Chávez tem apelo, em especial entre as camadas da população que nunca se sentiram representadas, e usou - muito mal, mas usou - o dinheiro do petróleo para simular melhorias para os mais desvalidos. Também é hábil na manipulação cínica do antiamericanismo, como demonstrou ao transformar o caso das armas que saíram do arsenal venezuelano direto para as mãos dos bandidos pseudoesquerdistas da vizinha Colômbia em crise diplomática sobre a atuação de forças americanas no país em operações de repressão ao narcotráfico. Quando não seduz pelo populismo e pelas benesses, ele usa milícias que atacam opositores - depois, finge condenar exageros, como no caso do ataque à Globovisión, baseado na premissa absurda de que gangues armadas poderiam agir em plena capital do país sem o seu beneplácito. Tudo isso é conhecido, e a ópera-bufa da semana passada só relembrou como é triste ver Chávez e seus chavetes destruir o projeto democrático. Mas, enquanto a primeira dúvida vai se esclarecendo, da pior maneira possível, outra questão, tão ou mais dramática que a primeira, surge no ar. A Venezuela é um estado que promove o terrorismo? Poderia, ainda, estar afundando no pântano do tráfico de drogas?

CLIQUE na imagem acima para ver a reportagem completa.

Lula ameaça e diz que se próximo presidente não seguir sua política social terá vida curta no governo

Lula diz que "engraçadinhos" não vão mudar suas políticasPara uma plateia de cerca de 300 assistentes sociais do Brasil, da Índia e da África, o presidente Lula afirmou ontem que vai transformar em lei todos os programas sociais para que nenhum "engraçadinho" acabe com eles."Precisamos consagrar todas as políticas em uma lei para que nenhum engraçadinho venha destruir essas coisas", disse. Segundo ele, quem o substituir no cargo em 2011 terá que fazer mais políticas sociais do que ele. "Se fizer menos, vai ter vida muito curta no governo."

Senadores do PT, pró-Sarney, não querem aparecer na midia defendendo... Sarney

A divisão na bancada de senadores do PT, partido que deve ser o fiel da balança para o futuro de José Sarney (PMDB-AP), aprofundou-se. Os dois principais defensores do presidente do Senado no partido, Ideli Salvatti (SC) e Delcídio Amaral (MS), tiveram uma tensa reunião com o líder da bancada, Aloizio Mercadante (SP), e pediram para não serem os titulares no Conselho de Ética.

. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Ideli e Delcídio, suplentes, estão incomodados com o fato de as duas vagas titulares do partido não terem sido preenchidas. Com isso, serão obrigados a votar e assumir a posição pró-Sarney, sofrendo desgaste junto à opinião pública. Ideli é candidata ao governo catarinense, e Delcídio, à reeleição.
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